Estudo de caso — como projetar um app que ajude as pessoas a cozinhar em casa?
Apresentação da experiência de desenvolvimento de um App durante o projeto do curso de Formação em UX Design da Mergo, no início de 2022.
2020 foi um ano de grandes mudanças na vida em sociedade como conhecíamos, a pandemia da Covid-19 — causada pelo novo Coronavírus — transformou o contato social em algo perigoso e levou as pessoas a fazer suas rotinas dentro de casa, tudo, do trabalho a encontros sociais passou a ser via web, assim como os hábitos alimentares.
Este artigo refere-se ao período que participei como aluno da formação de Ux Design pela Mergo, onde desenvolvemos em grupo um estudo de caso a partir de um cenário real, gerando um produto digital que atendesse a demanda de mercado. Participaram comigo nesse projeto: Barbara Trausi, Gabriella Leite, Luciana Souza; Maurilio Sayão e Thiago Paes. O projeto durou 3 meses entre Janeiro e Abril de 2022.
|Colocando a mão na massa
…com um delicioso molho pra acompanhar
Assim como um prato que estamos preparando onde etapas precisam ser realizadas: a escolha da receita, ingredientes que o prato leva, método de preparo, escolha de utensílios, tempo de preparação e degustação pelas pessoas, UX também conta com esse passo a passo para chegar a um resultado esperado, é como uma bela receita com um prato delicioso que as pessoas vão adorar.
Para descrever de uma forma lúdica nosso processo, vamos imaginar que tenhamos um jantar para amigos e precisamos fazer um prato, começaremos como o nosso problema/necessidade.
Bom apetite!
|Problema
Fazer um jantar para os amigos…
Como nós podemos ajudar as pessoas na adoção de hábitos e comportamentos sobre cozinhar em casa em um cenário de novo normal?
|Qual é o prato?
Um APP para auxiliar as pessoas a cozinhar em casa
Projetado para auxiliar pessoas que cozinham em casa, nosso produto digital é um aplicativo que permite de modo fácil e prático oferecer uma grande variedade de opções na hora de cozinhar: o usuário pode criar listas de compras, pesquisar e compartilhar receitas com outros usuários da plataforma e comparar preços de produtos no comércio local. Diferente de outros aplicativos que são focados em apenas um tipo de tarefa, ele reúne todas as opções necessárias para que as pessoas cozinhem de forma rápida, pratica e econômica.
|Modo de preparo
Metodologia
Utilizamos a metodologia do duplo diamante, desenvolvida em 2005 pelo Conselho de Design do Reino Unido, por ser uma metodologia utilizada na resolução de problemas de forma inovadora.
É composta de 4 etapas: descobrir; definir; desenvolver; entregar.
O artigo vai descrever o processo até a etapa de testes, podendo ser retomado futuramente.
|Tempo de preparo
Cronograma
|Ingredientes
Contexto e cenário atual
A pandemia da Covid-19, causada pelo novo Coronavírus é um dos maiores desafios do século XXI, por ser um vírus perigoso e causar casos graves e mortes — são 6,41 milhões no mundo e 679.5 mil no Brasil (até 05/08/2022) segundo dados do Our World in Data, — impôs a população medidas de saúde coletiva afim de evitar o contágio e mitigar a pressão sobre o sistema de saúde pública: uso de máscara, higiene das mãos, restrição da circulação das pessoas (lockdown) e distanciamento social passaram a fazer parte da rotina das pessoas de todo o mundo.
De uma hora pra outra tudo foi transferido para dentro de casa, o trabalho presencial virou remoto, educação, saúde e encontros sociais passaram a ser feitos via video chamada, a alimentação seguiu o mesmo caminho.
No auge da pandemia, em 2020, com muitos estabelecimentos fechados devido as medidas de restrição adotadas pelos governos locais, app’s de delivery (como Rappi, Ifood e Uber Eats) entraram de vez na rotina das pessoas devido à facilidade de compra e entrega de produtos e evitando a circulação das pessoas. Esses três app’s inclusive, foram responsáveis por um crescimento de 149% nos gastos com delivery no mesmo ano.
Na contramão desse comportamento, muitas pessoas aproveitaram para mudar hábitos e rotinas alimentares: seja pela adoção de uma alimentação equilibrada e saudável, com o consumo de vegetais e produtos não industrializados; pela economia que, com a alta do valor dos alimentos acabou pesando no orçamento das famílias, principalmente as que perderam renda; ou ainda pelo prazer de cozinhar, arriscando-se mais na cozinha e preparando a comida de acordo com seu gostos e suas preferências.
