O limite de técnicos no Brasileirão!
CBF limita número de contratações de técnicos pela primeira vez na história da Série A do Brasileirão
O Conselho Técnico do Brasileirão 2021 aprovou uma proposta de mudança significativa para o campeonato desse ano. A tal proposta, apresentada por Rogério Caboclo, presidente da CBF, se trata da limitação do número de técnicos por clube no campeonato, na qual cada clube só poderá contratar até 2 técnicos no máximo ao decorrer da temporada.
Além do limite dos clubes de contratar, os técnicos também têm um limite de pedidos de demissão. Os treinadores podem comandar apenas dois clubes ao decorrer do Brasileirão. Se o técnico pedir demissão, o clube poderá contratar outro sem que contabilize como contratação para eles. O que acaba sendo uma forma permitida de “burlar a regra”. No caso de demitir o segundo técnico, a equipe será obrigada a pôr no comando um substituto que tenha pelo menos 6 meses de clube.
Número de técnicos por clube em 2020:
Botafogo, Coritiba e Goiás: 5
Bahia: 4
Athletico-PR, Corinthians, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino e Vasco: 3
Atlético-GO, Flamengo, Fluminense, Internacional, São Paulo e Sport: 2
Atlético-MG, Ceará, Grêmio e Santos: 1
Os dirigentes dos clubes afirmam que a proposta é uma medida “populista” do presidente, ou seja, apenas para agradar o público. Isto porquê a troca excessiva de técnicos no futebol brasileiro, e a mentalidade imediatista dos clubes, é uma reclamação constante dos amantes do esporte aqui no país. Algo que os dirigentes também declararam sobre Caboclo querer ficar “bem na fita” como foi colocado por um dirigente de um clube do sudeste, é a decisão só se aplicar à série A do campeonato, já que é a divisão que recebe mais mídia.
Por mais que o grande número de trocas de técnicos seja algo de comum incômodo para os espectadores, não foi uma decisão unânime entre os dirigentes a aprovação da proposta. Na verdade a votação foi muito parelha, com 11 votos a favor da limitação, e 9 contras:
A Favor: América-MG, Atlético Mineiro, Chapecoense, Corinthians, Fluminense, Internacional, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Sport.
Contra: Athletico-PR, Atlético Goianiense, Bahia, Ceará, Cuiabá, Flamengo, Fortaleza, Grêmio e Juventude.
Apesar de sabermos que as chances de as regras serem manobradas são grandes, no “cru”, a proposta da limitação parece ser positiva, pois vai trazer mais oportunidade e tempo para os técnicos implantarem suas ideias no time e acabar com esses números absurdos de demissões, em que por exemplo a média no futebol brasileiro é de 18,7 treinadores nos últimos 10 anos, ou seja, um novo treinador a cada 6 meses.
