Tão grandes quanto a tela | O sentimento de ver mulheres protagonistas
Olá, viajantes! Hoje eu quis trazer um assunto muito importante para a nossa sociedade, mas eu não podia escrever ele com a minha visão de macho. Então, aproveitei o conteúdo para apresentar também a nova viajante do Moeda: Kelly Leder! Ninguém melhor do que ela, uma mulher, para falar sobre esse tema. Sente no seu sofá vermelho, pegue um bom chá e vem viajar com a gente!
Essa semana estreia Malévola: Dona do Mal, novamente um filme nas telonas protagonizado por mulheres incríveis e independentes; então não poderia perder a oportunidade e falar um pouco mais sobre esse assunto. Vou falar de alguns filmes e séries que provavelmente você já viu ou, pelo menos, ouviu comentarem dessa ótica feminista.
As heroínas
Começando com um dos grandes blockbusters da atualidade: Mulher Maravilha; esse filme é importante, tanto para a indústria quanto para as mulheres. Mulher Maravilha é um simples filme de herói, respeitando a velha jornada do herói.
Ela é despertada para a aventura quando Steve Trevor cai na Ilha Paraíso e conclui sua jornada enfrentando o grande mal representado pelo Ares. Mas isso tudo sendo protagonizado por uma mulher, forte e graciosa, cheia de dúvidas e temores; imperfeita na sua perfeição. Além de todo o questionamento aos padrões exigidos pela sociedade, a partir do choque das culturas matriarcal da Mulher Maravilha e a patriarcal do mundo.
Outro filme de heroína que quero muito falar aqui é de Capitã Marvel, pelo simples plot que ser forte não é sobre não cairmos, mas sim levantarmos todas as vezes e continuarmos lutando. Ver isso representado por uma mulher aquece o coração e nos dá muita motivação para continuar.
Por fim, só quero falar de uma cena de Vingadores Ultimato, aquela famosa em que todas as mulheres se apresentam para a luta e você fica toda arrepiada de tão incríveel, mesmo sabendo que aquilo foi só para agradar a comunidade.
Sabe porque isso é importante? Pelo simples fato de existir, significa que somos importantes ao ponto de ser obrigatório ter esse tipo de cena, tem que dar protagonismo feminino do jeito certo, com variedade e fugindo de estereótipos. Essa conquista é incrível!!
Também estamos nos desenhos
Agora quero falar de animações. Existem diversos filmes animados em que, além de ter protagonista mulher, elas são independentes e seguem sua própria jornada. Quero destacar dois aqui, Valente e Moana.
O que mais gosto deles é que se você tirar os homens da trama, tudo segue normalmente. Valente é uma história de reconexão entre mãe e filha, mostra como diálogo e compreensão é importante para se manter uma boa relação com a família, e que ela, independente da sua formação, deve ser cuidada.
Moana, por sua vez, é sobre seguir seus sonhos, mesmo que isso signifique contrariar a tudo e todos. Você deve se priorizar e buscar a sua motivação de vida. ISSO TUDO PROTAGONIZADO POR MULHERES!! Como não amar e indicar aos quatro cantos.
Agora fragmentadas
Para finalizar quero falar de duas séries incríveis. No começo de Big Little Lies parece somente série de mulheres ricas e com questões fúteis, mas no decorrer da temporada tudo fica mais complexo, colocando como as mulheres conciliam filhos e trabalho e a cobrança social sobre isso; Sobre violência doméstica e como isso acaba se naturalizando; também aborda questões a rivalidade entre as mulheres incentivada inconsciente na sociedade. Quando no final acontece o que acontece (sem spoiler aqui), você acaba vibrando, se sente vingada e aliviada depois de todos esses pontos de agonia de episódio em episódio.
Com Grace and Frankie é mais leve e tem uma premissa maravilhosa, mostrando duas mulheres se redescobrindo na terceira idade após se separarem dos seus respectivos maridos (formando estes um casal gay incrível também), abordando assuntos que todas as mulheres passam, independente da idade, como por exemplo a masturbação e seus tabus.
Todas essas representações são especiais por apresentarem mulheres plurais, únicas e imperfeitas. Não são estereotipadas. Não forte, mas sem serem masculinizadas para demonstrar isso. São independentes, decidem seus próprios caminhos, cometem erros e levantam e seguem em frente. Ou seja, ela são mulheres reais.
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