epítome
Se todas as vezes que minhas mão tocassem o papel algo de belo ou útil surgisse, então eu não precisaria me preocupar. Não precisaria ansiar pelo vir a ser. Minhas palavras fariam sentido, diferente dos últimos versos que escrevi.
Sinto-me devorada por minha própria existência, buscando por um ar que me pertença quando não sei nem mesmo reconhecer meus pulmões.
Mas reconheço isso. Reconheço a dúvida, ainda que nem mesmo a voz que agora vos fala se reconheça. Quem sabe ela ainda não seja enterrada sob a mesma epítome pela qual viveu: incógnita.
26/02/2019
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