O Sólido Chelsea de Thomas Tuchel!

Confira como foi a trajetória de Tuchel com os blues até chegar a final da Champions League.

Enzo Garcia
Mezzala
6 min readMay 28, 2021

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Thomas Tuchel (https://www.goal.com)

A Chegada

Após um “início” ruim do técnico Frank Lampard em sua 2ª temporada, o Chelsea foi ao mercado e contratou Thomas Tuchel, o qual tinha acabado de ser demitido do PSG, para recuperar o futebol do Chelsea, que se encontrava na 9ª colocação da tabela da Premier League, e aproveitar de forma convincente as grandes contratações feitas por Lampard na janela de transferências.

Em seu trabalho com o PSG, Tuchel tinha chegado à tão sonhada final da Champions League na temporada passada, e era uma das melhores opções disponíveis no mercado naquele momento. Porém, não se esperava que o técnico alemão se sairia tão bem no comando do time londrino.

Logo de início, Tuchel emplacou uma sequência incrível, quebrando o recorde de invencibilidade e clean sheets por um técnico estreante no Chelsea, passando nomes como José Mourinho e Felipão.

O Elenco

(https://www.acritica.net/)

Diferente de Lampard, Tuchel adotou para seu esquema a utilização de três zagueiros fixos, deixando a defesa mais consistente: Thiago Silva, Rudiger e Christensen, às vezes utilizando Azpilicueta de forma improvisada.

Nas alas escolheu utilizar laterais de origem Ben Chiwell e Azpilicueta, variando com Marcos Alonso e Reece James nas partidas, que atacam e apoiam a defesa como laterais.

No meio campo, utilizou Jorginho/Kovacic para quando estiver com a bola ter uma saída mais qualificada e flutuar em uma faixa entre o meio central e a zaga; compondo o meio, também temos um dos destaques dessa equipe, N’Golo Kanté para ser um volante de marcação, mas que é muito decisivo nas idas ofensivas do time londrino; e para fechar o meio campo, o jovem Mason Mount, com um papel de meia mais ofensivo, a joia da base impressionou à todos nesta temporada sendo uma figura de grande destaque do time.

No ataque temos o ponta/segundo atacante Pulisic, um jogador habilidoso, que se mostrou muito decisivo nas semi finais e uma peça importante para o ataque do time de Tuchel; e o centro avante Timo Werner, que vinha se destacando no RB Leipzig antes de vir ao Chelsea e tomou a titularidade no time inglês.

Chelsea de Tuchel 3–5–2

O Caminho até a Final

O Chelsea se classificou na frase de grupos ainda sob o comando de Lampard com 14 pontos em um grupo com Sevilla, Rennes e Krasnodar.

Atlético de Madrid (Oitavas de Final)

(globoesporte.globo.com)

O primeiro adversário no mata-mata foi o Atlético de Madrid nas Oitavas de Final. Apesar de apresentar um desempenho duvidoso na fase de grupos com apenas 9 pontos, todos imaginavam que o Atleti seria um adversário difícil para os blues pela temporada surpreendente que os comandados de Simeone vinham fazendo, já sendo líder em La Liga, deixando para trás os rivais Real Madrid. Porém, apesar do jogo de ida difícil com uma vitória apertada, o jogo de volta em Stamford Bridge não foi tão difícil para o Chelsea, e Tuchel conseguiu superar Simeone nas duas partidas (1x0 na ida e 2x0 na volta) com direito a gol de bicicleta do Giroud.

Porto

Parecia ser um confronto mais tranquilo para o Chelsea no mata mata da Champions League, mas só parecia. O Porto vinha de uma uma classificação apertada sobre a Juventus de Cristiano Ronaldo, com destaque para a atuação de Pepe.

Apesar do jogo “pegado”, o Chelsea levou a melhor na primeira partida, na primeira com gol de Mason Mount marcou e na segunda quem converteu foi Ben Chiwell driblando o goleiro e colocando pra dentro.

No segundo jogo, quem saiu com a vitória foi o Porto com um golaço de bicicleta de Taremi, mas não conseguiu tirar a classificação do Chelsea para as semifinais.

Real Madrid

Nas semifinais, o Chelsea enfrentou o Real Madrid, que passa por um momento conturbado em sua história, mas ainda é um time que tem tradição e grandes jogadores.

O Chelsea foi melhor na jogo de ida, apesar do empate em 1x1. Tuchel investiu na marcação alta, e logo de início os blues apresentaram grandes chances para abrir o placar. Aos 14' Pulisic recebeu uma enfiada de bola por cima de Rudiger, deixou a defesa do Real desnorteada e marcou um golaço. Porém, depois do tento o Chelsea não parecia mais o mesmo, Tuchel pareceu ter recuado o time e querendo jogar com contra-ataque apenas, com isso o Real cresceu e não demorou muito para marcar com Benzema, para sacramentar o empate no Alfredo Di Estéfano com uma segunda etapa bem morna.

No segundo jogo o Chelsea dominou completamente, não dando chances para o Real Madrid que só foi conseguir uma chance nos minutos finais da partida. Tuchel novamente investiu na marcação alta, mas não recuou após marcar dessa vez. Com isso, o Chelsea conseguiu uma vitória segura por 2x0 e garantindo a vaga na final.

Reviravolta na Premier League

Quando Tuchel chegou, o Chelsea se encontrava na 9ª colocação e descendo na tabela de classificação da Premier League, ou seja, fora de todas as competições europeias possíveis. Enquanto passava de fase na Champions, a briga pela vaga continuava, e com a sequência de invencibilidade e clean sheets os blues foram ganhando posições. Após a invencibilidade acabar, o Chelsea continuava conquistando pontos importantes e convencendo contra adversários difíceis, como o próprio Manchester City de Pep Guardiola, seu adversário na final da Champions League.

A rodada final foi emocionante para o Chelsea, pois eles dependiam de si mesmos para conseguir uma das vagas para se classificar para a Champions League caso não ganhassem a final. As disputas das vagas estavam entre Leicester, Liverpool e o próprio Chelsea. O time londrino ia perdendo o jogo contra o Aston Villa por 2x1, mas com a combinação de resultados da derrota do Leicester, o Chelsea se classificou por um ponto ficando com a última vaga para a maior competição de clubes da Europa.

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