Podcast nosso de cada dia
Podcasts contam histórias das mais diversas formas e temas. Não possui formato, duração, estrutura definida e não estão presos aos horários de uma grade de programação. É um material livre para representar o que seu autor desejar.
A liberdade se estende a forma de consumo desses materiais e possibilidade de realização de outras tarefas ao mesmo tempo. O vídeo aquele do seu youtuber favorito requer uma mínima atenção visual na tela, o que dificulta o andamento de outras atividades simultâneas.
Segundo Cris Bartis, uma das integrantes do Mamilos, o podcast “é uma mídia de acompanhamento. Ela não interrompe, ela não pede para você parar, ela te acompanha e como as pessoas estão cada vez mais em movimento, os momentos de consumo estão garantidos”.
Pelo menos desde 2015 os podcasts são considerados como a nova fronteira do jornalismo, da ficção e do entretenimento nos EUA. No Brasil essa onda chegou com maior força entre 2017 e esse ano.
Vemos recentemente diversos formatos de podcasts sendo criados todos os dias. No cenário brasileiro temos diversos tipos de entretenimento, jornalísticos e de ficção. Muitos com produção de conteúdo por pessoas “comuns”, alguns que são criados por veículos de comunicação tradicionais que, verificando a ascensão do formato, estão levando seus conteúdos para o áudio na internet e outros que são produção de conteúdo de marca.
Alguns estudiosos e admiradores do formato dizem que um dos fatores que tornam os podcasts tão atrativos atualmente é a liberdade de criação e produção. Essa liberdade também já existiu no início da era do rádio, da tv, dos jornais… Mas a comercialização desses meios acaba exigindo a criação de algumas regras. Até o momento o podcast está isento dessas regras e padronizações.
Não existe duração padrão, linha de edição, linha editorial. Dos podcasts que mais gosto e acompanho semanalmente um deles tem a duração média de 40 minutos, outro de 1 hora e 30 minutos e outro com 2 horas. E cada um deles possui uma temática diferente. Amo todos.
Outro fator bastante positivo para a ascensão do formato são os hábitos de consumo de informação atualmente. A internet está nos deixando cada vez mais impacientes e preguiçosos (sim, é verdade e você vai ter que concordar). O consumo de informação por áudio é mais confortável, leve e prático.
O meu texto hoje é para abordar um pouco sobre esse formato de mídia e mostrar que é uma estratégia de criação de conteúdo muito interessante para ser trabalhada. Nas próximas linhas vou trazer alguns exemplos de marcas que estão usando o formato para estreitar relacionamento com seu público. Ao fim do texto deixo algumas sugestões de podcasts que falam sobre publicidade, mercado publicitário e também sobre temáticas gerais do nosso dia a dia.
O episódio #295 do podcast Braincast se intitula “o futuro das habilidades” e é um episódio do B9 em parceria com a Pearson. A última empresa citada é líder em educação no mundo atuando com serviços educacionais para educação básica, ensino superior, ensino profissionalizante e de idiomas.
A empresa promoveu uma pesquisa muito interessante sobre como será o mercado de trabalho até o ano de 2030. O objetivo aqui não é analisar o conteúdo do episódio, mas sim perceber e analisar a possibilidade de divulgação no formato. Como mencionei anteriormente é um episódio “oferecido” pela Pearson, empresa líder em educação no mundo.
A Rock Content é uma empresa que trabalha com marketing de conteúdo e utiliza o formato de podcast para divulgação de seus materiais. Não tão forte como os outros canais da empresa, mas muito relevante. Os episódios podem ser encontrados no Soundcloud da empresa.
O Código Aberto é um podcast do B9 que tem como foco entrevistar profissionais do mercado da comunicação e traçar diálogos muito interessantes sobre suas funções dentro das empresas em que atuam e as inovações da mídia, tecnologia e da comunicação.
Entrando na onda de produção de conteúdo próprio para o formato de podcast o Spotify Brasil lançou recentemente o Jogo de Damas. O podcast reúne mulheres renomadas do mercado publicitário para debater temas como criatividade, diversidade, família e carreira, entre outros assuntos. O primeiro episódio é comandado por Renata Lodi, head of creative solutions Latam do Spotify, entrevistando Keka Morelle, diretora de criação da AlmapBBDO. A conversa abordou temas como desafios da cultura empresarial, definição de padrões estéticos no mercado da comunicação, as agências e o futuro da publicidade, machismo e maternidade.
Também da família B9 e um dos mais populares podcasts do Brasil, o Mamilos, é um programa jornalístico que aborda temas polêmicos e atuais. Os episódios sempre contam com convidados que abordam o mesmo tema com visões diferentes e é um programa ótimo para se atualizar, exercitar a empatia e o respeito ao próximo.
O podcast trabalha com algumas parcerias com marcas para geração de conteúdo relevante e que tenha a “linha editorial” do programa.
Abaixo um exemplo de uma minissérie do Mamilos em parceria com a Natura que tem como objetivo discutir os caminhos de uma relação mais saudável e positiva com o nosso corpo:
Diferente de todos os programas já citados aqui o podcast Projeto Humanos tem um formato de storytelling e é dedicado ao registro e resgate de narrativas individuais. O programa se dedica a contar histórias com muita delicadeza, cuidado aos detalhes e a apuração dos fatos.
Aproveitando para deixar abaixo mais alguns que fazem parte da minha biblioteca no Spotify:
