The Invincibles!

O invicto e espetacular Arsenal de Arsène Wenger

Enzo Garcia
Mezzala
5 min readOct 8, 2020

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Arsenal comemorando o título da Premier League em 2003–04(categoriacanal.com)

Com o aniversário de Arsène Wenger se aproximando, nada mais justo do que relembrar o time do Arsenal da temporada 2003/04 que o técnico francês montou. Esse elenco dos gunners ficou marcado na história como o único campeão invicto do campeonato inglês, na era Premier League. A equipe contava com estrelas como Patrick Vieira, Dennis Bergkamp ,e claro, com o craque francês, Thierry Henry.

A equipe apelidada de esquadrão imbatível, nessa campanha, de 38 jogos, anotou 26 vitórias e 12 empates, tendo marcado 73 gols e sofrido apenas 26. Com esses resultados somaram 90 pontos na tabela, e foram tecnicamente e estatisticamente o melhor ataque e a melhor defesa da Premier League daquele ano.

Como eles jogavam?

Os Gunners eram uma equipe muito sólida e versátil, que ao atacar sabiam manter a posse de bola até encontrar o espaço para chegar ao gol, mas também tinham uma facilidade e força absurda no contra ataque, onde se a defesa estivesse um pouco desorganizada, a probabilidade de ser gol era enorme.

A organização do Arsenal era um 4–4–2, e os titulares daquele elenco eram:

Goleiro

Lehman, que chegou ao Arsenal naquela temporada, se saiu absurdamente bem, foi muito seguro, se destacou e operou alguns milagres pelo time londrino. O goleiro chegou a ser titular na seleção alemã na época por um tempo, bancando o lendário Oliver Kahn.

Jens Lehmann lançando a bola (foto:bleacherreport.com)

Zagueiros e laterais

A zaga era formada por Sol Campbell e Kolo Touré. Zagueiros bem diferentes, mas que funcionavam muito bem juntos. Touré (irmão mais velho de Yaya Touré)era um zagueiro mais baixo e rápido, tinha um tempo de bola para dar o bote muito bom e uma boa recomposição. Campbell por outro lado era um zagueiro mais alto e físico, excelente em bolas aéreas e disputas no corpo, e como era mais lento, ele ficava como último homem, para cobrir Touré caso ele errasse o bote. Além disso a dupla sabia muito bem sair jogando.

As laterais eram compostas por Ashley Cole e Lauren Etame que não eram jogadores excepcionais mas cumpriam bem o seu papel. Não tinham um jogo defensivo como especialidade e prioridade, mas não comprometiam, eram laterais com características bastante ofensivas e apoiavam muito bem as idas ao ataque.

Campbell, Vieira, Cole e Touré comemorando(arsenalpics.com)

Volantes

Na volância tínhamos Gilberto Silva e Patrick Vieira. Gilberto, ex- jogador e seleção brasileira, jogando como primeiro homem de marcação clássico, que ficava praticamente fixo, sem participar tanto das idas ao ataque. Além disso tinha uma saída de bola e distribuição de jogo muito boa. Já Vieira, jogava como segundo volante, e provavelmente era o jogador mais completo deste elenco do Arsenal. Apesar de ser um excelente marcador, o capitão dos gunners saía mais da posição nos ataques, isso porque, tinha capacidade de dar bons passes e lançamentos, sabia finalizar e era bom nas bolas no alto, como eu disse, um jogador muito completo.

Patrick Vieira e Gilberto Silva aplaudindo (foto:archysports.com)

Meias

Jogando como meias abertos, tínhamos Ljunberg e Roberto Pirés. Ljunberg jogava pela esquerda e por mais que não fosse um jogador diferenciado como a maior parte do elenco titular, encaixou muito bem no time. O sueco fazia bem o básico e não era de enfeitar muito, ou seja, ele não apostava em jogadas individuais. Apesar de jogar como meia direita, o jogador se aproximava bastante do estilo de jogo dos pontas, por participar mais em jogadas de velocidade. Jogando normalmente aberto na esquerda, tínhamos Pirés, que era junto com Bergkamp a mente da equipe. O francês era muito classudo jogando, era habilidoso, sabia finalizar e tinha um passe muito apurado, inclusive foi o jogador com mais assistências da equipe daquela temporada.

Ljundberg e Roberto Pirés comemorando abraçados(foto:sportskeeda.com)

Ataque

No ataque, a dupla Bergkamp e Thierry Henry. Bergkamp já era um jogador experiente e como foi adiantado, era uma das mentes da equipe. Jogava como uma espécie de meia-atacante/segundo atacante, não tem como descrever ao certo a posição do camisa 10 do Arsenal, pois ele não ficava fixado em uma parte do campo, ele flutuava bastante na faixa do meio e armava as jogadas, além de ser um jogador muito habilidoso. Por fim, jogando na frente, tínhamos Thierry Henry, o craque e artilheiro do time, era outro que não ficava preso em sua posição. Por mais que soubesse jogar centralizado, era um atacante que jogava caindo pelos lados do campo, e era muito completo. Henry era alto e rápido e grande parte das jogadas de contra ataque dos gunners eram protagonizadas por ele. Além disso o jogador era muito habilidoso e tinha um grande poder de finalização, tanto que terminou a temporada com 30 gols, sendo o artilheiro da competição.

Dennis Bergkamp e Thierry Henry se abraçando (foto:metro.co.uk)

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