Porque clássicos são clássicos.
1.984
Minha lista de leitura sempre foi guiada pelos mais vendidos.
Um dia, como qualquer outro, resolvi me aventurar pela prateleira dos clássicos.
Um amigo meu indicou 1.984 do autor Inglês George Orwell, (na verdade o nome dele é Eric Arthur Blair mas ok) disse que era um clássico moderno muito bacana.
Fui na livraria da vila em SP, um daqueles lugares que você pode passar o dia sem perceber, e dei uma passada de olho no livro. Isso aconteceu umas 3 vezes.
Até que finalmente, decidi comprar.
Comecei a ler. Confesso que em alguns trechos eu ficava um tanto quanto entendiado. Mas logo a história começa a ficar mais interessante. E ao mesmo tempo impactante. Você lê e pensa “mas perai! Isso está acontecendo hoje!!!”.
Vale dizer que, meu tio que é americano leu o livro no “high school” e teve o mesmo pensamento “it’s happening nowadays”. Detalhe ele tem 60 e poucos anos, ou seja, isso foi antes de 1.984.
Foi aí que minha ficha caiu! Isso que faz do clássico um clássico. Um livro que é atual inerente ao momento de sua leitura! E melhor ainda, faz com que você tenha uma visão diferente sobre o mundo atual. Pelo menos esse foi o efeito desse livro em mim. Eu li em algum lugar, que depois das denúncias do Edward Snowden sobre a espionagem americana, a venda desse livro disparou.
Não é a toa. O enredo se baseia em um indivíduo que vive em uma sociedade fictícia, controlada por uma autoridade conhecida como o Grande Irmão. Ele esta sempre te vigiando, ouvindo, e mantendo uma vigilância perante seus pensamentos para que você não saia do sistema e da ignorância que vive. Essa vigilância acontece, em casa, no caminho para o trabalho, e no próprio trabalho.
Ah! A função do personagem, é apagar registros no jornal quando o Grande Irmão muda o discurso, evitando assim provas de que ele se contradiz, o que ocorre bastante durante o livro.
Ora, quantos governos nós não conhecemos hoje que fazem esse tipo de manipulação com a população, levando ainda a ilusão de que todos estão vivendo bem, e devem se dar satisfeitos com a vida que possuem, enquanto na verdade a sociedade vive na mer**.
Pois é…incrível, é pensar que George Orwell sacou isso em 1949, e que de lá pra cá nada mudou, na verdade, sua obra se torna cada vez mais assustadoramente verdadeira e real.
