Inglaterra X Croácia: o que mudou de 2018 para a revanche em 2021
Equipes se enfrentam na estreia pela Euro 2020, três anos após a semifinal vencida pelos croatas em Moscou
O confronto entre Inglaterra e Croácia, que abrirá o Grupo D da Eurocopa, será uma das revanches proporcionadas pela formação dos grupos do torneio. De lá para cá, ocorreram algumas mudanças dentro das duas seleções. Enquanto a equipe inglesa chega com uma grande quantidade de jogadores novos em seu elenco, os croatas tiveram poucas mudanças em relação ao plantel que foi vice-campeão do mundo.
Primeiro, vamos relembrar o confronto de 2018. No dia 11 de julho daquele ano, os dois países disputaram por uma vaga na grande final da Copa do Mundo, no Estádio Luzhniki em Moscou. Após 28 anos, os ingleses voltavam a uma semifinal e buscavam avançar à decisão, que não alcançavam há 52 anos.
Do outro lado, os croatas eram os azarões da Copa, tendo deixado a Dinamarca e a Rússia, dona da casa, pelo caminho. A seleção da Croácia buscava chegar a uma final pela primeira vez na história (o país tinha sido fundado nos anos 90, após o fim da Guerra da Iugoslávia).
Favoritos, os Ingleses abriram o marcador bem cedo, ainda no primeiro tempo com Kieran Trippier de falta. Aos 65 minutos, Ivan Perisic empatou o jogo. Na prorrogação, Mario Mandzukic virou o marcador para os croatas, classificando a equipe para a final.
As duas seleções ainda se enfrentaram em novembro do mesmo ano pela Nations League, em dois jogos. O primeiro, foi um 0 a 0 em Rjeka, e em Londres, os ingleses venceram de virada, por 2 a 1, com gols de Lingard e Kane. Kramaric marcou o tento dos croatas.
AS MUDANÇAS NOS DOIS TIMES
A seleção inglesa mudou em muitas coisas desde o Mundial de 2018. Pelo menos, Kieran Trippier, o lateral-direito que marcara o gol inglês na semifinal da Copa, não é titular no atual lineup do time de Southgate. Talvez vejamos mais mudanças no meio campo: Dele Alli e Jesse Lingard, que faziam parte do time de 2018, não foram convocados para o Campeonato Europeu.
Foram nos setores defensivos e de meio-campo que o técnico inglês chamou mais jogadores novos. Entre os defensores, são seis mudanças: o laterais Ben Chilwell (Chelsea), Luke Shaw (Manchester United) e Reece James (Chelsea), e os zagueiros Conor Coady (Wolverhampton), Tyrone Mings (Aston Villa) e Ben White (Brighton) não tinham sido convocados para a Copa do Mundo, sendo chamados para a Euro.
Southgate convocou apenas cinco meias e apenas um deles estava no time de três anos atrás, que é Jordan Henderson. Os outros quatro meio-campistas são estreantes. São eles: Mason Mount (Chelsea), Kalvin Phillips (Leeds United), Declan Rice (West Ham) e Jude Bellingham (Borussia Dortmund).
No setor de ataque, mais cinco debutantes em grandes torneios pelos Three Lions. Entre eles, o centroavante Dominic Calvert-Lewin (Everton) é a principal mudança de área, com os pontas Bukayo Saka (Arsenal) e Jadon Sancho (Borussia Dortmund) reforçando os já fortíssimos lados de campo da Inglaterra. Na criação, Southgate agora tem os excelentes Phil Foden (Manchester City) e Jack Grealish (Aston Villa).
A seleção croata, no entanto, conta com poucas mudanças. Zlatko Dalić deve contar com um time-base que seria praticamente o mesmo que foi vice-campeão mundial em 2018. Dos principais nomes do time croata daquele ano, apenas o goleiro titular Danjel Subasic (36 anos — sem clube) e o atacante Mario Mandžukić (35 anos-sem clube) não foram convocados pelo treinador.
A seleção croata tem algumas novidades para a disputa da Euro. Na defesa, as principais mudanças são: o goleiro Simon Sluga (Luton Town) e os jovens defensores Josko Gvardiol (18 anos-Dinamo Zagreb) e Domagoj Bradaric (20 anos-Lille).
Do meio pra frente, o ótimo meia Nikola Vlasic (CSKA) é uma das principais novidades, junto com o atacante Josip Brekalo (22 anos-Wolfsburg). No entanto, alguns atletas que estiveram presentes no elenco de 2018 ficaram de fora. Entre eles, estão os defensores Tin Jedvaj e Ivan Strinic, e o atacante Marko Pjaca.
Comparando os dois plantéis, a Croácia conta com mais jogadores de experiência, com alguns deles até mesmo não se encontrando em seu nível mais alto de rendimento. Do outro lado, a Inglaterra conta com jogadores jovens em ascensão nas melhores ligas da Europa, principalmente, na Premier League. Basta ver qual fator falará mais alto a ponto de determinar o resultado da partida.