Alguns artigos que coletamos sobre cozinha e pandemia:
Nesse cenário de novo normal onde a rotina das pessoas sofreu grandes transformações, esse estudo de caso se torna importante ferramenta de ajuda para as pessoas alcançarem seus objetivos.
|Etapas
1. Descobrir
Nessa etapa exploratória, nossos estudos compreenderam a desk researh, matriz CSD, pesquisas qualitativas e quantitativas. As informações mais relevantes obtidos nessa etapa nos mostraram que as pessoas tem problemas quanto a:
- Falta de tempo para cozinhar;
- Redução do orçamento familiar;
- Preocupação com sua saúde e de familiares;
- Fazer a lista de compras;
Desk researh e Matriz CSD
Foi conduzida uma rápida pesquisa web sobre o tema e alguns artigos foram selecionados, mapeando pistas e caminhos mais relevantes. Em nossas pesquisas alguns temas como: cozinha em família, obesidade e depressão, delivery, cursos de culinária e consumo de alimentos saudáveis, tiveram maior destaque e era preciso destrinchá-los para entendermos melhor.
A matriz CSD vem para ajudar a compreender melhor alguns desses temas levantados em pesquisa, tendo um melhor entendimento sobre os assuntos abordados, como por exemplo: ser uma certeza que as pessoas começaram a cozinhar na pandemia ou que aumentou o consumo de delivery; ser uma suposição que cozinhar ajuda a melhorar a ansiedade e depressão; ou ainda ser uma dúvida que todos aumentaram consumo de produtos industrializados ou cozinhar em casa ser barato.
Essa informações servem para se fazer uma verificação, na etapa posterior a de pesquisa.
Pesquisa qualitativa e quantitativa
Começamos a definir nosso público através de uma pesquisa de triagem. Para isso elencamos algumas variáveis de segmentação que achamos importantes, como:
- Trabalho remoto;
- Morar em capitais;
- Ter tempo disponível para preparo de refeição (30 a 60m minutos em média);
- Cozinhar por economia;
- Morar com a família;
- Consumir cursos/conteúdo de culinária.
Nosso formulário contou com 6 questões de múltipla escolha que serviram de filtro para as entrevistas e posteriormente para o teste de usabilidade. Como resultado 91 pessoas responderam ao questionário, das quais 61 estavam disponíveis para as entrevistas. Após aplicar os filtros, 6 perfis estavam aptos para a próxima etapa.
Entrevista em profundidade
No dia 16/02/2022, eu e equipe realizamos as entrevistas com 3 pessoas que atendiam aos perfis selecionados. Dividimos o roteiro em 3 blocos:
- Conhecendo a pessoa — com questões sobre o entrevistado(a) e rotina hoje e antes da pandemia;
- Hábitos e rotinas na alimentação — quais os hábitos na infância, no dia a dia e os que adquiriu ou adotou durante a pandemia;
- Alimentação na pandemia — qual a organização das refeições, sobre economia financeira e aprimoramento na cozinha — cardápio, cursos receitas.
Conhecer sua rotina antes e depois da pandemia é importante, pois traz um panorama de como esse período transformou de algum modo sua percepção quanto a alimentação.
Alguns pontos importantes:
- Memória afetiva presente, ou seja, lembram de comidas da infância;
- Delivery não faz parte do hábito alimentar dessas pessoas;
- Pesquisa de preços e custo dos alimentos impactam na definição do cardápio e perfil de compra;
- Fazem mais buscas por receitas na internet, que um curso online;
- A maioria prefere preparar a refeição em casa.
Analisando as respostas coletadas na etapa anterior, foram levantados 3 eixos importantes. Veja no quadro abaixo:
- Economia financeira na alimentação — foi um ponto importante citado nas entrevistas, pois afeta a saúde financeira das famílias nesses tempos de inflação alta e crise econômica;
- Preocupação com a saúde — é algo importante, já que a pessoas adotaram novos hábitos e rotinas no período de pandemia;
- Evitar consumo de alimentos industrializados — está ligado com a qualidade de vida das pessoas.
Pesquisa Quantitativa
Para essa etapa um questionário foi construído no Google Docs e apresentava 12 perguntas de múltipla escolha. Além das redes sociais, foi discutido também o envio para alguns grupos direcionados, onde achamos que teríamos informações importantes, como como grupos de mães com filhos em casa ou grupos de compras coletivas. Ao todo foram 12 perguntas e 142 respostas.
