Artigo: Michael era quase um semideus

No cenário mais simples das comunicações dos anos 80 e 90, Jackson se elevava acima de seus pares

“A morte repentina de Michael Jackson no verão de 2009 me afetou. Fiquei surpreso com o quanto, já que nunca fui um dos seus super fãs. Eu cresci com a música dele, e se você era criança quando algum de seus álbuns solo seminais foi lançado, ele é enxertado em nossas memórias de uma maneira que é difícil de explicar.

Quando a van do médico legista branco se afastou com o corpo de Jackson, parecia uma conexão que eu nem sabia que havia sido cortada. Eu não percebi, mas fazia parte de sua “colméia”. Em retrospectiva, é claro que sim. Ele dominou demais o cenário da cultura pop durante toda a minha infância para que eu não fosse. É difícil explicar o quão famoso Jackson estava no auge para quem não viveu. Hoje não há paralelo que faça sentido.

Toda comparação entra em colapso. Os videoclipes de ninguém estão estreando no horário nobre e sendo consumidos por todas as demo. Acho que não é mais possível alguém ser tão famoso. O mundo está mais conectado, mas também é mais fragmentado. No cenário mais simples das comunicações dos anos 80 e 90, Jackson se elevava acima de seus pares. Ele era quase um semideus, um papel grandioso que ele abraçou”.