Marketing no Varejo
O marketing, resumindo, tem como principal objetivo satisfazer necessidades de um público específico e agregar valor ao serviço ou produto oferecido, identificando tamanho do mercado e potencial de lucro.
Agora você pode estar se perguntando o motivo de existir a diferença entre o marketing tradicional, de varejo, digital, etc., se o conceito é o mesmo sempre. Devemos ter em mente que o propósito é sim, semelhante (satisfazer necessidade de um mercado-alvo) porém, o comportamento de cada público é diferente, e é isso que determina quanto esforço de marketing devemos aplicar.
Cambios en las personas
Uma das primeiras coisas que fazemos para iniciar a elaboração de estratégias mercadológicas é a concepção de personas: momento onde traçamos perfis — divididos por grupos com interesses em comum — a fim de entender a melhor maneira de chegar até este público e gerar a necessidade de compra. No marketing de varejo, que teve sua formulação baseada na indústria de bens de consumo, os consumidores compram poucas quantidades (na maioria das vezes por impulso), são produtos mais “comuns” no cotidiano das pessoas, e a comunicação é direta com o consumidor final, sem intermediários (B2C), por isso a importância da criação destes perfis que ilustram os públicos a serem atingidos. É fácil identificar que uma das principais razões de compra desse público é o preço, exatamente por se tratar de uma compra impulsiva que abre um leque gigante de estratégias a serem aplicadas (descontos, compra casada, leve2 pague1, parcelamento, carnê, infinitas bandeiras de cartões de crédito, brindes, liquidação), mas claro que no marketing de varejo não é somente o preço que importa.
Devido à grande concorrência e mudança do comportamento do consumidor, há outros pontos que requerem atenção dos varejistas e que fazem a diferença quando os clientes pensam em retornar à loja: atendimento, nível do serviço oferecido, qualidade do produto ofertado, acesso ao produto/serviço, tamanho e localização da loja.
Variáveis inconstantes
Para definir qual a estratégia que melhor se encaixa no seu contexto, é preciso fazer um estudo para saber o que está acontecendo à sua volta, se está dando certo ou não e por quê. É preciso analisar o seu produto e o dos seus consumidores, os hábitos de consumo dos públicos dos seus consumidores, dos consumidores dos concorrentes, preços do mercado, onde e como é vendido e o que os consumidores acham disso tudo. Feito esse levantamento, é preciso equalizar com o objetivo pré-definido que pode ser desde atrair mais compradores e expandir para outras regiões até liquidar estoque ou lançar novos produtos. No marketing a palavra de ordem é: DEPENDE! Tudo depende de quem é você, o que e onde você vende, como e com quem você se comunica, qual resultado você quer e principalmente quanto você está disposto a investir para proporcionar a melhor experiência do seu cliente com o seu produto/serviço/marca.
Dentro do quadro de tendências para 2018 no setor varejista, é preciso ficar de olho especialmente na boa experiência do consumidor. Doug McMillion, CEO do Walmart, falou durante a NRF 2018 (maior evento de varejo do mundo) e concluiu que branding experience é a grande tendência para o perfil do atual consumidor.
Em um mundo de alta competitividade, você deve ter o seu diferencial e que isso realmente seja algo relevante para o seu público. Não se esqueça: só porque você é o dono da empresa não quer dizer, necessariamente, que você também seja público-alvo do seu negócio!
Não existe receita pronta para o sucesso, nem milagre que resolva quando o assunto é marketing e vendas. É preciso muito estudo, pesquisa e dados relevantes para auxiliar na tomada de decisões assertivas, porque, em um primeiro momento pode parecer fácil encontrar algumas destas respostas, mas saber que tipo de informação realmente importa naquele momento, cruzar os dados levantados e o que pode e deve ser feito com isso é o que vai fazer toda a diferença nos resultados para a sua empresa.
