Guia MZ da Euro 2020 — Grupos D, E e F

Com início na próxima sexta, a Eurocopa reunirá as grandes seleções do continente europeu e boa parte dos grandes astros do futebol mundial

Pedro José Domingues
Mezzala
20 min readJun 11, 2021

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(Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

A Eurocopa terá seu início na próxima sexta-feira (11), após ter sido adiada de 2020 para 2021 por conta da pandemia do Covid-19. A competição de seleções europeias se estenderá por um mês, se encerrando na data da grande final em Londres, no dia 11 de julho.

Essa edição terá doze cidades-sede. São elas: Amsterdã, na Holanda, Baku, no Azerbaijão, Bucareste, na Romênia, Budapeste, na Hungria, Copenhague, na Dinamarca, Glasgow, na Escócia, Roma, na Itália, São Petersburgo, na Rússia, Londres, na Inglaterra, Sevilha, na Espanha, e Munique, na Alemanha.

Na segunda parte do guia do Mezzala sobre as seleções da Euro, você conhecerá mais detalhes sobre cada uma das participantes dos grupos D, E e F.

Em tempo, confira a primeira parte do Guia MZ da Euro 2020, sobre os participantes dos grupos A, B e C:

Para saber ainda mais sobre cada uma delas e também sobre as seleções de outros grupos, confira a nossa série de episódios especiais do podcast MZ Airlines:

Grupo D

O Grupo D dessa edição da Euro está formado com a Croácia, República Tcheca, Inglaterra e Escócia. O primeiro jogo desse grupo acontecerá no próximo domingo (13) às 10h, com duelo entre Inglaterra e Croácia. No outro jogo da 1ª rodada do grupo, Escócia e República Tcheca estreiam na segunda (14), às 10h.

Confira a tabela completa do grupo:

1ª rodada:

13/06–10h | Inglaterra x Croácia

14/06–10h | Escócia x República Tcheca

2ª rodada:

18/06–13h | Croácia x República Tcheca

18/06–16h | Inglaterra x Escócia

3ª rodada:

22/06–16h | República Tcheca x Inglaterra

22/06–16h | Croácia x Escócia

Croácia

(Foto: Reprodução/FootyHeadlines)

A Croácia, atual vice-campeã da Copa do Mundo, não vive seu melhor momento em termos de desempenho. Na convocação, mantém a base que fez história em 2018, mas o técnico Zlatko Dalić deixou de convocar nomes importantes como o goleiro Danijel Subašić (ex-Monaco), o meia Ivan Rakitić (Sevilla) e o atacante Mario Mandžukić (ex-Milan).

No Grupo H das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, a Croácia é líder — empatada com a Rússia — com 6 pontos. Perdeu a primeira partida para a Eslovênia por 1x0, teve uma vitória magra contra o Chipre e venceu Malta por 3x0. Já nos amistosos preparatórios para a Eurocopa, empatou em 1x1 com a Armênia e perdeu de 1x0 para a Bélgica.

(Foto: Reprodução/Twitter/@HNS_CFF)

Apesar de não ter os três nomes citados anteriormente no plantel, a seleção croata tem ótimas opções para dar a volta por cima nos resultados recentes.

Sem Subašić, o gol fica aos cuidados do bom goleiro Dominik Livaković (Dinamo Zagreb), de 26 anos. Junto dele na defesa, seguem três nomes da campanha histórica da última Copa: o lateral-direito Šime Vrsaljko, e os zagueiros Dejan Lovren e Domagoj Vida.

(Foto: Reprodução/The18/Getty Images)

Comandados pelo experiente e vencedor do Ballon D’Or, Luka Modric, os croatas tem opções versáteis no meio de campo para todos os gostos e variações táticas: Mateo Kovačić, Marcelo Brozović, Milan Badelj e Mario Pašalić.

