Episódio I: Introdução à Bitcoin
Parte 2— O que é a Bitcoin? E a blockchain? (B&b)
Agora que já compreende melhor as três funções essenciais da tecnologia por detrás do dinheiro e moeda, depois de ler a Parte 1, o Mr. Bitcoines sente-se confortável em avançar com a explicação da Bitcoin.
Nesta segunda parte do episódio I conto responder às seguintes questões:
- As características da moeda — Bitcoin, Ouro, Fiat e Corporativa.
- O que é e como funciona a Bitcoin? O dinheiro da Internet.
- O que é a blockchain? A máquina da verdade.
- O que é a mineração (mining) de Bitcoin? A segurança da rede.
Ficará satisfeito por saber que vou resumir as diferenças da proposta de Satoshi Nakamoto, o criador da Bitcoin, e as versões anteriores de e-cash (ou moeda digital), em baixo num quadro que pode copiar e colar na bordinha do seu ecrã. Irá ajudá-lo, no futuro, ao mergulhar no mundo das criptomoedas e começar a ouvir barbaridades como:
“epá mas a criptomoeda X/ o Euro/ os Cartões de Crédito fazem o mesmo que a Bitcoin, só que 100x mais rápido/barato/seguro (inserir qualquer outro adjectivo)”
Para não cair no erro de pensar que existem milhares de bitcoins e que a diferença entre elas é praticamente inexistente, ou que as moedas correntes contém as mesmas características da verdadeira Bitcoin, convido-o a analisar o seguinte quadro.
Irá rapidamente perceber que a Bitcoin se destaca, a largas milhas, de todas as outras moedas.
As características da moeda
Caso a compreensão do quadro seja um pouco mais difícil de digerir do que o esperado, o Mr. Bitcoins vai dissecar cada item detalhadamente, de modos a que possa verdadeiramente perceber quais as características essenciais da tecnologia inerente à moeda.
Não se esqueça, caro leitor, que tal como vimos anteriormente dinheiro # moeda. A segunda é apenas uma tecnologia adjacente ao dinheiro.
Quais, portanto, as características essenciais da moeda e como é que a Bitcoin se comporta em cada uma das alineas?
- Fungível (ou fungibilidade): representa a capacidade de uma moeda ser substituível por outra moeda igual, ou seja, se por exemplo, uma moeda de 1 Euro, ou uma nota de 5 Euros, podem ser substituídos por outra qualquer moeda/nota do mesmo valor, sem isso alterar a transacção. Neste ponto, todos os tipos de dinheiro que usamos hoje são bastante fungíveis, visto que podemos facilmente substituir uma unidade por outra de igual valor, sem que isso impacte a transacção em si.
- Não consumível: ao contrário do sal, por exemplo, nenhuma das moedas em cima desaparece ao ser usada. Isto é, quando recebo uma Bitcoin, ou 1 Euro, ou uma moeda de ouro, esse dinheiro não desaparece depois da transacção ser efectuada.
- Portável: tal como nome indica, este item representa a facilidade com que transportamos a moeda. No caso do ouro, caso queiramos transportar o nosso próprio ouro, devido à sua natureza ser a de um material com uma densidade bastante elevada, acaba por ser também ele, um material pesado e incómodo de transportar. Daí ser bastante mais acessível o transporte de moedas no telemóvel (Bitcoin) ou na carteira física (moeda fiduciária).
- Durável: a durabilidade de uma moeda pode ver-se em dois pontos distintos. Em primeiro lugar, devemos analisar a natureza do material em si e se esse mesmo material consegue sustentar a pesada dureza do tempo. O ouro e a Bitcoin, devido às suas propriedades, conseguem existir no mesmo formato no dia 1 ou dia 1000, ou seja, são duráveis visto que não são susceptíveis à degradação com o tempo. Em segundo lugar, devemos olhar para a durabilidade tendo em conta o valor da moeda em questão. As moedas fiduciárias, por exemplo, têm uma certa tendência para desaparecer devido à má gestão dos emissores.
