O que faz um time feliz?
Criamos nossa fórmula, talvez faça sentido para você também.
O trabalho pode ser uma fonte diária de alegria e significado ou um interminável desperdício de horas na contagem regressiva para o fim de semana. Eu acredito que não fomos colocados neste mundo para trabalhar oito horas por dia em um emprego “suportável”, esperar as férias chegarem para finalmente sermos felizes e vivermos esse doloroso ciclo até a aposentadoria.
É cada vez mais evidente que quando construímos uma carreira apenas focada no retorno financeiro nos deparamos com uma empreitada, na maioria das vezes, fadada ao fracasso. Ao nosso redor vemos amigos se questionando sobre isso e entendendo cada vez mais que o trabalho pode ser fonte de vida, que pode existir propósito no horário comercial.
E as empresas com isso?
Vivemos um tempo em que você pode ser o que quiser. Hoje temos muito mais liberdade de escolha do que gerações passadas. Então sim, os talentos escolhem as empresas onde irão trabalhar, não mais o contrário. Isso é ainda mais latente em mercados que estão em franca expansão, como é o caso do design e da tecnologia. Nesse momento, é fundamental que aconteça um alinhamento de propósito entre empresas e pessoas. Até porque dinheiro todas oferecem — umas mais, outras menos — mas todas oferecem.
A consultoria global PWC publicou recentemente uma pesquisa que mostra que 83% dos colaboradores de uma empresa se sentem mais motivados quando o trabalho traz um propósito real, um significado além do financeiro. Já era de se esperar. E esse match é a base de uma boa experiência. Todo e qualquer mimo ou benefício soa artificial e pouco eficiente sem um grande desafio em comum entre a empresa e a pessoa que escolheu dedicar grande parte do seu dia a ela.
O que você e sua empresa buscam?
A palavra propósito foi de alguma maneira banalizada, mas no fim do dia deveria ser tão simples como a “razão de existir”. Se o propósito da sua empresa for apenas maximizar lucros, tudo bem. Existem e, sempre vão existir, pessoas que acordam todas as segundas pelo mesmo motivo. Nem todas as empresas (e pessoas) querem mudar o mundo. E está tudo bem! O ponto (e desafio) está na sinceridade, tanto das empresas ao se posicionar, quanto das pessoas na hora de olhar para dentro e buscar o emprego dos sonhos (“dos seus sonhos”, que fique bem claro).
Na Meiuca, por exemplo, acreditamos que “Se design não for sobre fazer a diferença, é sobre o quê?” — nesse artigo Thiago Hassu (CEO & Founder) explica de onde veio nosso lema — e a partir dessa crença nasce o que fazemos: usamos design para resolver, de forma inovadora, os problemas complexos dos negócios e da sociedade. Como? Agora entra nosso modelo de negócios em ação: lucramos ajudando os negócios através de projetos estratégicos, iniciativas criativas e novas abordagens de educação e devolvemos ao mundo através de projetos na Meiuca Org, nosso braço sem fins lucrativos.
No nosso caso a razão está no que fazemos de fato (misturar design, tecnologia e criatividade para resolver problemas) e onde aplicamos tudo isso (nos negócios e na sociedade). Hoje a Meiuca se entende como um negócio de impacto social de subsídio cruzado: uma empresa de design que usa parte do seu lucro e 20% do tempo do seu time para manter uma ONG de design. E nessa fórmula nosso time ganha espaço e liberdade para plugar suas próprias causas. É mágico. Um caldeirão de propósito.
Desafio técnico e dinheiro: gostamos também!
É igualmente recompensador resolver um grande problema relacionado a sua especialidade, se sentir uma pessoa desafiada e reconhecida como profissional. Por isso acreditamos tanto que o propósito não é só a razão pela qual fazemos, mas como fazemos. E o dinheiro com isso? Bem, na sociedade em que vivemos ele acaba virando (por mais que a gente evite) uma forma de tangibilizar reconhecimento. Trabalhar com propósito e ganhar dinheiro não deveria ser uma escolha por um em troca do outro. Todos merecem usufruir do que a vida pode oferecer de bom, não apenas um privilegiado board. Por essas e outras que na Meiuca todos têm participação nos lucros de até 10 salários e são desafiados tecnicamente a cada instante, seja em projetos onde o lucro existe ou naqueles criados pela Meiuca Org.
A grande intersecção da felicidade
Por aqui acreditamos que a felicidade profissional acontece a partir do equilíbrio, do encontro entre propósito, desafio técnico e uma ótima remuneração (ou boa o suficiente para nos sentirmos profissionais reconhecidos). Quando falamos em intersecção, falamos de ponto de encontro, não de uma utopia. Não acreditamos em só dinheiro, em só desafio técnico e, até mesmo, em só propósito. E para entender esse equilíbrio é necessário maturidade.
Mas sim, felicidade não é algo tão exato assim. Existem muitos outros ingredientes que ajudam no equilíbrio dessa equação. Na Meiuca a diversidade torna tudo mais interessante, por exemplo. Sermos socialmente indignados também (em especial nossos almoços). Um ambiente flexível, com transparência e uma pitada de bom humor garantem melhores relações e, obviamente, alguns benefícios criativos tornam tudo um pouco mais amigável e lúdico.
Algumas empresas oferecem escorregadores, mesas de ping pong e cerveja (isso temos por aqui também). Mas o que de fato o seu time deseja? Hoje entendemos a importância de realmente cuidar das pessoas, da forma mais global possível. Isso inclui ajudar na relação com dinheiro, planejar as férias (aqui temos modelos flexíveis como 4 x 10 dias), cuidar da saúde da mente e da física também. E até (por que não?) dos sonhos mais improváveis. Quem faz 3 anos de Meiuca ganha automaticamente o direito de tirar um período sabático (sim, com salário pago) de 3 meses para realizar aquele sonho que parece impossível de conciliar com o trabalho. E, se seu sonho se encaixar como um projeto da Meiuca ORG, esse período pode ser ampliado por mais 3 meses. A lista continua e, muito provavelmente, irá se transformar em breve.
No fim do dia, fazer um time feliz é sobre fazer pessoas felizes. É sobre pensar e repensar a relação com o trabalho. E pra isso, é só ouvir o que elas querem, entender como viabilizar de maneira sustentável e, aos poucos, encontrar a fórmula que funciona pra você, pro seu time e pro seu negócio.
Bora ser feliz :)