A liberdade de escolher

Fiquei quase uma semana pensando em tudo que eu queria escrever, tantos assuntos dentro da minha cabeça procurando uma maneira de chegar até a tela do computador, mas eu simplesmente não conseguia me decidir por onde começaria. Não conseguia escolher sobre o que falar.

Foi então que me dei conta do peso de escolher. De ter liberdade de escolha, tanto sobre o que escrever quanto à tudo na minha vida.

Esse processo de escolher e decidir baseado apenas no que eu quero é recente em minha vida. Antes, tudo que eu escolhia era baseado em todas as opiniões alheias, tanto de pessoas que eu conhecia quanto à estranhos (olha o problema de querer agradar à todo custo), e isso me fez muito mal por muito tempo.

Eu não sabia o que queria e nem o que era melhor pra mim, e com isso passei boa parte da minha vida sem saber para onde estava indo. Minha vida parecia escorrer pelos meus dedos e eu não sabia o que fazer. Não sabia nem por onde começar, tudo que sabia é que algo estava errado e precisava mudar. Mas o que precisava ser mudado? Pois é, quando não se sabe para onde ir, qualquer lugar serve.

Com isso fui levando a vida, aos trancos e barrancos, com aquela voz sempre dizendo que tinha algo errado e que o caminho (talvez) não fosse aquele. Mas qual era o caminho? Bom, na verdade, o caminho era escolher.

Tão simples e tão difícil. Escolher era o primeiro passo. E foi isso que fiz, escolhi não continuar seguindo naquele caminho, mesmo que não soubesse para onde estava indo. Escolhi que não saber não era um problema.

Escolhi continuar de onde estava invés de voltar pra trás e tentar consertar tudo por achar que isso mudaria o futuro.

Escolhi respirar e ficar em silêncio toda vez que eu não soubesse o que fazer. Escolhi olhar mais para mim e entender quem eu era.

Escolhi aceitar o meu passado como parte da minha jornada e não como algo a ser esquecido. Escolhi não me preocupar com o futuro, pois o agora é mais importante.