Dead Space 2

João Vitor Cupolillo
Metagame
Published in
3 min readJul 1, 2016

Um survival horror espacial pra quem (ainda) tem estômago

Isaac Clarke, o protagonista do game

Dead Space é um jogo de 2011, produzido pela Visceral Games e distribuído pela poderosa Eletronic Arts. O game funciona no melhor estilo Survival horror, ou seja, nele o jogador é exposto a situações bizarras e assustadoras, e deve sobreviver com os poucos recursos aos quais são disponibilizados. O equilíbrio entre a tensão e a utilização de poucos itens (e de elementos presentes no próprio cenário) é vital para o sucesso ou fracasso do player 1.

O jogo é uma sequência direta a história de Dead Space (título que fez muito sucesso), acontecendo 3 anos após os acontecimentos de seu antecessor. Na narrativa, o protagonista Isaac Clarke está de volta após os incidentes com a nave Ishimura (ocorridos no primeiro game da série), porém sem memória pelos últimos 3 anos que se passaram. Envolto em uma camisa de força, Issac acorda em um hospital em uma colônia humana, chamada The Sprawl, que está sendo atacada por necromorphs. E é seguindo nessa tensão presente logo no início que o jogo se desenvolve, na busca de Issac pela sobrevivência, mesmo com tudo encaminhado para que isso não aconteça.

Apesar do pouco tempo para experimentar o jogo e a infelicidade de experimentá-lo sem som, alguns elementos chamaram atenção logo de cara. A inteligência artificial e a forma como se organizavam para atacar o protagonista (muitas vezes, o cercando e impossibilitando reação), por exemplo, justifica o fato de o jogo ser considerado um ótimo game do estilo. Tais fatos levam o jogador a ter de pensar muito bem antes de gastar recursos desnecessários, utilizar o cenário a seu favor e planejar em qual parte dos monstros realizar o ataque (pois há desmembração dos mesmos, e isso pode ser utilizado ao seu favor). Tais ações, de fato, influem na questão de agência do jogador no game.

Isso sem levar em consideração a variedade de ataques, tremenda bizarrice e criatividade na aparência dos monstros, e, claro, a violência gráfica que o game possui. As cenas de morte, por exemplo, sem dúvidas, chamam atenção pela sua variedade e brutalidade.

Outro fato que chama bastante atenção ao primeiro contato é o fato do game não possuir barras laterais (display) informando a vida do personagem. Ela é representada pela luz que está presente nas costas do protagonista. Deste modo, favorecendo uma imersão muito maior ao jogador, mantendo uma tela mais limpa e dando um ar cinematográfico à experiência. O único elemento disponível para o jogador é a quantidade de tiros disponíveis, quando a arma é utilizada.

Vale ainda ressaltar a lentidão com que o personagem se movimenta, devido à sua armadura, e a dificuldade de visão dos elementos do cenário por conta do jogo funcionar em terceira pessoa (com a câmera posicionada acima do ombro do jogador) e pela ambientação escura e macabra, que alterna entre fases no espaço e dentro da nave atacada.

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