Objetivos esperados:
- Cozinhar em casa — descobrir quais motivos para cozinhar em casa e a relação entre delivery e preparação da refeição;
- Interesse por conteúdos de culinária — saber quais canais e os motivos para busca por tal conteúdo;
- Realiza pesquisa e cotação de preços — descobrir a influência da situação econômica nas escolhas alimentares e saber se há substituição de itens de valor elevado;
- Possui filhos ou familiares em casa — saber a relação de filhos X cozinha e qual o impacto de escolhas saudáveis para a família.
Resultados:
- 92% reside em capital;
- 52% moram com crianças;
- 93% cozinham, 61% são responsáveis pela preparação da refeição,
- 34% cozinham quando necessário, 31% pede delivery;
- 71% usam as redes sociais para consumir conteúdo de culinária, 56% buscam em sites de receitas;
- 97% deixou de comprar algo pelo preço e 69% pensa em economia financeira;
- 70% compra comida de acordo com a necessidade;
- 57% considera sua alimentação saudável, 56% se preocupa com a saúde alimentar na pandemia.
Insights:
- As pessoas preferem preparar suas refeições e se tornam o responsável pela preparação principal quando tem crianças em casa;
- Crianças em casa são o principal fator para a preparação de uma alimentação saudável;
- Internet, principalmente as redes sociais, são o meio mais utilizado para buscar receitas e conteúdos de culinária. Buscar novas preparações é o que leva essas pessoas a procurar esse tipo de conteúdo;
- Preços altos e alimentação saudável são os principais fatores para se cozinhar em casa.
2. Definir
Aqui é onde definimos nosso público-alvo, com informações das etapas anteriores conseguimos criar um perfil dela (persona), estudamos sua rotina diária (mapa de jornada) e escolhemos onde estão os pontos de contato e oportunidades (matriz criativa) que onde o nosso produto pode oferecer e resolver seus problemas de acordo com nosso plano de ação.
Persona
Escolhemos para a nossa persona informações de perfil que atendem as premissas definidas nas etapas anteriores. Alguém que mora em uma grande cidade, São Paulo por exemplo, que trabalha em homeoffice ou que busca um alimentação saudável para ela e sua família, atendem a requisitos definidos, por exemplo, na perguntas de triagem.
A imagem abaixo detalha melhor o eu perfil.
Jornada do usuário
Mapeamos todas as tarefas que ela faz durante o dia, do momento que acorda até quando vai dormir e escolhemos pontos de oportunidade para nosso negócio.
Após algumas análises, definimos alguns pontos sensíveis onde poderíamos atuar:
- Organização de cardápio da semanal e otimização de tempo de preparação — para evitar perda de tempo na cozinha ;
- Sugestão de receitas de acordo com hábitos e preferências do usuário — ajuda na busca por preparações diferentes das triviais;
- Notificação de compra recorrente de acordo com as últimas listas de compras — ajuda como lembretes de reposição, preferencias e validade de alimentos adiquiridos.
Oportunidades
Escolhermos os pontos de contato e definimos então 2 CNPs (Como nós podemos…):
- Como organizar melhor a alimentação semanal?.
- Como otimizar o preparo da alimentação semanal?
Essas questões foram colocadas em confronto com 4 tópicos diferentes: tecnologia, educação, gamificação e insights. Apontando para o MVP (Minimum Viable Product ou na tradução Produto Mínimo Viável):
- MVP Lista de compras — Antecipar preparo da alimentação, verificar dispensa, salvar listas para outras refeições.
Plano de ação
O MVP “Lista de compras” foi escolhido por ser proposta mais próxima de resolver as necessidades do usuário, já que reúne elementos do ponte de vista da praticidade no dia a dia.
Outros pontos também são importantes para o projeto, como:
- Organizar a refeição — Receitas, notificação e valor nutricional;
- Economia — Notificação de oferta e comparação de preço.
3. Desenvolver
Etapa de desenvolvimento é onde começamos a projetar nosso produto, a partir das informações que colhemos nas etapas anteriores, podemos definir as tarefas para verificação do aprendizado. Escolhemos estão no Task Flow, uma tarefa que simule oque definimos no MVP, criar um fluxo para a criação da lista de compras no nosso App.
Task Flow
Decidimos a tarefa a ser realizada, desde o fluxo passo a passo, até o inventário de elementos que cada tela teria. Separamos a tarefa em começo, meio e fim como na imagem abaixo:
Protótipo navegável
Tarefa definida, o protótipo é a parte onde colocamos as ideias no papel, ou num software para ser mais específico. Para essa tarefa utilizamos o Figma, um programa especializado em prototipação e teste.