(Foto: Reprodução/TheChelseaChronicle/Xavier Laine/Getty Images)

No ataque, tem dois ótimos pontas — que também podem jogar no meio como alas: Ivan Perišić e Josip Brekalo. E dois centroavantes que tiveram uma ótima temporada por seus clubes: Ante Rebić (Milan) e Andrej Kramarić (Hoffenheim).

Enfim, a Croácia tem um ótimo plantel, com boas peças em todos os setores e, se focar no objetivo como fez em 2018, tem tudo para fazer uma boa Eurocopa.

Tomando as partidas recentes como base, a possível Croácia é:

Com ótimas peças em todos os setores do campo, a Croácia pode ser, como na Copa de 2018, uma das surpresas na Euro (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

República Tcheca

(Foto: Twitter/@ceskarepre_eng)

A tradicional seleção Tchecoslovaca, ganhadora de uma Eurocopa, ouro olímpico e duas vezes vice de Copas do Mundo, existiu até 1993, quando o país foi separado. Da disjunção saíram as seleções da República Tcheca, que sucedeu a maioria dos troféus, e da Eslováquia.

Na primeira Eurocopa da República Tcheca pós-divisão, em 1996, perdeu por 2x1 para a Alemanha na final. Duas edições depois, em 2004, ficaram com o terceiro lugar; na edição seguinte, não classificou para as fases finais; em 2012 caiu nas oitavas e na Euro passada viu a Eslováquia chegar às oitavas enquanto ficava em último do Grupo D com 1 ponto. Junto aos fracassos europeus, não conseguiram se classificar nas três últimas Copa do Mundo.

(Foto: Twitter/@ceskarepre_eng)

O técnico da República Tcheca é Jaroslav Šilhavý, treinador que fez sua carreira toda de jogador e técnico no país, Dez dos vinte e quatro convocados jogam no Campeonato Tcheco, ou seja, ele conhece bem suas peças.

Entretanto, a Narodni Tym também tem atletas conhecidos no futebol europeu e que se destacaram nessa temporada, como a dupla do West Ham: Vladimír Coufal (lateral-direito) e Tomás Soucek (meio campista); o atacante Patrick Schick, do Bayer Leverkusen, os goleiros Tomás Vaclík, do Sevilla, e Jirí Pavlenka, do Werder Bremen. Outro destaque da atual geração é o volante Alex Král, de 23 anos, do Spartak Moscow, e que está próximo de acertar com o West Ham.

Apesar de ter goleado a Estônia por 6x2 na primeira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo, as expectativas para os tchecos é baixa e o Grupo D é muito qualificado — só ter bons nomes não vai garantir a classificação.

Uma possível escalação é:

Liderados pelo talento de Soucek, a República Tcheca tem plenas condições de fazer uma justa campanha na Euro (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Inglaterra

(Foto: Twitter/@England)

A seleção da Inglaterra ainda está em processo de reformulação após a geração Gerrard-Lampard-Rooney, e conta com muitos jovens que brilham em seus respectivos clubes pela Europa. A média de idade é de 25,3 anos, sendo Kyle Walker o mais velho com 31 anos.

Essa reformulação passa pelas mãos do técnico Gareth Southgate, no comando do English Team desde 2016. Ao mesmo tempo que muitos o consideram limitado para o trabalho (vence mas não convence), ele foi responsável por levar a Inglaterra às semifinais da Copa do Mundo de 2018.

Com grande crescimento em seu futebol nas últimas temporadas, Marcus Rashford pode ser na Inglaterra o que ele é no Manchester United: protagonista (Foto: Twitter/@England)

A maior incógnita dessa seleção é a escalação que será usada. Isso porque, entre a Nations League, as Eliminatórias para a Copa do Mundo e os amistosos — partidas que antecederam a Eurocopa, os Three Lions usaram três esquemas distintos: 3–4–2–1, 4–5–1 e 4–3–3. Southgate também faz mistério quanto aos titulares, já que nos dois últimos amistosos, contra Áustria e Romênia, eles jogaram com um time considerado misto.