- Divisível: esta característica torna-se crucial porque para transaccionar é necessário que a moeda em uso consiga ser facilmente divisível em unidades mais pequenas. Tal como 1 Euro corresponde a 100 cêntimos, 1 Bitcoin corresponde a 100,000,000 satoshis. Ou seja, uma Bitcoin é 1,000,000 (um milhão) de vezes mais divisível do que um Euro. O ouro, ao contrário da Bitcoin, é difícil de converter em unidades mais pequenas devido à sua natureza física.
- Difícil de contra faccionar: para que os agentes que usam a moeda confiem que estão, de facto, a receber moeda real, é necessário que a moeda em questão seja difícil de contra faccionar, caso contrário, a oferta de moeda pode aumentar exponencialmente sem que os agentes percebam.
- Fácil de transaccionar: tal como vimos no ponto (5), é bastante fácil de transaccionar Bitcoin, visto que esta é divisível em cem milhões de unidades, o que torna a sua troca bastante acessível. Obviamente que outro qualquer formato de moeda digital também disfruta da vantagem acima descrita. Ao invés de dinheiro digital, dinheiro real como papel-moeda ou ouro, é menos vantajoso de transaccionar em largas quantidades devido ao seu peso e volume.
- Oferta escassa (e conhecida): Ao contrário do ouro e das moedas fiduciárias ou corporativas, a Bitcoin é, verdadeiramente, a primeira moeda cuja oferta é sempre conhecida, em qualquer dado momento do tempo. No caso da Bitcoin, existem apenas 21,000,000 (vinte e um milhões) de moedas que irão existir. A escassez, que advém da dificuldade de encontrar ou produzir certo bem, é a qualidade mais importante para que um bem seja considerado dinheiro e moeda.
- Soberana (ligada a uma região geográfica): A Bitcoin, tal como o ouro, não depende de nenhum governo ou banco central. Dito de outra forma, a sua produção e emissão é conhecida, pública, e qualquer agente pode participar na criação de Bitcoin, desde que siga as regras do protocolo.
- Descentralizada: tal como referido no ponto (9), a Bitcoin é uma moeda não-soberana e a sua criação, emissão, validação e direito de propriedade não pertencem a nenhuma jurisdição em particular. Ao contrário das moedas fiduciárias, que são válidas pela obrigatoriedade de uso, executada pelo estado e poderes judiciais de cada país, qualquer pessoa pode participar em cada uma das etapas da Bitcoin, necessitando para isso apenas de seguir as regras do protocolo bitcoin.
- Programável: a Bitcoin é a primeira moeda no mundo que pode ser programável. Isto significa que é possível criar aplicações autónomas, ironicamente apelidadas de “smart-contracts”, que baseiam o seu funcionamento na rede da Bitcoin. Dito de outra, é possível embutir lógica num contracto virtual — executado através de transacções — que garante certos acontecimentos. Um exemplo claro são pagamentos automáticos no sentido em que é possível, com bastante facilidade, agendar pagamentos para diferentes recipientes usando uma única transacção (como os pagamentos de salários são executados dentro das organizações).
Agora que o caro leitor se sente mais confortável e compreende realmente as diferenças nas características dos vários dinheiros existentes, espero que se sinta preparado para entrar num novo universo onde a moeda não pertence a ninguém, mas somente aqueles que a detém.
Bitcoin, o dinheiro da Internet
O Mr. Bitcoines não acredita que, até há data, exista uma clara definição do que é a Bitcoin.
Talvez a melhor que conheça seja “o dinheiro da Internet” devido às suas propriedades.
Tal como referi anteriormente, a Bitcoin é em primeiro lugar um conjunto de tecnologias que permite criar, trocar e guardar moeda de uma forma descentralizada.
Mas ao mesmo tempo, a Bitcoin tal como todos os “dinheiros”, é uma língua. É um pedaço de texto digital, que pode ser copiado e corrido em qualquer computador.
Será a Bitcoin, assim, uma rede de comunicação apenas?
De uma certa perspectiva, a Bitcoin é também uma rede peer-to-peer de partilha de informação; neste caso, a informação que fica registada, num formato público e nas máquinas de cada utilizador, representa o dinheiro enviado e recebido pelos participantes.
