Desafios da gestão de equipes de TI | Entrevista com Mario Neto

Aneliza Pinheiro
mobicareofficial
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4 min readNov 3, 2020

Em uma realidade corporativa cada vez mais exigente, equipes de alta performance são diferenciais competitivos. O reconhecimento da importância do capital humano para o crescimento e sucesso do negócio é fundamental, principalmente naquelas que se destacam como marcas empregadoras.

Para ir além das expectativas, as equipes precisam de uma gestão inteligente com foco não só nos resultados, como também nas pessoas. É preciso considerar as características da empresa e dos colaboradores para implementar as políticas e ações que proporcionam a melhor experiência para todos.

Em seu livro “Leading Teams”, J. Richard Hackman, um dos maiores especialistas em comportamento de grupo e organizacional do mundo, afirma que equipes têm melhor desempenho quando seus líderes criam condições que permitem que as mesmas resolvam situações com eficácia.

Aspectos técnicos, gerenciais e comportamentais devem ser considerados para garantir a participação e produtividade da equipe de TI e assim gerar a possibilidade de novos negócios.

Para discutir os desafios de gestão, convidei o Mario Neto, Coordenador de Desenvolvimento da Área de Apps da Mobicare, para bater um papo sobre suas dificuldades e percepções sobre liderar squads nos dias atuais, bem como compartilhar um pouco de sua experiência.

Quando você teve o primeiro contato com a gestão de times de TI?

Atuando já há alguns anos numa posição de Desenvolvedor Sr. com passagem em várias áreas dos produtos (backend, mobile e frontend). O acúmulo de conhecimento técnico e de negócio, aliado com alguns estudos e interesse sobre arquitetura, processos e metodologias fez com que fosse um caminho natural assumir o papel de coordenação técnica da equipe.

Em poucas palavras, qual a função do líder?

Em primeiro lugar, garantir que o time tenha tudo que precisa para alcançar um objetivo. Com isso garantido, trabalhar com a equipe na aplicação de processos, tecnologias e melhores práticas de forma que esse objetivo seja alcançado com a melhor qualidade possível.

Faz alguma diferença para você a empresa ter a cultura horizontal ou vertical?

A horizontalidade da empresa costuma diminuir a burocracia e dar mais independência aos times. Em termos de gestão, isso é uma grande vantagem, pois abre um leque de processos e tecnologias que podem ser utilizados. Dessa forma é possível escolhê-los de forma independente, fazendo adaptações para cada projeto e, com isso, melhorar a produtividade do time.

Agora falando de trabalho remoto: nesse momento de pandemia, como está sendo liderar um time a distância?

Antes da pandemia, meu time já tinha algumas pessoas alocadas em outra cidade. Com a necessidade forçada do home office, nós tivemos que melhorar nosso processo de comunicação/desenvolvimento de forma que as coisas estão funcionando até melhor do que funcionavam antes. Tudo é uma questão de adaptação, paciência e comprometimento do time com os processos.

E o que funciona para tornar a comunicação mais proativa?

Além de uma política e processos bem estabelecidos, ter um bom ferramental ajuda muito. Ferramentas (Slack, Trello, Jira, Mural, etc) que fazem mais sentido para o dia a dia da empresa geram um melhor engajamento do time, fazendo com que a comunicação seja mais fluida e direta.

Um bom líder é aquele que forma boas lideranças. Como é colocar isso em prática?

Na minha opinião, a skill de liderança aparece naturalmente e deve ser lapidada. É importante para um bom líder conseguir perceber isso surgindo no time e dar espaço para esse crescimento, além de apoio no dia a dia e incentivo à qualificação profissional (que também precisa do apoio da empresa).

Como você faz para se desenvolver como gestor?

Sempre deve haver uma busca constante para se manter atualizado com o que está acontecendo no cenário tecnológico, de desenvolvimento e de negócios. Além disso, é muito importante estar antenado nas práticas que o mercado está utilizando.

Já houve alguma situação que precisou de um pouco mais de tato para resolver? Como foi?

Como Coordenador Técnico, a parte mais difícil para mim é quando a equipe não performa como o esperado. Isso pode acontecer por vários motivos: falhas nos processos, falhas individuais ou até problemas com uma arquitetura legada. O que vale é detectar o mais rápido possível o problema e agir em conjunto com o time para ajustar o que for necessário.

Alguém questionou a sua decisão?

Sim. E isso não é algo negativo!

É muito importante sempre ouvir as sugestões do time. No mundo do desenvolvimento, muitas vezes é necessário a opinião de alguém que está “de fora” do problema para destravar uma solução.

Por último, gostaria de compartilhar algum conselho ou ensinamento que adquiriu ao longo dos anos?

À parte do “tecniquês” e de negócios, acho que o mais importante é perceber que não existe bala de prata. Empresas, times e pessoas têm suas particularidades que fazem com que toda solução/processo seja viável e plausível.

Se algo não está na “moda” ou não é tecnicamente “o mais bonito possível”, não quer dizer que não possa ser uma opção. O foco tem que ser o resultado, a qualidade e, claro, nos divertir fazendo o que amamos.

Oi! Eu sou a Aneliza Pinheiro, Estagiária de Marketing nas empresas Mobicare e Akross. Apaixonada pelo universo da comunicação e por proporcionar diferentes experiências através dele, estou me descobrindo no mundo #tech e aproveitando cada momento.

A Mobicare e a Akross combinam os Melhores Talentos, Tecnologias de Ponta, Práticas Agile e DevOps com Capacidades Operacionais avançadas para ajudar Operadoras Telecom e grandes empresas a gerarem novas receitas e a melhorarem a experiência dos seus próprios clientes.

Se você gosta de inovar, trabalhar com tecnologia de ponta e está sempre buscando conhecimento, somos um match perfeito!

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Aneliza Pinheiro
mobicareofficial

Journalist and UX Writer at Gympass. In love with people and building experiences :)