Apesar de nunca ter sido campeã — nem ter chegado perto da final desde 1996 — e da falta de confiança da torcida com o treinador, a Inglaterra, por causa dos nomes de respeito no plantel, é uma das cotadas a disputar o título da Eurocopa esse ano.

Com base nos campeonatos e amistosos citados, o time base de Gareth Southgate pode ser:

Southgate tem em mãos uma das melhores gerações da história da Inglaterra, com sua seleção sendo cotada como uma das favoritas para a Euro e para a próxima Copa (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Escócia

(Foto: Reprodução/TheStar/REUTERS/Russell Cheyne)

Sem disputar qualquer grande certame desde 1998, a seleção da Escócia sonha em retornar em grande estilo nessa Eurocopa. Para deixar a situação ainda mais interessante, a equipe comandada por Steve Clarke caiu em um grupo com a Croácia, atual vice-campeã do mundo, e sua maior rival, a Inglaterra.

Para este sonhado retorno, os escoceses não chegam escassos de bons nomes. Entre eles está o capitão Andrew Robertson, lateral-esquerdo do Liverpool, que é um dos melhores do mundo em sua posição. Além dele, Liam Cooper, zagueiro e capitão do Leeds, e o também lateral-esquerdo Kieran Tierney (Arsenal) também se destacam.

No meio e ataque, os principais atletas são: o ótimo volante Scott McTominay (Manchester United), o versátil meia John McGinn (Aston Villa) o atacante Che Adams (Southampton) e o ponta Ryan Fraser (Newcastle).

(Foto: Reprodução/SkySports)

Para muitos, o jogador-chave deste time escocês é justamente o versátil John McGinn, que marcou dez gols em 32 jogos. Com essa marca, o meia de 26 anos é o melhor marcador entre todos os convocados por Steve Clarke. Seus movimentos ditam o ritmo da equipe, além de poder jogar como um meia atrás dos atacantes, ou como um ala pela direita.

Outro nome para ficar de olho é o meia Billy Gilmour (Chelsea), que teve boas atuações nos amistosos preparatórios contra Holanda e Luxemburgo. Ainda assim, a tendência é que o meia de 19 anos fique no banco.

(Foto: Reprodução/EuroSport/GettyImages)

Depois de 23 anos longe dos holofotes de grandes torneios, talvez seja difícil ver a Escócia ir muito longe, ainda mais levando em conta o grupo com duas seleções favoritas às vagas para o mata-mata. Isso, inclusive, pode comprometer uma classificação como melhor terceiro colocado.

Ainda assim, a Escócia tem em bons jogadores e razões para sonhar com uma classificação para a fase seguinte, o que seria algo inédito para The Tartan Army. Com base nas últimas partidas, o time-base é:

De volta às competições internacionais, a seleção da Escócia tem bons motivos para sonhar com uma classificação para o mata-mata (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Grupo E

O Grupo E dessa edição da Euro está formado com a Polônia, Eslováquia, Espanha e Suécia. O primeiro jogo desse grupo acontecerá na próxima segunda-feira (14) às 13h, com duelo entre Polônia e Eslováquia. No horário das 16h também no dia 14, Espanha e Suécia fazem suas estreias.

Confira a tabela completa do grupo:

1ª rodada:

14/06–13h | Polônia x Eslováquia

14/06–16h | Espanha x Suécia

2ª rodada:

18/06–10h | Suécia x Eslováquia

19/06–16h | Espanha x Polônia

3ª rodada:

23/06–13h |Suécia x Polônia

23/06–13h | Eslováquia x Espanha

Polônia

(Foto: Reprodução/Pinterest/BestHQWallpapers)

Dona do melhor jogador do planeta e de mais alguns excelentes jogadores espalhados pelo mundo, a Polônia chega a sua quarta edição da Eurocopa. Dessa vez, a seleção conta com o amadurecimento de alguns de seus jogadores para chegar mais longe na competição.

Na última edição da Euro, a seleção foi eliminada nos pênaltis na fase das quartas, para a campeã Portugal. Com um contexto diferente, os poloneses chegam confiantes para chegar longe na atual edição, sonhando com fases mais altas.