Para concluir esta intro do que é a Bitcoin, é importante sublinhar que como muitos dos programas que usamos diariamente, a Bitcoin segue um protocolo, isto é, um conjunto de regras que todos os participantes têm de respeitar para poder participar na rede Bitcoin. Este mecanismo, apelidado de consensus, dita quais as condições de participação, o número de moedas existentes, bem como, quais as regras que os participantes devem seguir (programadores, mineradores ou usuários), de modo a que as suas transacções sejam válidas.
A Bitcoin é, no fundo, um balanço distribuído por todos os participantes, que contém o registo de todas as transacções efectuadas e que não pode ser alterado depois de escrito na sua base-de-dados, a mítica e badalada blockchain.
Cada transacção Bitcoin, que é adicionada à blockchain, contém informação sobre o valor transaccionado, os recipientes, as taxas pagas, e uma referência ao bloco anterior.
Blockchain, a máquina da verdade
A melhor definição que existe, para o Mr. Bitcoines, de blockchain é “máquina da verdade”.
Isto porque tudo o que é escrito nessa base-de-dados não pode ser apagado ou removido.
Desta forma, a história de todas as transacções alguma vez já feitas fica registada para sempre. Não há forma, literalmente, de fugir com o rabo à seringa e de alterar o passado.
A forma como está definida, apesar de parecer complexa, acaba por ser apenas um sistema onde cada bloco na rede Bitcoin (gravado na blockchain) contém um conjunto de transacções. Não existe um número máximo de transacções por bloco, existindo apenas um limite máximo (upper limit) no tamanho de cada bloco, que neste momento pode ter um peso máximo de 4mb.
Desta forma, podemos olhar para a blockchain como a base-de-dados distribuída por todos os participantes, onde todas as transações que são registadas e verificadas respeitam as regras do protocolo, e que após entrarem na rede não podem ser alteradas.
A razão para a blockchain ser apelidada de “máquina da verdade” está também ligada à peridiocidade de cada bloco.
A cada 10 (dez) minutos em média, um bloco de transacções é criado.
Este ritmo é reajustado conforme o número de validadores activos na rede e segundo o nível de dificuldade, um instrumento que determina o quão difícil é, para um validador, encontrar a chave certa de modo a validar o bloco de transacções.
O objectivo em que cada bloco seja encontrado, em média, num espaço temporal muito aproximado — a cada dez minutos — sucede para que a emissão de Bitcoin seja regular, conhecida e previsível.
Ou seja, quando enviamos Bitcoin, um dos participantes na rede que seja um validador de transacções, conhecido como minerador como iremos ver mais à frente, irá incorporar a nossa transacção num bloco de transacções, que contém envios e recebimentos de Bitcoin de outros utilizadores.
Para salvaguardar a privacidade dos utilizadores os endereços dos participantes são anónimos, embora toda a informação seja pública. Desta forma, é fácil identificar agentes bizantinos e evitar que a rede seja destruída; dito por outras palavras, devido à mecânica de funcionamento do sistema Bitcoin, torna-se simples identificar agentes que estejam a atacar o sistema.
Contudo, algumas perguntas ficam por responder. Por exemplo:
A. Não é possível aos utilizadores copiar Bitcoin? Se é um programa de computador, deveria ser possível copiar, como se copia um e-mail, imagem ou vídeo.
B. Como ficam seguras as transacções se estão nos computadores de vários indivíduos?
C. Não existe o perigo de ser “hackeada” e de perdermos as transacções?
D. Como pode a Bitcoin manter o valor, se não está ligada a nenhum bem real, que se encontra na natureza? (ouro, petróleo, diamantes)
Mineração, a segurança da rede
Depois de levar com uma tareia de informação sobre as características da moeda, e de algumas definições importantes, dentro do mundo Bitcoin, prepare-se: mais uma agradável surpresa aguarda o caro leitor.
Para que possamos responder às perguntas anteriores, é agora necessário entrar numa parte, que é normalmente considerada complexa e chata.
Mas o Mr. Bitcoines vai resolver o problema com mais uma magnífica analogia!
