#ISAFloripa17: ô côza mash quirida!

Existe aquela época do ano onde os designers migram para se encontrar e renovar seus votos de fé. Se você já foi a algum ISA, provavelmente sabe do que estou falando.

Lu Terceiro
Mergo
3 min readNov 15, 2017

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Por isso, antes de falar sobre o ISA Floripa 2017 especificamente, acho que vale deixar o toque: tentem guardar uma grana, fazer uma poupança para ir. Sei que a situação econômica não anda fácil para ninguém, mas o investimento para ver profissionais do nível que o ISA proporciona é muito menor do que se fosse para participar de um evento no exterior. E não é apenas os figurões que vem palestrar, mas também a possibilidade de conhecer tantos profissionais bacanas, seja no coffee break, na happy hour ou na balada. Num ISA, você respira o tempo todo uma energia que só um encontro de apaixonados pelo que fazem possibilita.

Outro aspecto importante que reforça essa energia é pensar que o ISA é um evento essencialmente organizado pela comunidade da IxDA. É um trabalho voluntário onde haja coração para fazer tudo acontecer. Para cada um dos ISAs, eu tiro o chapéu para os organizadores, porque é possível perceber como aquilo tudo foi feito com alma (suor e lágrimas, muito provavelmente também).

Agora sim, falando do ISA Floripa 2017. Imagine você um encontro onde 1500 apaixonados, loucos por design, se encontram, em um cenário como Florianópolis? Para muitos, o primeiro ISA. Para outros, os reencontros com amigos e queridos. Para o mundo, o maior evento de design e UX!

Um dia antes da conferência rolou o Education Summit, uma iniciativa que vem se firmando como ponto de discussão sobre educação e design. Faculdades e universidades que possuem cursos de design, fiquem ligados, é importante a participação de vocês!

O primeiro dia da conferência foi dedicado aos talks feitos pela comunidade. Divididos em sete espaços diferentes com temas como Comunicação, Humanas, Tecnologia e Negócios, foram realizados mais de 100 talks. Em um espaço que buscou integrar as diferentes falas, pudemos acompanhar cada palestra por meio de headphones que transmitiam cada um dos palcos em diferentes canais. Pudemos zapear entre as palestras — o que foi bom e ao mesmo tempo complicado para quem naturalmente já tem algum déficit de atenção :D

A seleção de assuntos atendiam a diferentes expectativas, trazendo de cases de mercados a artigos acadêmicos, o que proporcionou uma mistura para todos os gostos.

O segundo e o terceiro dia foram dedicados aos keynotes. Tenho cá para mim os preferidos, como:

  • Andrew Kaufteil e sua análise sobre o que compõe um ambiente criativo (e usando uma simpática analogia com feijoada).
  • Cynthia Savard, autora de Tragic Design, e que deu uma belíssima palestra sobre a responsabilidade do design, inclusive em se tratando de vidas.
  • Anderson Gomes falando sobre os processos da Youse e nos deixando orgulhosos de ver um trabalho tão bacana sendo feito por aqui.
  • Mariana Salgado falando sobre o case realizado na Finlândia, que proporcionava documentos de identidades aos imigrantes, para que eles pudessem ter acesso ao sistema.
  • Lucas Radaelli, desenvolvedor Google que nos trouxe uma fala tão poderosa: “Para as pessoas normais, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
  • Marcos Pianger, quase um peixe fora d’agua, falou sobre inovação de forma muito divertida (perfeito para após o almoço!).
Keynotes!

Teve mais, opa se teve! Teve Luis Arnal (Insitum), Russell Perish (IBM), Heiko Waechter (Huge), Elaine Ann, Rob Nero (Spotify), entre outros, trazendo muita informação e muitas perspectivas interessantes (eu sei que não tem resumo, eu linko para quem fizer :D).

Parabéns, galera!!!!

E teremos mais ainda, porque em 2018 o ISA cresce e abraça a America Central, tornando-se o Interaction Latin America. Quando a gente diz que o design constrói pontes, não estamos de brincadeira :)

Nos vemos no Rio!

Para mais artigos sobre o ISA Floripa 17, procure pela tag!

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