CREIA!
Um Bilhete...
Já tinha um tempo sem ler o teu livro "Rock História". Retornei hoje. Ando jururu. As coisas estão um pouco melhores mas ainda duras.
Na minha idade já deveria ter maturidade. Não tenho. Nem quero ter.
Rock brasileiro. Esse é o próximo capítulo. Exatamente aí te conheci. No LP do Pasquim. Uma coletânea. Depois veio o LP Deixa Barato. Um clássico, pra mim.
Também estava começando no rock. Até hoje estou. E não vou desistir.
Incrível como sua história me lembra de coisas minhas.
Do caralho aquele tempo, nomes que admirei e admiro devem surgir, e surgem, nas próximas páginas do livro.
Nei Duclós, lembro de uma parceria dele com o Nei Lisboa . Uma das minhas favoritas. Adoro rock gaúcho.
Eu queria ser um deles, ser um de vocês.
E agora estou sendo. Tantos anos depois. O sonho nunca acaba porque as pedras rolam.
Bortolotto, Solnik, Montenegro, Caramez todos parceiros teus. Olha o nível.
O que é real? Os riffs? As viradas na batera? O Groove? Ou as contas a pagar?
A felicidade é um colírio. Uma gota em cada olho, uma ou outra vez na vida. Mesmo que eu só tenha um funcionando.
Para chorar os dois servem.
Seguir em frente. O abismo está lá. Mas o que resta além disso?
Suas canções, nossas canções. Será que já posso afirmar que sou o letrista que queria ser? Será que ainda dá tempo para mais?
O nosso álbum Sem Filtro taí. As tuas músicas. As minhas letras. As nossas canções. A nossa parceria.
A distância nos uniu, você lá dos EUA e eu, aqui, na terra do axé. Fazendo rock.
E ainda nem havia o vírus.
Vou continuar tentando. Sou teimoso o bastante para insistir. Um sobrevivente.
Para você, Sergio Mello, só uma palavra: muito obrigado.
Reverendo T para o Microphonia.