Foi construído um protótipo de média fidelidade, com elementos design simples e tonalidade de cor em tom de preto e cinza. O objetivo disso é não distrair o usuário na tarefa, pois a cor e elementos de imagem aumentam a retenção e podem dar margem para preferencias de design por parte dos usuários.
|É hora de degustar!
4. Entregar/testar
Teste de usabilidade
Esta é a etapa de validação do projeto, depois de planejado e prototipado, o aplicativo é testado com usuários reais, quais ideias são válidas ou quas precisam de ajustes.
O teste foi aplicado com três usuários selecionados na pesquisa de triagem e realizado remotamente através do programa de vídeo chamadas Zoom. O questionário do teste foi dividido em duas partes: perguntas para conhecer o usuário e perguntas com as tarefas, definidas no Task Flow. São elas:
- Preencha o seu perfil com informações pessoais e crie a sua primeira lista de compras;
- De que forma você acessaria as listas criadas?;
- De que forma você procuraria novas opções de cardápio?;
- De que forma você divulgaria suas receitas?
- Como você daria nota para a receita?
Para consolidar os dados, utilizei uma planilha que continha classificação por “sentimentos”, ou seja, cada tela de uma tarefa continha uma classificação por emoji sobre fundo colorido: como as reações de “feliz” :D, na cor verde para tarefa concluída; uma reação “neutra” :|, na cor amarela para tarefa parcialmente concluída; reação “triste” :(, na cor vermelha para tarefa não concluída. Quando o usuário fazia um comentário relevante, a célula da planilha também levava a cor da reação escolhida. Esse sistema por “sentimento” e por “cor” ajuda a identificar rapidamente os pontos de acerto ou erro, já que as cores destacam as informações relevantes meio a tantas outras.
Para o teste individual, criei uma planilha com alguns campos de informação para ser preenchidos, como: descrição da tarefa; comentários do usuário; interação; além do sistema de sentimentos.
Para a tabulação dos resultados gerais, criei outra planilha com campo de informação como: pontos positivos; negativos; insights; além dos sistema de sentimento.
Ao fim do processo ficou muito mais fácil tabular os resultados e extrair as informações importantes para o projeto.
A planilha com sistema de “sentimentos” foi adaptada da planilha de Sheilla Lima, publicada em um artigo na página do UX Collective Br. no Link abaixo:
Tabulação dos testes, resultados e descobertas
Após os três testes podemos concluir que:
Facilidades:
- Poder escolher o intervalo de compras;
- Poder criar listas de compras no próprio aplicativo de acordo com as preferencias;
- Sugestão de receitas de acordo com lista de compras;
- Poder compartilhar uma receita e receber feedbacks ou sugestões de preparo diferentes;
- Poder curtir e avaliar as receitas.
Dificuldades:
- Quantidade de perfis de interesse, segundo o usuário não há tantos perfis assim;
- Protótipo exibindo produtos antes da procura no campo de busca;
- Falta de opção para definir qual a unidade de medida dos itens da lista(grama, unidade, quilo);
- Algumas palavras, ícones e elementos faltando ou precisando de ajustes, assim como ausência de botão “voltar” no protótipo;
- Falta de um atalho ou informação que leve para as listas criadas.
- Rever disposição das opções da tela de início, talvez condensar “organizar uma refeição, ver listas ou sugestão de receitas” para ver listas criadas.
- O termo “Organizar uma refeição” pode confundir entre buscar receita ou criar uma receita nova;
- Tarefas melhor estruturadas (arquitetura da informação);
Insights:
- Perfil de interesse pode indicar qual o público-alvo do aplicativo;
- Itens buscados podem indicar quais produtos mais relevantes para os mercados locais;
- De acordo com cada tipo de produto o app pode apresentar unidades de medidas personalizados;
- Sugestão de pratos baratos (Ex: pratos que custam menos de 30 reais) e receitas por tempo (ex: 45min, 60min.);
- Criar lista a partir de uma receita pessoal;
- Receitas podem ser apresentadas de acordo com as preferências do usuário;
- Poder compartilhar um “ingrediente secreto”, tanto no comentário como na publicação da receita;
- Criar receitas de acordo com a ocasião ou evento.
Teste 01
Sobre o usuário:
O usuário é uma mulher, mora em Dublin-Irlanda, é comunicóloga e trabalha em uma empresa de healthy Care. Gosta de cozinhar e faz as preparações a cada 3 dias, opta por alimentos frescos e quase não pede delivery. Como cozinha o trivial, se sente necessidade de diversificar o cardápio procura ajuda de receitas em sites e redes sociais.
