Governo limpo começa com campanha limpa

11 regras para fazer campanha eleitoral na internet respeitando a inteligência do eleitor

Alexandre Secco
DeepContent
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3 min readJan 19, 2016

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Carta ao candidato digital - Faz menos de 10 anos que a internet foi realmente levada a sério em uma campanha política. O marco foi o anúncio no YouTube da pré-candidatura do democrata Howard Dean para as primárias do partido democrata nos Estados Unidos.
No Brasil, apenas nas eleições de 2014 os candidatos deram um papel destacado a internet em suas estratégias.
Apesar de ainda ser uma novidade, os sites e as redes sociais de políticos, vem produzindo uma mudança importante no relacionamento entre a sociedade e seus representantes.
No mundo da TV, os políticos falavam para os eleitores. Hoje, os eleitores falam a respeito dos políticos. O controle mudou de mãos.
O espaço não é mais dos conteúdos produzidos pelas campanhas, mas daquilo que as pessoas decidem compartilhar.
Por obrigar uma nova postura, mais tolerante e participativa, o digital é uma grande oportunidade de renovação para a política.
Nesse momento em que os partidos começam a preparar suas campanhas para as eleições de 2016, cabe algumas reflexões a respeito do papel da internet.
Teremos uma campanha mais curta e provavelmente com menos recursos do que em outros anos.
Aprender a se comunicar bem nesse mundo provavelmente será a diferença entre eleitos e derrotados.
Por várias razões, a sociedade está cansada de política e refratária aos velho discurso que desmancha no ar quando a contagem dos votos acaba. Eles precisarão mostrar que têm algo a dizer, além de promessas vazias. Os recursos disponíveis na internet poderão ajudar muito.
Se eles conseguirem, a sociedade toda ganha. Um governo limpo e eficiente começa em uma campanha limpa e eficiente. Abaixo 11 pontos fundamentais.

1. Data oriented — a coleta e a análise de dados devem subsidiar as análises e orientar as decisões valorizando as informações objetivas .

2. Tecnológica — os recursos tecnológicos devem ser explorados e usados intensamente para gerar mais resultado com menor custo.

3. Nativa digital — os conteúdos de campanha precisam ser criados na linguagem original dos seus canais na web. Não pode ser apenas a tradução do que já se fazia off-line.

4. Propositiva — a tecnologia é estéril sem conteúdo. Campanhas devem propor ideias, o digital é apenas plataforma.

5. Interativa — a campanha precisa falar com transparência, ouvir com atenção e se empenhar na construir diálogos.

6. Transparente — todos os recursos tecnológicos devem ser usados às claras.

7. Atraente — os recursos digitais devem ser usados para tornar a comunicação mais interessante, relevante e acessível.

8. Responsiva — o conteúdo deve ser acessível em todas as plataformas

9. Acessível — os canais digitais devem ser acessíveis para as pessoas portadoras de deficiências

10. Integrada — o digital não é uma ilha é o hub ligado a outras mídias online e offline.

11. Radicalmente democrática — a rede é livre e a noção de respeito às opiniões devem ser levada ao limite.

Alexandre Secco
Medialogue Digital

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