Entre seus poucos habitantes, uma vez ou outra surgem alguns craques, principalmente artilheiros. Os principais exemplos são os casos do ex-atacante Grzegorz Lato, e do “The Best” Robert Lewandoski, principal astro da equipe atual.

(Foto: Reprodução/ PSNFutbol/PZPN)

Em outras posições, outros atletas da seleção atual também apresentam um bom nível de futebol. Jogadores como o meia Piotr Zielinski (Napoli) e o goleiro Wojciech Szczesny (Juventus) cumprem muito bem suas respectivas funções, tanto em seus clubes, quanto pela camisa de seu país.

Jogando sua primeira Eurocopa, o recém-chegado técnico Paulo Sousa tenta aplicar da melhor maneira possível suas ideias na equipe, jogando com um 4–4–2 pouco utilizado anteriormente com o antigo técnico Jerzy Brzeczek.

(Foto: Reprodução/ZeroZero/Getty Images)

Paulo teve apenas cinco jogos no comando, mas com um longo espaço de tempo para trabalhar com sua equipe. A demissão inesperada de Brzeczek surpreendeu a todos pelo bom trabalho que vinha fazendo à frente da Polônia. No entanto, o ex-treinador não tinha um bom relacionamento com Robert Lewandowski.

A situação do time de Paulo Sousa não é das mais difíceis do campeonato, porém a equipe terá que entregar muito futebol dentro de campo para conseguir garantir a classificação diante das outras três seleções de seu grupo.

O time-base da seleção polonesa é a seguinte:

Liderados por Robert Lewandowski, o “The Best”, a seleção da Polônia tem expectativas altas de classificação no Grupo E (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Eslováquia

(Foto: Reprodução/ChaseYourSport)

A Eslováquia vem para o seu terceiro torneio de seleções desde a separação da Checoslováquia em 1993. A primeira delas foi a Copa do Mundo de 2010, e a segunda foi a Eurocopa de 2016, na qual foi eliminada nas oitavas de final para a Alemanha. Os Krížiaci (Cruzadores), como são chamados, chegam para essa Euro com fome de fazer uma campanha digna e, quem sabe, beliscar uma fase eliminatória no torneio.

Os dois principais nomes dessa seleção são bem conhecidos no futebol europeu, com outros coadjuvantes atuando em times de médio porte no Velho Continente. O veterano meia Marek Hamšík (ex-Napoli) e o ótimo e jovem zagueiro Milan Skriniar (Inter de Milão), são os principais destaques dessa geração da Eslováquia.

(Foto: Reprodução/IrishExaminer)

O treinador Stefan Tarkovic não teve muito tempo para montar a equipe. Ele assumiu após a Liga das Nações, comandando os eslovacos por poucos jogos. Mas, aparentemente, a ideia de usar um 4–1–4–1 e um 4–2–3–1 é predominante.

Hamšík é o principal criador de jogadas e, muitas vezes também, definidor delas. Muito por essa função do capitão, o esquema vira um 4–2–3–1, com Hromada e Kucka mais atrás. Além disso, a qualidade de Skriniar é muito importante na saída de bola, já que a equipe pretere por uma saída limpa pelo chão.

(Foto: Reprodução/BelfastTelegraph)

A seleção eslovaca ficou em terceiro lugar nas eliminatórias da Euro, não se classificando diretamente para a competição. Com treze pontos, a seleção ficou com apenas um ponto atrás de País de Gales, e quatro atrás da líder Croácia.

Sua classificação para a Euro 2020 se deu de uma forma menos usual, através dos play-offs da Ligas das Nações. A vaga foi assegurada após uma vitória nos pênaltis contra a seleção da Irlanda do Norte. No atual contexto, já seria uma vitória enorme para o povo eslovaco chegar às oitavas de final.

