Os novos terminais de Mauá
Novos terminais são peças essenciais do futuro sistema tronco-alimentador que é a aposta para otimizar o transporte municipal. Entenda
Contextualização
No último sábado, de acordo com reportagem do Diário do Transporte foi publicado no Diário Oficial de Mauá a concorrência pública para construção e reforma de terminais de Mauá. As obras contam com recurso de 16,8 milhões, a verba é corresponde à primeira de duas etapas de um pacote no total de aproximadamente 33 milhões, provenientes do PAC Mobilidade, que contemplarão, na segunda etapa, a construção do corredor de ônibus da Avenida Itapark. As ordens de serviço haviam sido assinadas pelo prefeito Átila Jacomussi no primeiro trimestre de 2018. Neste primeiro momento, deverão ser construídos dois novos terminais, Itapark e Zaíra e no Itapeva, o terminal existente será totalmente remodelado.
Terminal Itapark
Será construído do zero e dos três mencionados será o maior e deverá comportar a maior parte dos itinerários que hoje vão até o Centro pela Barão de Mauá. De acordo com o Plano de Mobilidade de Mauá, receberá linhas da região leste da cidade, que inclui bairros como Jardim Mauá, Feital, Cruzeiro, Luzitano, Jardim Sílvia e Vila Ana, que serão seccionadas no novo equipamento. No plano é previsto, com a reorganização de itinerários atuais, que o terminal também terá linhas para o Terminal Zaíra e para a região da Estação Guapituba, o que pode fortalecer a interconexão de bairros da cidade de forma mais dinâmica. A secção das linhas diminui o número de ônibus em sobreposição rumando ao centro, mas, por outro lado, pode virar um transtorno na vida dos passageiros caso a operação de linhas Troncais, operadas por veículos de maior capacidade, preferencialmente por faixas exclusivas, não for corretamente dimensionada e estruturada. O novo terminal será localizado no final da Avenida Itapark, confluência com a Avenida Barão de Mauá, no Jardim Bógus, em torno de dois quilômetros do Terminal Central. O projeto oficial, desenvolvido pela Geometrica em 2014, prevê uma plataforma central (ônibus parando nas duas extremidades) e uma lateral.
Terminal Zaíra
A construção será praticamente no mesmo lugar ocupado entre 2010 e 2017 pela antiga estação de transferência, o que deverá mudar é que os fluxos serão melhor separados, com o terminal e avenida em posições diferentes. O equipamento anterior ficava entre as pistas sentido bairro e sentido centro. O plano de mobilidade prevê mais linhas do que anteriormente serviam a antiga estação e prevê também a conexão com os terminais Sônia Maria, da EMTU e futuro terminal Itapark. O equipamento será construído na Avenida Presidente Castelo Branco, esquina com a rua Jorge Máximo de Azevedo e terá uma plataforma central.
Terminal Itapeva
Será reconstruído no mesmo lugar do atual, entre as ruas Lourival de Almeida e Domingos Cirilo, próximo ao final da Avenida Barão de Mauá. Segundo o plano de mobilidade, como apoio ao terminal Itapark, receberá as linhas dos bairro do entorno, como Canadá, Santista, Esperança e algumas linhas das regiões das Chácaras. O terminal terá uma espécie de plataforma central, com três “faces”.
Considerações finais
Além da situação de intervalos e aceitação por parte da operação, a implantação de um novo sistema com os novos terminais abre espaço para diversos questionamentos. Quais serão os impactos no entorno desses novos terminais? Seria possível utilizar dos aspectos positivos para o desenvolvimento das centralidades dos bairros que eles se inserem? Veremos em breve infraestruturas para melhorar a fluidez no tráfego dos ônibus, como mais faixas e corredores? Todas elas dependem de ações de planejamento que sejam capazes de enxergar a cidade como um todo, com terminais e corredores sendo capazes de trazer melhorias efetivas à cidade e sua população.
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por Renato Martins