ON THE ROCKS
¡Viva la Muerte!
Saúdem a morte, aplaudam-na. E vivam na morte.
Esse era o mote do Generalíssimo Francisco Franco, o ditador que dilacerou a Espanha na guerra civil (1936–1939) governando-a até sua morte em 1975. Franco não estava sozinho, teve padrinhos durante a guerra civil (Hitler e Mussolini, mas que morreram durante a II Guerra), e um grande amigo e vizinho, Salazar, tão longevo quanto o general.
Sim, fascistas! Franco, Salazar, Mussolini, cada qual com sua especificidade, compõem o triunvirato do fascismo europeu.
¡ABAJO LA INTELIGENCIA, VIVA LA MUERTE!
Nossa crise não é só o efeito do COVID-19, esse poderia ser mitigado como afirmam os especialistas sanitários. Nossa crise também não é só o efeito da economia, facilmente mitigada com medidas anti-cíclicas que vêm sendo adotadas pelo mundo.
Nossa crise é moral, ética e cognitiva.
Não há possibilidade de argumentação racional com os ruminantes, pois eles não jogam no campo da cognição.
Não há possibilidade de moralidade com os fascistas, pois a moral deles é uma pulsão de ordem e de morte.
Não há possibilidade ética com os mercadores da morte, pois são, sobretudo, anti-conhecimento, anti-ciência.
“O Trabalho Liberta” diz a infame placa na entrada de Auschwitz. O Trabalho liberta, diz Bolsonaro em seu trottoir pelas cidades satélites de Brasília. Em comum a morte como política e razão.
Contra eles, dancemos sozinhos em nossas casas. Bebamos. Façamos arte, sexo.
Nos façamos desejo.
Nada é mais humano que o desejo. Nada é mais humano que a vida.
VIVA A VIDA!
Walter Hupsel para o Microphonia.