Pode existir conflito de interesses no mandato de Leila Pereira no Palmeiras?
Conselheira e grande patrocinadora, Leila está a um passo de assumir o cargo político de maior poder dentro do Palmeiras
Leila Pereira é a única candidata na eleição para presidente do Palmeiras. De último momento, a oposição não registrou nenhuma chapa para concorrer no pleito de novembro. Isso não significa que ela já pode ser considerada eleita, visto que ainda falta um último passo.
A chapa da patrocinadora foi aprovada na última segunda-feira (4) pelo filtro do Conselho Deliberativo do Palmeiras. Desse modo, a patrocinadora precisa apenas aguardar a assembleia geral dos sócios.
Os sócios do clube vão votar na assembleia geral, prevista para o dia 20 de novembro. Como a eleição será de chapa única, a candidatura da conselheira e patrocinadora precisa atingir 50% + 1 votos dos presentes. Caso os votos nulos e brancos forem superiores a 50%, um novo pleito será convocado em até 15 dias.
Conflito de interesses?
Além de conselheira, Leila também é patrocinadora do Palmeiras há alguns, sendo a proprietária da Crefisa. Esse fato gerou dúvidas na torcida sobre os benefícios de seu possível mandato.
O contrato entre Crefisa e Palmeiras é o maior de um clube na América Latina, com contrato de R$ 89 milhões, podendo chegar em R$ 120 milhões com algumas metas a serem cumpridas. A dúvida é, quando Leila se tornar a presidenta do Palmeiras, como ela irá lidar com a dívida que existe entre o clube e a empresa?
É nítido que existe um conflito de interesses. No balanço financeiro se 2020, o Palmeiras registrou uma dívida de R$ 161 milhões com a empresa.
Até o final do ano, Leila irá conceder entrevistas falando sobre esse possível entrave. Ainda não sabemos se Leila irá se afastar da gestão Crefisa caso assuma o Palmeiras.
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