http://ipanemacomunitaria.blogspot.com.br/2013/09/as-repercussoes-do-ciberativismo-no.html

Sobre cybermodismo et caterva.

Leonardo
Medium Brasil
Published in
2 min readSep 11, 2014

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“Alternativa aos meios tradicionais de massa, como forma de driblar o monopólio da opinião pública ” assim é definido o cyberativismo, aquele que embora tenha balançado estruturas como as ditaduras islâmicas e o governo americano, empreendendo eventos como a primavera árabe e o “Occupy Wall Street”, virou modinha na mão da beautiful people que passa por engajado nas telas.

“Slacktivism”, esse é o termo anglófono recentemente criado que define o que chamo de cybermodismo, aquela situação em que as pessoas participam da causa na internet, mas com pouco ou nenhum resultado prático (se você preferir, pode se eruditizar dizendo que seria a “arte de tentar mudar o mundo sem sair do sofá”). Embora seja a internet um meio fantástico (afinal, eu como você, não vivemos sem ela!), ela ainda não tem capacidade de mudar os rumos de uma sociedade apenas compartilhando algo no facebook. Somos muito práticos, eventos como os citados acima só vingaram porque saíram da web. Um movimento outside causa impacto, mídia, opiniões, ao passo que um retuite é esquecido no outro dia. Você acha que 0 rebuliço causado pelo comentário ácido de um humorista, ou a troca de farpas políticas na rede vai para o livro de história de seus filhos? Creio que seja pouco provável.

Cyberativistas tem conhecimento de causa, sabem o que defendem, conhecem e postam com consciência. O cybermodista, membro da geração “selfie”, quer saber de status, de aparecer. Pergunte a um, que se diz politizado, se ele é de direita, esquerda, centro, ou a um que se diz ecologicamente correto quantos hectares da Amazônia foram desmatados no ultimo ano. Terá ou decepção, ou uma resposta vaga.

A internet divulga o “mundo para o mundo”. É importante defender alguma causa na web? Sim, lógico! Mas a questão é, existem dois “eus”? O eu real, e o eu virtual? Quem tem o poder afinal?

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