Art Basel em Miami traz foco para a experiência NFT

Mia Diniz
miadiniz
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3 min readDec 10, 2021

Art Basel Miami Beach, evento de arte que reúne grandes galerias de vários países, trouxe NFTs como um dos focos da edição 2021 que aconteceu de 2 a 4 de Dezembro. Em parceria com o blockchain Tezos, a feira contou com atividades virtuais e presenciais que imergiram o público no mundo cripto com exposições interativas.

Nesta edição participaram 34 países somando mais de 250 galerias, exibindo pinturas e esculturas ao lado de obras digitais. O contraste entre as diferentes linguagens ofereceu um ambiente rico de trocas e experiências. Um dos artistas a mostrar suas obras através de novas lentes é Mister E, famoso por suas notas de dinheiro coloridas. Seu último trabalho pode ser admirado e adquirido tanto em versão física quanto NFT.

Exemplo da obra “100” do artista Mister E em seu formato NFT | Screenshot do site https://lf48900987b.com/

Além das exibições de arte, o evento abriu espaço para os artistas compartilharem suas experiências com a nova tecnologia na NFT Speaker Series, que aconteceu paralelamente à feira. Nela foram tratados assuntos que vão desde a produção até curadoria.

Essa evidência numa feira como Art Basel mostra que, apesar do hype gerado ao redor do assunto, NFTs e criptoarte vieram para ficar e estão marcando seu lugar na consciência coletiva. A tendência é vermos cada vez mais grandes galerias se aventurando nesse mundo e com elas os artistas de vanguarda que estão escrevendo um novo capítulo da história da arte.

Um dos destaques foi a participação do artista alemão Mario Klingemann, mais conhecido como Quasimondo. Em uma interação com o público, Klingemann usou de algoritmos para a criação de retratos generativos que o espectador poderia cunhar como NFT através da plataforma Tezos. Essa aproximação com o público veio como um convite à exploração das diversas possibilidades apresentadas pela tecnologia blockchain e o que isso significa para o futuro da produção artística.

O Brasil foi representado por cerca de quatorze galerias, entre elas Luciana Brito Galeria, Alê Jordão e Galeria Simões de Assis. Grandes obras brasileiras modernas e contemporâneas puderam ser vistas e negociadas, marcamos presença com nomes como Hélio Oiticica, Beatriz Milhazes e Tarsila do Amaral.

Na área dos NFTs a representação brasileira ficou com P1xelfool e Taís Koshino, tanto nas exposições quanto nas conversas da NFT Speaker Series. Quem visitou a feira pode ver as artes generativas de Taís Koshino, que além de artista também é curadora e pesquisadora. P1xelfool, que se intitula pai de entidades multidimensionais e produz coloridas animações onde os pixels aparecem evidentes, participou de uma conversa sobre colecionar e programar arte generativa. Já a conversa sobre a construção de um movimento global de NFTs contou com a participação dos dois representantes brasileiros.

NFTs têm sido o foco de diversas discussões dentro e fora do circuito de arte, e a Art Basel não ficou de fora desta revolução. No site oficial da feira você pode encontrar artigos e posts sobre os acontecimentos e fazer uma imersão neste momento que sem dúvidas foi um divisor de águas.

Escrito originalmente para tropix.io — 2021

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