A seleção da Eslováquia tem sido desenhada da seguinte maneira:

Com uma geração não tão estrelada, a Eslováquia conta com o brilho de Hamsik e Skriniar para garantirem uma vaga nos mata-matas (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Espanha

(Foto: Reprodução/BolaVIP/Getty Images)

Após vivenciar seus anos mais gloriosos da sua história entre os anos de 2008 e 2012, onde ganhou duas Eurocopas e uma Copa do Mundo, a seleção da Espanha vem em baixa após esse período.

Com eliminações precoces nos dois últimos mundiais e na última Euro, a seleção espanhola chega para essa Eurocopa buscando uma campanha notável e sonhando com um possível título do continente. Para isso, a “La Roja” comandada por Luís Enrique (ex-Barcelona) conta em seu plantel um grande misto de jogadores experientes e de renome no cenário mundial, com jovens jogadores para revigorar essa atual geração.

(Foto: Reprodução/BolaVIP/Getty Images)

Entre os veteranos, vale citar o histórico volante Sergio Busquets (Barcelona), o ótimo lateral-esquerdo Jordi Alba (Barcelona) e o polivalente zagueiro César Azpilicueta, atual campeão da Champions com o Chelsea. Além deles, uma outra grande referência da equipe — talvez a maior — é o habilidoso meia Thiago Alcântara, campeão da UCL com o Bayern na temporada 2019/20.

(Foto: Reprodução/WorldSoccer.com)

Já entre os mais jovens, destacam-se principalmente o zagueiro canhoto Pau Torres, 24, campeão da Europa League com o Villarreal, e o promissor meia Pedri (Barcelona), de 18 anos. Além deles, o ponta Ferrán Torres (Manchester City), de 21 anos, e o ótimo meia Dani Olmo (RB Leipzig), de 23 anos, são outros destaques da nova geração espanhola.

No entanto, uma das escolhas de Luis Enrique na convocação para a Euro gerou muita polêmica. O técnico preferiu por não selecionar o capitão Sergio Ramos entre os convocados, um dos melhores zagueiros do mundo e um dos líderes dessa geração da Espanha.

(Foto: Reprodução/TheVaultzNews.com)

A não-convocação do capitão e de atletas como o atacante Iago Aspas (Celta de Vigo) e o também zagueiro Iñigo Martínez (Athletic Bilbao) foram muito criticadas pelos torcedores espanhóis, que colocam uma insegurança sobre a “Roja”.

A seleção espanhola chega para a Eurocopa com o objetivo de recuperar o prestígio mundial, depois dos fiascos recentes. Além disso, existe uma grande expectativa na preparação e construção de uma forte nova geração de astros mundiais para a disputa da Copa em 2022, e das futuras competições da Espanha.

Sem o capitão Sergio Ramos, a seleção da Espanha tem uma geração rejuvenescida para voltar a alçar voos mais altos (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Suécia

(Foto: Twitter/@svenskfotboll)

A seleção da Suécia teve um bom momento na Copa do Mundo de 2018, chegando nas quartas de final, mas em relação a campeonatos europeus, não está bem faz tempo.

A última vez que conseguiu passar da fase de grupos da Eurocopa foi em 2004, onde acabou caindo logo em seguida para a Holanda nos pênaltis. De lá para cá amarga um terceiro lugar do grupo e duas lanternas, a última com somente 1 ponto. Sua melhor classificação da história foi em 1992 quando sediou o torneio e terminou em 4° lugar.

Na Nations League de 2020/21, não conseguiu classificar (só vai um por grupo) e ficou na lanterna, mas nas Eliminatórias está em segundo do grupo B, com sobras para o terceiro colocado. Inclusive, ainda não perdeu neste campeonato e tem em seu grupo a Espanha, também adversária na Euro.

(Foto: Twitter/@svenskfotboll)

O técnico Jan Andersson montou um elenco onde mescla experiência e juventude. Um desses jovens atletas brilhou muito nessa temporada: Alexander Isak. Taxado como o “novo Ibrahimovic”, Isak marcou 17 gols pelo Real Sociedad e ultrapassou o próprio “mestre” em recorde de gols marcados em uma temporada de La Liga.

