Pessoas não se relacionam com marcas

Caroline Pigatto
MP&C Comunica
Published in
2 min readMar 27, 2018

Vivemos na era digital e a internet modificou a maneira como as pessoas se relacionam. As redes sociais se oferecem como um espaço para todos, porém, a dinamicidade e imediatismo dos meios traz um excesso de informações, o que torna a vida útil delas muito curta. Isso vale também para o conteúdo disponibilizado pelas marcas.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pela SocialBankers (plataforma líder no fornecimento de análise de mídia social), a vida útil de uma postagem orgânica no Facebook, por exemplo, é de aproximadamente cinco horas. Se levarmos em conta todas as mudanças que a rede fez até o presente momento, a próxima pesquisa certamente mostrará uma vida útil ainda menor. Como ser atrativo e relevante em meio a um tsunami de informações? A resposta é facil: humanizando a marca.

Ao longo da história, seja nas grandes guerras ou nas grandes vitórias e descobertas, pessoas sempre se relacionaram com pessoas. As marcas precisam se aproximar do público, mostrar empatia e outros sentimentos para que desperte interesse no mesmo, como no caso da Netflix, que se identifica como menina, demonstra emoções e gostos ao responder comentários sobre as mudanças na grade de exibição da plataforma.

Outro case de sucesso é a Lola Cosmetics, que adota um comportamento similar nas redes e ganhou destaque na mídia ao utilizar Maria Clara Araújo, transexual e negra, como rosto da marca. A Lola acolheu o público transexual e o público que simpatiza com a causa LGBTQ, mas mais do que isso, abriu um espaço para que se discutir sobre o tema. Além disso, acolheu todas as mulheres que não se encaixam no padrão “Modelo-da-Victoria-Secrets”.

Faz muito tempo que o propósito da publicidade não é mais gritar aos quatro ventos “compre, compre, compre”, na internet então, esse comportamento pode ser considerado morte social. É preciso assumir o papel de melhor amigo do público, apoiá-lo em suas decisões e estar sempre presente, porque assim ele estará sempre presente pela marca. Muito mais que demonstrar sentimentos e manter um diálogo, é preciso contar histórias reais, com pessoas reais para que o público deixe de ser apenas consumidor para se tornar um fã. É preciso humanizar a marca e a comunicação como um todo, afinal, pessoas se relacionam com pessoas.

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