Sevilla x Inter: Tudo sobre a final da UEFA Europa League
Na tarde desta sexta-feira (21), às 16 horas, na cidade de Colônia, teremos o embate para decidir o campeão da competição.
Projetos ganhando corpo, treinadores dando a volta por cima e duas equipes fatais, que deixaram times como Bayer Leverkusen, Manchester United, Wolverhampton e Shakhtar para trás. Semelhanças que aumentam ainda mais o tamanho de um duelo que poderia ser de Champions League.
SEVILLA
“Mister Europa League” ou o “UEFA Sevilla League”, alguns apelidos que fazem jus à fama da equipe “rojiblanca”, até porque, nas últimas 11 vezes nas quais o clube participou da competição, foram seis finais (incluindo a atual) e incríveis cinco títulos, podendo confirmar sua invencibilidade em finais nesta sexta (21). Com todos estes selos, fica difícil não tratar o time espanhol como o favorito do confronto, mesmo tendo um plantel menos estrelado e com um projeto tão competente no outro lado.
Esse favoritismo se reforça quando temos um trabalho do excelente Julen Lopetegui em prática, técnico que teve sua imagem manchada em seu país em 2018, quando treinava a seleção da Espanha e, prestes a comandá-la em uma Copa do Mundo, se envolveu em uma negociação que culminou em uma eminente ida ao Real Madrid, resultando em sua demissão e acelerando a ida aos “merengues”, mesmo não durando muito por lá. Mas nada que incomodasse Monchi, qualificado diretor de futebol dos “nervionenses” que viu um excelente treinador disponível para seu promissor elenco, vendo tal chegar na fase final de mais uma UEFA Europa League e se classificando à UEFA Champions League, com um 4º lugar em La Liga.
Julen fez um time à sua maneira, com ideais pragmáticos, mas que, quando com a pelota no pé, tem velocidade e muita qualidade para marcar gols. Isso ficou evidente na semifinal diante o Manchester United, quando, depois de sofrer 1x0, o clube vermelho e branco soube lidar com a difícil situação de estar atrás do placar tranquilamente, com jovens, como Koundé, Joan Jordan e Reguillón, que dando a integridade e intensidade necessária, misturados aos experientes Banega, Jesús Navas e Fernando, que mantendo sua equipe com a cabeça no lugar e fazendo o adversário sentir o peso da camisa do Sevilla na competição.
Assim, vimos o time de Lopetegui jogando um futebol, que originaria em uma grande virada, contra uma das equipes mais fortes do campeonato, deixando um time que já é tradicionalíssimo na competição ainda mais experiente para a final de logo mais.
INTER
Ter a chance de ganhar sua quarta UEFA Europa League na história já foi um grande presente para o torcedor do time “nerazurri”, já que a queda precoce na UEFA Champions League deixou uma ferida profunda, mesmo em um grupo que contava com times como Barcelona e Borussia Dortmund. Isso porque o projeto comandado por Antonio Conte é realmente muito promissor, ainda mais quando o próprio técnico virou um cobrador assíduo de seus diretores, pedindo por contratações que foram inúmeras vezes contestadas, ou por quesitos financeiros, ou por quesitos técnicos, mas que por conta da persistência do italiano, vieram a se concretizar.
Foram os casos de Romelu Lukaku e Ashley Young, jogadores que vinham em baixa no Manchester United, mas que se tonaram titulares no clube italiano, tendo seu potencial multiplicado no esquema de Conte, onde a dupla de ataque feita pelo belga e por Lautáro Martínez é privilegiada por um meio de campo com meias construtores, junto aos alas sempre espetados, ou para cruzar, como Young faz costumeiramente, ou para invadi-la como elemento surpresa, como seu companheiro de lado inverso D’ambrosio costuma atuar, preenchendo o setor adversário e transformando a bola aérea em um de seus principais recursos ofensivos.
Junto aos chamados “medalhões” ressurgindo, a Inter tem também diversos jovens ascendendo, como o próprio Lautáro, que faz sua segunda temporada com a camisa “nerazurrri” e se tornou outro nome influente dentro da equipe. Além dele, Nicolò Barella e Alessandro Bastoni também se tornaram titulares nesta temporada e, mesmo sendo debutantes, foram importantíssimos para a chegada do clube a final da UEFA Europa League, contribuindo na semi diante o Shakhtar, onde Barella foi dominante no meio, Bastoni seguro na defesa e Martínez fatal no ataque, participando diretamente do massacre da equipe italiana por 5x0.
O time terminou a Calcio como vice-campeão, se classificando para a próxima Champions League, assim como seu adversário, porém, consagrar uma ótima temporada e o bom início de projeto com um troféu continental é mais do que bem-vindo.
Prováveis Escalações
SEVILLA
Lopetegui alternou pouco durante a temporada, com a principal mudança debaixo das traves, quando Tomás Vaclík se lesionando e perdendo a vaga em definitivo para Yassine Bounou, que foi, talvez, o grande destaque do jogo contra o Manchester United.
Provável escalação: Bounou, J. Navas, Koundé, D. Carlos, Reguillón; Fernando, Joan Jordán, Banega; Ocampos, Suso e En-Nesyri.
INTER
Como é de praxe, mais uma semelhança entre os adversários, pois Conte também teve um 11 inicial que pouco mudou desde a volta do futebol. Durante a temporada, a grande mudança foi a entrada de Bastoni no lugar de Skriniar, com a consolidação do italiano na posição depois de uma lesão do eslovaco.
Provável escalação: S. Handanovic, D’ambrosio, D. Godín, de Vrij, Bastoni, Young; Brozovic, Gargliadini, Barella; L. Martínez e Lukaku.
Informações da partida
Local: Stadion Köln, Colônia (ALE)
Data: 21 de agosto de 2020
Horário: 16 horas no horário de Brasília
Arbitragem: Danny Makkelie (ALE)/VAR: Jochem Kamphuis (HOL)
Transmissão: FOX Sports