Por quê?

Leonardo Broilo
Medium Brasil
Published in
2 min readJul 31, 2014

Ultimamente eu tenho pensado muito nos “por quês”, não a resposta obvia, algo no sentido da “força que me impulsiona”. Cafona, eu sei. É consenso em diversas áreas que ter uma ideologia bem definida de POR QUE se esta fazendo aquilo que se faz, tudo toma corpo e evolui.

Penso no que eu poderia, ou até devia, estar fazendo pelo mundo. Quem eu estou ajudando? No que vender essas estruturas metálicas ajuda alguém? As vezes eu penso que o melhor jeito de eu ajudar alguém nesse mundo, é fazer o que faço bem feito, ganhar dinheiro e ai doar. Mas será? Até lá o mundo que roa ao meu redor?

Nunca fiz voluntariado, bom, na verdade já fiz. Fui “Monitor Ecológico” na minha adolescência, parece pomposo mas não é nada demais. Ensinava-se um monte de coisas básicas sobre biologia pra uma criançada e volte e meia tinha uma excursão. Com o passar dos anos a coisa foi ficando estranha, provavelmente por que eu não conseguia por meu coração naquilo como alguns dos colegas faziam. Acabei parando de participar, eu sentia que aquilo parecia uma religião. Não era pra mim, acho que continua não sendo.

Não me entendam mal, acho louvável essa disposição pra doar seu tempo, interesse e afeição a uma causa. Eu não consigo depositar interesse e atenção assim, ou vai ver eu não achei a causa pra depositar isso tudo. Isso me torna idiota ou só desinteressado? Possivelmente um idiota desinteressante.

Na boa, eu mal faço por mim, como vou fazer por outro? Eu fico aqui pensando em um monte de coisa que quero mudar em mim mesmo e nem isso consigo. “Seja a mudança que você quer no mundo”, desse jeito o mundo tá fudido ein Gandhi. Penso que posso fazer mais, que devia fazer mais, mas não faço.

O que fazer? E mais importante ainda, por quê? De verdade, eu não sei. Resolvi escrever esse texto, que não me leva a lugar nenhum e não ajuda ninguém. Clássico.

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