Contudo, sem o Ibra na convocação, a maior referência técnica fica com Emil Forsberg, meio campista do RB Leipzig e camisa 10 da seleção sueca. Jogando no meio, na ponta ou como dupla de Isak, Dejan Kulusevski também é um nome interessante na Suécia.

O maior problema, talvez, será na defesa, onde tem jogadores com muita história com a camisa Blågult, mas que possuem idades mais avançadas e são lentos. Victor Lindelof, do Manchester United, é o mais novo com 26 anos.

Levando em consideração os últimos amistosos, a escalação base seria:

Com novas peças em relação à última Copa do Mundo, a seleção sueca é uma das favoritas do Grupo E para a classificação ao mata-mata (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Grupo F

O Grupo F dessa edição da Euro é considerado o “grupo da morte”, sendo formado por França, Alemanha, Hungria e Portugal. O primeiro jogo desse grupo acontecerá na próxima terça (15) às 13h, com duelo entre Hungria e Portugal. a atual campeã da Euro. No horário das 16h, França e Alemanha se enfrentam.

Confira a tabela completa do grupo:

1ª rodada:

15/06–13h | Hungria x Portugal

15/06–16h | França x Alemanha

2ª rodada:

19/06–10h | Hungria x França

19/06–13h | Portugal x Alemanha

3ª rodada:

23/06–16h |Alemanha x Hungria

23/06–16h | Portugal x França

França

(Foto: Reprodução/LaVoixDesSports/AFP)

A França, atual vice-campeã da Euro e atual campeã do mundo, é uma das grandes favoritas ao título deste ano, se não for a maior. O elenco não mudou tanto de 2018 pra cá, e inclusive conta com algumas melhorias. Pogba, Kanté, Mbappé são apenas alguns nomes que subiram de rendimento de três anos para cá. Além disso, Didier Dechamps segue no comando da equipe.

(Foto: Reprodução/LeFigaro/Sport24)

Como se não bastasse o título mundial em 2018 com um dos melhores elencos, a França vem com artilharia pesada em busca de sua terceira Euro. Karim Benzema, astro do Real Madrid, está de volta na seleção após cerca de seis anos. Ele estava afastado por polêmicas envolvendo o meia Valbuena, ex-jogador da seleção francesa.

(Foto: Reprodução/90MinEnglish/FRANCK FIFE/Getty Images)

Na parte tática, Deschamps não mudou muita coisa. É utilizado o conhecido 4–3–1–2 variando para um 4–3–3 e 4–4–2 em alguns momentos, dependendo das peças. Do time titular que terminou campeão do mundo, somente Matuidi e Giroud não estão entre os titulares. Na teoria, Rabiot e Benzema agora fazem essas funções. Dembélé e Coman, apesar de não estarem entre os onze iniciais, sempre ganham oportunidade atuando pelas pontas.

(Foto: Reprodução/FourFourTwo/PA Images)

Pela classificatória para a Eurocopa, Le Bleus lideraram o grupo H com 25 pontos feitos. Foram oito vitórias, um empate e uma derrota. Os tropeço vieram contra a Turquia, com uma derrota por 2-0 na terceira rodada, e um empate por 1-1 na oitava rodada.

Como mencionado, a França chega como franca favorita para levantar mais um caneco, e com um elenco mais qualificado. Com peças novas na equipe titular, Deschamps escala a sua equipe da seguinte maneira:

Com seus principais destaques em grande momento nas carreiras, a França é uma fortíssima candidata para o título da Eurocopa (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Alemanha

(Foto: Reprodução/DW/Getty Images/Bongarts/J. Schafer)

A seleção da Alemanha passa por um momento de renovação em suas peças, visto o fracasso na Copa do Mundo de 2018. Com isso, o treinador Joachim Löw — desde 2006 no comando — botou em prática o processo de rejuvenescer o elenco da Mannschaft.

