GINGERHEAD

MerdaVerso?

Rogerio Rios
Microphonia
Published in
3 min readMay 23, 2022

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Cena do filme Surrogates

Uma enorme Teoria (já não tão teoria assim) da Conspiração está se desenrolando perante os nossos olhos: Viveremos 100% imersos em uma vida digital, executando todas as tarefas que já realizamos aqui, só que não.

Se você está lendo isso, é óbvio que já ouviu o verbete Metaverso algumas dezenas de vezes. Embora, seja bastante provável que você não saiba muito bem do que se trata, mas até aí, tudo bem. Ninguém tem a precisa noção mesmo do que este neologismo significa. Ou, pelo menos, é praticamente impossível calcular o choque que um advento de proporções bilionárias como esse, causará em nossas vidas.

Com a permissão dos experts no assunto, vou fazer um breve resumo do que é o Metaverso, para os leigos, claro:

Trata-se de um ambiente de imersão digital, onde a vítima, digo… o usuário tem a possibilidade de executar todas as atividades que são realizáveis em nosso mundo analógico e mais um infinito número de façanhas que são apenas viáveis no mundo da imaginação. Neste exato momento, equipes enormes trabalham a peso de ouro (ou bitcoins), na construção do que eles esperam ser uma nova maneira de se transitar neste planeta. Os gráficos de realidade virtual dessa plataforma evoluem numa velocidade assustadora, para que as pessoas não notem a diferença entre as imagens reais e as do metamundo. Você poderá frequentar concertos musicais, assistir à aulas, fazer turismo em outros planetas, voar como o Super homem, fazer gol no maracanã lotado, nocautear campeões do UFC, não há limites para o que essa tecnologia pode realizar.

Caramba, então o MetaVerso é do c***alho!

Sim, numa análise superficial, podemos imaginar a sua aplicação maciça em setores como educação, lazer, cultura e entretenimento. A promessa e a premissa dessa ferramenta é de que provavelmente estejamos vivendo a maior revolução tecno-putaquepariu-lógica desde a criação da internet!

Porém…

Claro, não existe nenhuma revolução que não traga em si mesma, um custo embutido. E, nesse caso, não fazemos a mínima ideia de qual será o ônus que a humanidade terá de arcar. Isso traz a minha tela mental, de imediato, um filme que saiu no Brasil sob o título Os Substitutos (Surrogates), com Bruce Willys, uma sociedade distópica em que as pessoas vivem por intermédio de andróides com aparências perfeitas e biologicamente melhorados, conectados às suas próprias redes neurais, enquanto os seus usuários engordam e envelhecem isolados em seus casulos cibernéticos no conforto de suas prisões autoimpostas.

Não vou estragar o filme aqui dando espóiler, mas posso dizer que a pista do que pode acontecer, se essa ideia megalomaníaca pegar, está toda lá: Desinteresse pela vida, apatia, fim das interações sociais presenciais, exaltação da superficialidade… são apenas os efeitos mais óbvios desse ''avanço''. E se olharmos atentamente, vamos concluir que isso já está nos cooptando em escala global, apenas sem aquele apetrecho grudado na cara. E pasmem! Já existe a tecnologia (não posso realmente afirmar isso, mas alguém duvida?) para se implantar o tal visor diretamente na retina humana!!!

Vou deixar vocês aqui com essa batata quente e espero que essas linhas sejam apenas fruto de minha constante paranóia e que esse tal de MetaVerso seja unicamente um delírio de um lunático com dinheiro e pobreza de espírito demais.

Rogério Rios para o Microphonia.

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Rogerio Rios
Microphonia

Ilustrador Publicitário, Redator de HQ, Cantor do Kabessas de Gengibre, Cervejeiro Praticante, devoto à arte, adorador da cultura e adepto à consciência.