Como construir uma segurança colaborativa do zero
A segurança Colaborativa está cada vez mais popular pois permite aos moradores de um bairro, condomínio ou cidade criar uma comunidade focada nas questões de segurança.
Conteúdo gerado a partir de uma live. Veja vídeo na íntegra ou leia o resumo abaixo.
Mas o que é Segurança Colaborativa?
Diante de tanta preocupação com a criminalidade pelo Brasil, as pessoas passaram a buscar outras alternativas para conseguir melhorar a vigilância da sua rua e bairro.
Os grupos ou redes de segurança colaborativa têm mostrado que a participação conjunta de cidadãos e autoridades policiais é capaz de impactar significativamente os índices de criminalidade melhorando as condições de vida na região..
Com a tecnologia de nuvem é possível criar e gerenciar essas comunidades de segurança de forma muito simples e até compartilhar imagens de câmeras para que cada pessoa seja um agente de segurança e contribua para uma comunidade mais segura.
Se você tem o desejo de criar uma vizinhança solidária ou uma rede de segurança colaborativa, veja abaixo dicas do Daniel Santiago, fundador da Vigia Mooca.
Ele é gestor de uma rede colaborativa com mais de 5.000 membros e deu dicas de como começar o seu projeto usando uma ferramenta tão simples quanto o WhatsApp.
Como criar uma rede de Segurança Colaborativa no meu bairro?
Crie um grupo entre os moradores
O primeiro passo é você juntar algumas pessoas da sua rua e engajá-las a entrar em um grupo gratuito, no Whatsapp, para que todos possam compartilhar informações sobre a segurança da região.
Se você não for um morador ou não tiver relacionamento com as pessoas no bairro uma boa dica é procurar os encontros de segurança, como os que acontecem nos Consegs ou Associações de Bairro.
Lá você poderá conhecer as pessoas que se preocupam com o tema de segurança e entender os principais desafios enfrentados pelos moradores.
Neste primeiro contato foque em conquistar a confiança das pessoas. Caso seja um profissional de segurança eletrônica todos o verão como especialista com muito a contribuir.
Mas lembre que neste momento o objetivo é formar um grupo de pessoas realmente interessadas em trabalhar o assunto segurança, então não é o momento de vender seus serviços.
Convide as pessoas para o grupo e comece a criar essa comunidade.
Cresça o número de membros e engajamento
Após você criar o grupo com uma quantidade mínima de pessoas é hora de divulgar o projeto de segurança em redes sociais e outros canais para crescer o grupo.
Como gestor do grupo estimule os membros a convidar novos participantes.
Participe de outros grupos! Sabe aqueles grupos do bairro que compartilhamos de tudo? É nesse mesmo que você começar a investir tempo para divulgar a sua iniciativa
Os jornais de bairro também são grandes fontes para disseminar a cultura de segurança colaborativa. O importante é envolver toda comunidade em torno do tema segurança.
Envolva as autoridades policiais
Quando tiver um grupo relevante será o momento certo para apresentar o projeto de segurança colaborativa para as delegacias do bairro.
Após você mostrar o engajamento e a importância do projeto, a delegacia regional se tornará uma grande aliada tanto no tratamento das ocorrências quanto da divulgação do projeto para regiões próximas.
Veja essa dica do Daniel:
Organize os moradores em grupos por distrito, da mesma forma que estão organizadas as delegacias. Assim você poderá ter pelo menos uma autoridade policial como membro do grupo da área de atuação dele.
Compartilhe a gestão com moradores engajados
Você vai notar que a gestão de um grupo de segurança colaborativa ou vizinhança solidária demanda bastante tempo e energia.
Convide os moradores mais engajados a ser moderador do grupo.
Assim você garante que o conteúdo que estiver sendo compartilhado seja sempre relevante sem precisar absorver todo trabalho. Um verdadeiro trabalho colaborativo em prol da segurança do bairro.
Quando adicionar câmeras e ter um serviço profissional de monitoramento colaborativo?
Quando o grupo tiver pelo menos 20 moradores já é possível custear de forma acessível a criação de uma rede colaborativa mais moderna, com câmeras de segurança cujas imagens podem ser compartilhadas entre todos os membros do grupo.
Para criar esse sistema de monitoramento colaborativo é essencial a presença de um profissional de CFTV ou de segurança eletrônica capacitado. Para executar um projeto colaborativo a tecnologia usada será de nuvem, pois sem ela é impossível ter várias pessoas acessando ao mesmo tempo. Além disso, com as câmeras em nuvem será possível crescer a rede sem nunca precisar comprar ou trocar equipamentos como câmeras, gravadores e etc.
O serviço de um profissional de segurança colaborativa em nuvem normalmente envolve uma taxa de setup + uma mensalidade por membro ou residência. A taxa de setup visa cobrir os custos de aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos e será paga sempre na adesão do projeto.
A mensalidade garantirá acesso contínuo às imagens das câmeras via aplicativo que também permite buscar o histórico de vídeos, gerar alertas de pânico e etc.
Será responsabilidade do profissional desenhar o projeto que contempla a quantidade de câmeras, posicionamento, consumo de internet de residências próximas ao ponto de cada câmera e etc.
Não existe um valor padrão pois depende da quantidade de câmeras e membros, mas o valor mensal raramente supera R$70.
A Monuv presta um serviço de consultoria para projetos de segurança e monitoramento colaborativo. Basta que o profissional de CFTV faça cadastro em https://app.monuv.com.br/register.
Câmeras pré-existentes
Com a plataforma da Monuv é possível também agregar câmeras externas pré-existentes à rede de monitoramento colaborativo. Desta forma o morador pode contribuir ainda para segurança do bairro e reduzir o custo de setup inicial.
Contrato
É importante estabelecer um termo de contrato garantindo que todos estão cientes da responsabilidade de acessar câmeras do bairro. A Monuv disponibiliza um termo para que os profissionais possam garantir um ambiente seguro para todos.