A forma segue a experiência. Parte 1.

André Amaral
Senior Mega
Published in
3 min readJul 10, 2020

Olá, meu nome é André e fazem 11 anos que eu vivo o design guiado pelos ensinamentos da Bauhaus!

Desde o início dos meus estudos acadêmicos, bem como durante todos os anos de atuação profissional, eu escuto repetidamente frases que são consideradas mantras religiosos do design gráfico, “a forma segue a função” deve ser um dos maiores.

Você deve estar se perguntando “como pode alguém que se diz um seguidor da Bauhaus errar a máxima de Louis Sullivan?”. Pois bem, o título do meu texto tinha o desafio de ser provocativo, e por isso me permiti adaptar a tão conhecida frase.

De longe a minha intenção nesse texto não é estabelecer nenhum contraponto ou discordância à essa máxima, quero apenas refletir o quanto ela é verdadeira nos mais diversos tipos de projetos e áreas do design, inclusive quando pensamos em design de experiência do usuário.

A quase um ano eu iniciei uma nova jornada na minha vida profissional, após trabalhar por muito anos com design estratégico de marca, que via de regra eu generalizava dizendo apenas que trabalhava com branding, eu mudei a direção do meu percurso e assumi o desafio de iniciar uma caminhada me dedicando a área de UX.

Todo início de jornada gera uma série de dúvidas, e para mim, as principais sempre estavam relacionadas ao quanto meu conhecimento prévio trabalhando com design iria ser útil nesse novo momento profissional. Para minha tranquilidade, cada dia eu vejo que os conceitos de design são extremamente versáteis e aplicáveis a uma infinidade de situações.

Desde que comecei a trabalhar na Senior Mega, tenho experimentado diversos processos de trabalho que já eram praticados pela equipe de UX da empresa, e cada vez mais a máxima de Sullivan se faz verdadeira no meu dia a dia. Nesses últimos meses eu pude vivenciar as diversas etapas de um projeto, desde a pesquisa de descoberta, onde entendemos melhor as dores dos nossos usuários, o desenvolvimento de protótipos para a busca de possíveis soluções, a aplicação de testes de usabilidade, validando as nossas ideias e identificando necessidades de melhorias, e por fim a implantação da solução criada. Pude também participar de diversas dinâmicas e aplicações de ferramentas, como Lean Inceptions, Design Critique, visitas técnicas, dinâmicas de métodos ágeis, e alguns meetups. Em todos esses momentos eu pude perceber o quanto o aprendizado adquiridos nesses eventos contribuem para um melhor projeto de design, seja ele qual for.

A minha percepção disso tudo é que o design de experiencia do usuário é mais uma área que se preocupa o tempo todo em entregar um resultado transformador, que faz diferença e resolve problemas das pessoas para quem o projeto foi pensado. Design de experiencia do usuário tem como função primaria justamente o desenvolvimento da boa experiencia. Sendo justo isso é a verdade absoluta do Design.

Esse novo momento na minha vida como designer, tem me permitido refletir o quanto o design é dinâmico, transformador e relevante para as pessoas. Desde os tipos móveis de Gutenberg até a experiencia de usabilidade em produtos digitais, o design existe para as pessoas e em função das pessoas. Pra mim essa é a poesia da profissão, e poder manter esse entendimento vivo e presente no dia a dia é maravilhoso.

Continua em uma próxima oportunidade…

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