Pensar na mineração, ou mining, de Bitcoin não é uma tarefa fácil, porque muitas vezes é comparada à mineração de metais preciosos, como o ouro.
Contudo, o mining de Bitcoin, não tem nada a ver com a mineração de ouro.
Lembra-se, no texto anterior, de ter referido a ligação à energia que Henry Ford e Thomas Edison queriam fazer acontecer para a sua preciosa moeda, o Dólar Americano?
Pois bem, o processo de mineração, não é nada mais, nada menos, do que essa ligação entre o mundo real e o mundo digital.
Para que utilizadores possam usar a rede de uma forma descentralizada, é necessário que outros agentes validem a informação e garantam a sua segurança. A função dos mineradores de Bitcoin é então validar transacções e escrever as mesmas num bloco.
Este processo, absolutamente crítico, é apelidado do Proof-of-Work (PoW), ou prova-de-trabalho, porque obriga os mineradores a gastar electricidade para encontrar a chave correcta (hash)— um processo que é aleatório e apenas depende de tentativas randomizadas.
Explicando por outras palavras, são necessárias inúmeras tentativas aleatórias sucessivas (brute force) até ser encontrada a chave correcta, que permite ao minerador criar um bloco com transacções.
Para tornar o processo ainda mais divertido os mineradores competem entre si para criar esse mesmo bloco, porque ao completarem o processo recebem dois pré,mios distintos:
- As taxas de cada transacção e,
- Uma recompensa em Bitcoin.
A cada 10 minutos, em média, um bloco é criado quando um dos mineradores completa o processo de encontrar a chave certa, que permite a esse agente registar o bloco de transacções na blockchain. O prémio oferecido ao vencedor, para além das taxas pagas por cada utilizador ao enviar a transacção, é também uma quantidade de novas Bitcoin, actualmente 6.25, que decresce para metade a cada 4 (quatro) anos.
Isto é, de modo a que os mineradores não tenham um incentivo para atacar a rede, recebem tanto as taxas de transacção por executar os serviços de verificação e lançamento da transacção na rede, como um número de novas Bitcoin acabadinhas de sair do forno.
Contudo, lembre-se caro leitor que, o número de Bitcoin é limitado em 21 milhões de unidades, o que significa que ao longo do tempo este prémio decresce para metade até ser igual a zero, quando todas as Bitcoin forem emitidas (aproximadamente no ano 2100).
Portanto, quando ouvem algum expert referir que a Bitcoin não tem valor pensem na seguinte estatística: para conseguirmos quebrar a segurança da rede da Bitcoin, de modo a copiar moedas ou a reverter transacções, é necessário que gastemos a energia acumulada por todos os outros participantes.
Pior, é que se quisermos alterar o passado, alterando os blocos que contém transacções passadas, temos de gastar a energia equivalente ao que já foi gasto para criar esses mesmos blocos, de modo a alterar a transacção desejada e todos os blocos consequentes (relembre-se que cada bloco refere o bloco anterior e posterior).
Desta forma, a Bitcoin consegue deter as propriedades necessárias para ser considerada, verdadeiramente, uma moeda com valor intrínseco, visto que a sua quantidade é limitada por consenso e a sua produção pela natureza (electricidade).
Alás, Bitcoin. O dinheiro de ninguém
Prontos para ligar a Parte 1 à Parte 2? Espero que ainda se recordem que discutimos, na primeira parte, a diferença entre dinheiro e moeda, bem como, a evolução da moeda electrónica.
Se o caro leitor se pergunta porque fiz questão de referir as tentativas mais importantes de criação da moeda da internet, que antecederam a Bitcoin, foi precisamente pela sua premissa mais importante — quem detém os direitos de propriedade? — assentar sobre um princípio, fundamentalmente, errado.
Isto é, será que todas as moedas electrónicas que antecederam a Bitcoin falharam por não serem, verdadeiramente, descentralizadas?
Apenas em 2008, com o lançamento do paper “Bitcoin: uma forma electrónica de pagamentos” por parte de Satoshi Nakamoto — uma entidade que até aos dias de hoje continua anónima — é que nasceu, essencialmente, a primeira moeda da internet completamente descentralizada.