O teste:
O usuário concluiu algumas tarefas, mas sentiu dificuldades em outras. Sentiu facilidade para criar lista de compras e avaliar uma receita. Sentiu dificuldade para escolher os itens da lista e colocar as quantidades dos alimentos, como também não entendeu a tela principal do aplicativo.
Como sugestões apontou que seria legal se no app pudesse pesquisar receitas de pratos de baixo custo baratos (Ex: pratos que custam menos de 30 reais) e receitas por tempo (ex: 45min, 60min.), assim como também poder compartilhar um “ingrediente secreto”, tanto no comentário como na publicação da receita.
Teste 02
Sobre o usuário:
O usuário é uma mulher, mora em Salvador/BA, é comunicóloga e trabalha numa secretaria de governo. Mora com a filha pequena e a mãe, que fica responsável pela cozinha , cabendo a ela fazer a organização das compras. Hábitos alimentares são comida básica de casa: feijão, arroz, macarrão, verduras, carne e frutas, esporadicamente pizza cahorro quente e pizza. Pede delivery nos fins de semana.
O teste:
O usuário concluiu algumas tarefas, mas sentiu dificuldades em outras. Como uma das hipóteses para a dificuldade está o uso de um notebook, que dificultou o scrool pela página do app. Sentiu facilidade para criar lista de compras, compartilhar e avaliar uma receita, entendeu as informações da tela inicial. Sentiu dificuldade para escolher os itens da lista e colocar as quantidades dos alimentos.
Por estar com dificuldade na realização em um notebook, e não prosseguir em algumas telas, o usuário utilizou o menu abaixo do protótipo para realizar algumas tarefas, causando dificuldades para sua realização.
O usuário não fez sugestões relevantes para melhorias no aplicativo.
Teste 03
Sobre o usuário:
O usuário é uma mulher, mora em São Paulo/SP, tem 27 anos e trabalha em uma clínica médica. Cozinha todos os dias e tenta se alimentar nos horários certos. Não pede delivery e quando pede é em finais de semana. Costuma fazer compras mensais e vai repondo o que for precisando, aproveita promoções devido ao elevado custo dos alimentos hoje em dia. Gosta de cozinhar mas faz o trivial, só procura uma receita quando quer fazer algo que não sabe. É Organizada com os utensílios e ingrediente(temperos) na cozinha.
O teste:
O usuário concluiu algumas tarefas, mas sentiu dificuldades em outras. Sentiu facilidade para criar lista de compras e avaliar uma receita. Sentiu dificuldade para escolher os itens da lista e colocar as quantidades dos alimentos. Nas tarefas 2, 3 e 4 escolheu opções aleatórias à terefa, pois não entendeu a página inicial.
O usuário não fez sugestões relevantes para melhorias no aplicativo.
Iteração
Após realizado os testes e tabulado os resultados organizamos os dados e os principais pontos de ajustes foram distribuídos pela matriz de criticidade, quanto mais longe do centro, mais urgente são as mudanças.
|O que aprendi no processo?
Aprendizados
Ao perpassar por todas as etapas de um projeto de UX, aprendi que um projeto baseado em metodologias sólidas e inovadoras tem uma grande chance de ser um produto de sucesso, já que quando bem estruturado temos as respostas necessárias para corrigir os erros e encontrar soluções mais eficazes.
Aprendi que ouvir o usuário antes de criar soluções baseadas em achismos torna o projeto melhor e o aproxima de uma solução mais amigável, que facilite sua vida e atenda suas necessidades. Pesquisar antes de falar é essencial para criar soluções melhores para a sociedade.
Agradecimentos
Agradecimentos aos colegas de equipe que desenvolveram junto comigo o produto e aos colegas de turma por ter agregado tanto o conhecimento, à equipe Mergo, professores, monitores e suporte, que compartilharam seu conhecimento e expertise agregando conhecimento e qualidade para os curso.
Próximos passos
Voltar para a ideação, afim de identificar informações importantes para o andamento do projeto.
Fazer os ajustes necessários no protótipo de média fidelidade, com base nos feedbacks e insights obtidos no primeiro teste de usabilidade, aplicando um novo teste usabilidade com os ajustes que foram definidos.
Construir protótipo de alta fidelidade, construindo a identidade visual e sua interface — UI(User interface).
Por fim, e quem sabe, colocar o projeto para rodar no mundo real, como um produto final.
|Um até breve…
Esse foi meu primeiro contato com UX e pretendo estar aqui mais vezes em projetos futuros.
Obrigado a todos que dedicaram um pouco do seu tempo para ler esse artigo, espero vê-los novamente.
Até breve.
Obrigado, Rei o/
