Insights, iniciativas e dicas práticas para inspirar uma vida longa e melhor

Sophie Ebrard

Like her mother

“Ela é bonita para a idade dela.” A intenção desse comentário é boa, mas a realidade é que ele está carregado com o viés implícito de que ser mais jovem é melhor. Um verdadeiro elogio seria: “ela está ótima.” Ponto. Para a fotógrafa francesa Sophie Ebrard, é impressionante que as mulheres mais velhas sejam tão facilmente descartadas. Quando chegou aos 40 anos, ela começou a se perguntar como seria quando fosse a vez dela. Não sendo capaz de ver isso na cultura de hoje, voltou-se para a própria mãe e passou a estudar o corpo dela de maneira íntima. Em seguida, fez o mesmo olhando para si e para a filha caçula. As fotos deram origem à série ‘Like her Mother’, sobre as interconexões entre as mulheres.

São elas

Três motivos para você continuar acompanhando o futebol feminino

1. É uma modalidade que vive sua evolução em tempo real
A Copa do Mundo 2023 foi marcada por despedidas como a da nossa Rainha Marta. Ao mesmo tempo, o campeonato deixou claro que o futuro do esporte está em boas mãos. A colombiana Linda Caicedo, 18 anos, se tornou a única atleta da história a jogar nas categorias sub-17, sub-20 e no profissional (tudo isso em um ano!).

2. Ver de pertinho algumas das principais jogadoras da seleção
Entre as oito jogadoras que atuam no Brasil, quatro estão no Corinthians, a principal equipe quando falamos de títulos e investimentos na modalidade. As demais estão no Santos, Flamengo, Palmeiras e Ferroviária, um dos pioneiros do futebol feminino nacional. Fora isso, o clima no estádio é outra história: uma arquibancada diversa, com muitas mulheres e crianças torcendo pelo seu time do coração. Quer um programa mais legal?

3. O Brasil pode sediar o Mundial de 2027
Sim! Somos candidatíssimos. Disputamos com a África do Sul e mais dois concorrentes conjuntos: UEFA — formada por Bélgica, Holanda e Alemanha –, e Concacaf — formada por México e Estados Unidos. O anúncio do local definido será feito no dia 17 de maio de 2024. Já imaginou?

Giulia Perrone é publicitária, amante do futebol e corintiana roxa.

Eu caso ou compro uma bicicleta?

O boom das bikes elétricas segue firme na pista. E o mercado se mantém em expansão

Em 2022 houve um crescimento de 9,6% nas vendas de bicicletas elétricas em relação a 2021. Os dados fazem parte do Boletim Técnico sobre o Mercado de Bicicletas Elétricas 2023, que a Aliança Bike divulga anualmente. Um dos facilitadores foi o preço. Segundo o report, o valor médio do produto reduziu 3,9% no mesmo período.

Outro empurrãozinho veio da consciência. Com o aumento da busca por alternativas de transporte sustentáveis, a bike elétrica tem vivido um momento de renascença. Criada no século 19, hoje ela está moderna, menos barulhenta e bastante potente.

A Specialized, a Ferrari das bicicletas, ficou conhecida por ajudar o Ronaldo Fenômeno a completar o Caminho de Santiago de Compostela (Espanha). O modelo Turbo Levo que ele usou para pagar uma promessa custa em torno de R$ 55 mil. O preço das magrelas ainda assusta (em média R$ 6.800), mas vem se popularizando. A primeira smartbike brasileira, a Vela 2, da Vela Bikes, tem um design retrô e GPS. Custa a partir de R$ 10.890.

Correr em direção à música

Mais uma vez, o MECA se junta ao projeto CalmaClima para conectar cultura e esporte

A nossa parceria com o grupo de corrida mineiro CalmaClima, que aconteceu em outros anos em formatos diversos, cresceu e ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG). O resultado dessa conexão foi um aquecimento para o MECA (Inhotim) 2023, que juntou entusiastas da corrida num percurso de 6 km na semana anterior ao festival. Ao anoitecer, os participantes curtiram o som do DJ francês Wealstarcks — que preparou um set para dar um gostinho do festival. Coidealizado por Bernardo Biagioni, o CalmaClima vai muito além do esporte e reúne cerca de 400 corredores com uma proposta que a gente admira: a de desvendar o que está nas entrelinhas das cidades.

Serendipidade ou oportunidade?

Esta pensata foi escrita por Carla Mayumi, pesquisadora de tendências e cofundadora da Talk Inc

Foto: Arquivo pessoal.

Acho que finalmente entendi porque gosto tanto da palavra serendipidade. Também compreendi o incômodo causado em mim pela pergunta: “quais seus sonhos?” Eu precisava responder que não tinha sonhos. Assisti ao primeiro episódio do documentário sobre o Arnold Schwarzenegger, na Netflix, e o vi falar sobre a sua lembrança de ganhar o Mister Universo, em 1967, quando ainda era muito jovem. Ele também recorda de como perseguiu esse título e da persistência que foi imprescindível na sua vitória. Admiro as pessoas que têm essa visão do que querem para si. Eu nunca sonhei algo assim.

Sonhava, claro. Queria falar línguas, conhecer culturas, viver aventuras, subir montanhas, envelhecer com saúde. Mas nada que projetasse uma vida ou que me ajudasse a ter um planejamento para ‘chegar lá’. Acabei fazendo muita coisa legal, sem ter sonhado com elas. É aí que entra a serendipidade. Sou tão fascinada com a palavra que fui pesquisar sua origem. Ela nasceu de uma fábula persa que viajou por muito tempo e por muitas línguas. Na história original, três príncipes faziam descobertas que não estavam buscando — por acidente ou por sagacidade. Não é uma lindeza essa ideia? Ela contribuiu tanto para a evolução da literatura de ficção policial quanto para a compreensão de métodos científicos.

Voltando pra minha história, sou essa pessoa da serendipidade. As coisas foram acontecendo e sou quem sou, hoje, por causa de uma trajetória que olha muito mais para as chances do acaso. Tenho até uma certa implicância com a palavra: oportunidade. Ainda mais quando vejo pessoas se aproximando de outras, pensando na oportunidade que aquele sujeito apresenta. Me passa um certo egoísmo, um pensar em si demasiado.

Sou uma pessoa curiosa. Essa curiosidade, somada ao se deixar levar sem pensar demais nas tais oportunidades, me trouxeram até aqui. Adoro o que vivi e o que ainda posso viver. Viajei para mais de 30 países, sem ser rica. Estudei muitas línguas, não sou poliglota, mas me viro bem em algumas delas. Sei usar minhas mãos para fazer coisas úteis, como crochê, tricô, me viro no desenho. Comecei a correr aos 40 anos, a nadar aos 45 e estou pensando em participar de uma prova de duathlon. Estudo mandarim há quatro anos, sendo que comecei aos 49. Aí, as pessoas me perguntam: “por que você estuda chinês?” Não sei, mas talvez um dia eu vá descobrir.

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MECA // Informação, cultura, criatividade e festivais: um radar da cena cultural do Brasil e do mundo. @mecalovemeca

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