Nomes como Thomas Müller, Mats Hummels e Jérôme Boateng passaram a sumir das eventuais listas de convocação. No entanto, Müller e Hummels foram chamados para disputar a Eurocopa, que será a última competição de Löw no comando técnico alemão.

(Foto: Reprodução/ MARCA)

Além do treinador, outro nome importante confirmou que deixará de servir a seleção. O meia Toni Kroos, campeão da Copa de 2014 e astro do Real Madrid, resolveu focar somente na equipe espanhola. O meia de 31 anos tem contrato até 2023 com os merengues, com uma renovação de contrato podendo ser feita em breve.

(Foto: Reprodução/ Yahoo!Finance)

Taticamente, a equipe varia bastante. É mais comum que se utilize uma linha com cinco defensores, com Hummels, Ginter e Rüdiger compondo a linha dos três zagueiros, e Gosens e Klostermann como alas — esquerdo e direito, respectivamente. Essa variação se dá no esquema tático, com os alemães se postando em um 5–3–2, 5–4–1, 3–4–3… e até mesmo em um 4–3–3.

Em todos esses desenhos é comum a utilização de homens de velocidade e muita movimentação no comando ataque, como Havertz-Gnabry, Havertz-Gnabry-Sané ou Gnabry-Sané-Werner. Com a adição de Müller, o ataque tem um novo “problema” bem interessante.

(Foto: Reprodução/ TheScore/ Getty Images)

Pelas eliminatórias, a Alemanha liderou o Grupo C. Foram 21 pontos em oito jogos, sendo sete vitórias e uma derrota. A única derrota veio para a Holanda, com o placar de 4-2 na quarta rodada.

Apesar de estar no processo de renovação, Joachim Löw tem em mãos um plantel com um material humano invejável. Mas será que será suficiente para buscar o quarto título de Eurocopa?

Com base nos últimos jogos, o time-base alemão é o seguinte:

Em momento de renovação e na última competição de Löw no comando, a Alemanha tem em mãos um ótimo elenco na briga ao título da Euro (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Hungria

(Foto: Reprodução/WorldSoccer)

A seleção da Hungria comandada pelo italiano Marco Rossi caiu no grupo da morte, juntamente a três favoritos ao título, o que reduz as esperanças por uma classificação para o mata-mata.

Para piorar, a Hungria não contará com sua principal estrela: o meia Dominik Szoboszlai, de 20 anos. O meia do RB Leipzig é considerado como uma das grandes promessas do futebol europeu. Em 2021, teve problemas musculares e ficou de fora da lista de convocados.

(Foto: Reprodução/TheRealChamps.com/Laszlo Szirtesi/Getty Images)

De acordo com a Federação Húngara de Futebol, o jovem craque não está em boas condições. De acordo com uma pesquisa feita pela equipe médica da seleção húngara, até mesmo uma carga mínima foi extenuante.

Vale lembrar que foi de Szoboszlai o gol que classificou os húngaros para a Euro, na vitória por 2 a 1 repescagem das eliminatórias, contra a Islândia, aos 46 do 2º tempo. A seleção magyar ficou em 4º lugar no Grupo E, com 12 pontos somados em 8 jogos. Ao final, foram quatro vitórias e quatro derrotas. No play-off, a Hungria passou pela Bulgária e carimbou o passaporte contra os islandeses, como já foi citado.

(Foto: Reprodução/ UEFA.com/AFP via Getty Images)

O nome mais conhecido da equipe é certamente o bom goleiro Peter Gulácsi, do RB Leipzig. Além dele, a seleção húngara conta também com a referência ofensiva de Ádám Szalai (Mainz), que já teve passagem por clubes de alto escalão na Bundesliga, como o Schalke 04 e o Hoffenheim.

Outro aspecto que pode fazer a diferença é o fato de a seleção húngara jogar dois dos três jogos da fase de grupos em casa. Querendo ou não, a expectativa sobre os húngaros é muito baixa, devido aos três rivais presentes em seu grupo.