Para garantir essa mesma descentralização, introduzi os conceitos mais importantes da Bitcoin discutindo primeiramente as características da moeda, que fazem da Bitcoin, claramente, a moeda mais acessível e segura, seguindo-se uma detalhada explicação do funcionamento de cada componente, tal como a blockchain e o processo de mineração.
Gostaria de concluir esta peça com os pontos essenciais que fazem da Bitcoin a moeda de eleição para o Mr. Bitcoines:
- É uma moeda descentralizada, permissiva e aberta,
- Não pode ser bloqueada pois é peer-to-peer,
- A base-de-dados, aka blockchain, é distribuída por todos os participantes,
- O histórico de transacções é público e facilmente auditável,
- A segurança da rede é mantida pelos mineradores, que recebem um incentivo (Bitcoin) para continuar o seu trabalho,
- O valor de cada Bitcoin advém, directamente, da procura e oferta da mesma e pelo facto do número de Bitcoin existente ser limitado por consenso dos participantes.
- Todo e qualquer indivíduo pode participar em qualquer uma das capacidades da Bitcoin, tanto como programador, minerador, verificador ou apenas utilizador.
Easy-Pizzi, caros leitores? Conto que sim.
No próximo episódio irei discutir como guardar Bitcoin, o que são carteiras digitais, se existem diferenças entre elas e quais as suas funcionalidades.
Tentarei, claro, adicionar mais pontos importantes sobre o funcionamento da Bitcoin e outras criptomoedas, à medida que os próximos capítulos forem lançados. Espero que continuem curiosos e ansiosos por mais.
Acreditem, meus meninos e meninas: a missa ainda nem a meio vai!
Até a um próximo capítulo, ma friend.
Sobre o Autor
Mr. Bitcoines detém uma licenciatura em economia, tirada a ferros durante seis anos, no ISCTE e actualmente é analista para o portal Coin Rivet, está envolvido na capacidade de Assistente de Investigação na universidade de Huddersfield, bem como, é sócio-fundador e CEO da startup Bityond.
Profissionalmente, o autor foi sempre um trabalhador medianamente assíduo e interessado, embora os seus níveis de energia compensassem toda a sua falta de concentração e fraquíssima capacidade organizacional. A sua especialidade em tempos foram ERPs (softwares de gestão, para os mais ignorantes), tanto em termos técnicos como funcionais, contudo, nos últimos anos, o focus do autor tem sido exclusivamente blockchain e criptomoedas. À data do lançamento de “Mr.Bitcoines Apresenta: Bitcoin, Criptomoedas e outros Dinheiros Digitais”, o autor tem mais de 300 artigos publicados ao longo de dois anos, em plataformas como CCN, Yahoo Finance, Altcoin Magazine ou Coin Rivet, bem como, dois papers científicos submetidos para peer-review em jornais académicos.
(Uh, la la).
A suas incontáveis experiências fora da Tugolândia, dotam o autor de características bizarras e de formas pouco habituais de estar na vida — que se baseiam na responsabilidade social, transparência e meritocracia. Incrivelmente, a sua vivência em outros mundos e culturas ajudaram-no a compreender a importância das nossas limitações enquanto cidadãos do planeta, especialmente no que toca aos nossos direitos fundamentais como indivíduos.
Para o autor, qualquer ser humano deve ter o direito básico de transaccionar livremente sem a necessidade de expor a sua vida financeira a terceiros. Isto é, Mr.Bitcoines acredita que a humanidade precisa de uma moeda digital que nos permita enviar e guardar dinheiro fora do sistema tradicional, tal como enviamos e-mails, fotos, vídeos ou qualquer outro pacote de dados.
Para mais, devido às exigências crescentes no sector da regulamentação, torna-se óbvio, para o autor, a necessidade da existência de um activo exclusivamente digital, de fácil acesso e transporte, completamente descentralizado de poderes centrais, que sirva como mecanismo para guardar valor, em caso de falha de sistemas fiduciários.
Para o autor a Bitcoin não é um investimento. É uma garantia de imutabilidade e de transparência da história de todas as transacções que já foram feitas.
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