A seleção-base de Marco Rossi tem sido da seguinte maneira:

Sem a jóia Szoboszlai, a Hungria terá uma difícil Eurocopa no grupo da morte com França, Alemanha e Portugal (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Portugal

(Foto: Reprodução/ Torcedores.com/Facebook/Seleções de Portugal)

A seleção de Portugal é outra fortíssima candidata ao título. Atual campeã do torneio, a ótima atual geração e a grande qualidade técnica de seus jogadores faz com que ela seja cotada para o bicampeonato.

Fernando Santos tem em mãos ótimos jovens jogadores com grande potencial, como o meia Pedro Gonçalves (Sporting), o ponta Francisco Trincão (Barcelona) e o atacante João Félix (Atlético de Madrid).

No entanto, o que coloca ainda mais força nesse elenco português é a presença de astros da Premier League. O excelente meia Bruno Fernandes (Manchester United), a grata surpresa do Liverpool, Diogo Jota, além do meia Bernardo Silva e do polivalente lateral João Canelo, e o ótimo zagueiro Rúben Dias, ambos do Manchester City, são cinco dos principais nomes dessa atual geração de Portugal.

(Foto: Reprodução/GOAL/Getty Images)

E, obviamente, a seleção contará com Cristiano Ronaldo na busca de mais um título. Mesmo em uma temporada abaixo dos padrões CR7 na Juventus, não se pode jamais duvidar do camisa 7. Fundamental na conquista de 2016, mesmo jogando apenas vinte e cinco minutos na final, este ano passa longe de ser diferente.

(Foto: Reprodução/Mercado do Futebol/Getty Images)

O treinador Fernando Santos testa algumas possibilidades em seu time. As opções mais utilizadas são os esquemas 4–4–2, 4–2–3–1 e o 4–1–3–2. A versatilidade de grande parte dos jogadores é um ponto importantíssimo. Entre alguns exemplos disso, está o meia Renato Sanches — revelação da Euro 2016 — , que pode atuar por dentro e mais aberto pela direita.

Bruno Fernandes, mesmo que originalmente atuando como “playmaker”, já atuou na seleção aberto pela esquerda, mas com muita liberdade na movimentação e abrindo o corredor para as subidas de Raphael Guerreiro.

O mesmo vale para João Félix e Diogo Jota, com o último atuando mais avançado como atacante, e não como um meia. Bernardo Silva é outro que pode exercer múltiplas funções taticamente, seja aberto pela direita, por dentro, e até como segundo homem.

(Foto: Reprodução/Renascença/José Sena Goulão/Lusa)

Pelas eliminatórias, Portugal passou em segundo colocado no Grupo B, com 17 pontos somados. Apenas três pontos atrás da líder Ucrânia, que ficou com 20. Em oito jogos, foram cinco vitórias, dois empates e uma derrota. O primeiro empate veio diante dos ucranianos logo na primeira rodada, com um 0x0. Na segunda rodada, outro empate. Desta vez, 1x1 diante da Sérvia.

A única derrota foi diante da líder Ucrânia, que novamente complicou para os portugueses na sexta rodada, pelo placar de 2x1. Mesmo em um grupo difícil junto com Alemanha e França, não seria nada surpreendente uma conquista por parte da Seleção das Quinas.

Fernando Santos tem desenhado sua equipe da seguinte maneira:

Portugal atualmente tem uma das sua melhores gerações de sua história, e é cotada como favorita para a disputa da Euro e da Copa do Catar (Foto: Pedro José Domingues/Mezzala)

Grupo D:

Croácia: Bruno Atanazio; República Tcheca: Bruno Atanazio; Inglaterra: Bruno Atanazio; Escócia: Luan Fontes ;

Grupo E:

Polônia: João Galvão; Eslováquia: Vinícius Valente; Espanha: João Pedro Cupello; Suécia: Bruno Atanazio ;

Grupo F:

França: Vinícius Valente; Alemanha: Vinícius Valente; Hungria: Luan Fontes ; Portugal: Vinícius Valente ;

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