3 dicas do que NÃO FAZER na fase de transição de carreira

Quem está na fase de transição de carreira quer consumir o máximo de conteúdo possível e procura por dicas que possam lhe ajudar nessa jornada.

Só que mais importante do que saber o que fazer, é saber o que NÃO fazer e as dicas que falarei adiante são sobre isso. Vale ressaltar, que elas servem para quem está na fase de transição de carreira, em qualquer área, seja produto ou não.

Dica 1. Não meça o seu progresso com o de outra pessoa

Pode parecer clichê, mas essa dica vale ouro! Eu sei que nessa fase a ansiedade costuma falar mais alto e como consequência um comportamento bastante comum é comparar o seu progresso com o de outras pessoas. Essa ação pode fazer você desanimar e até mesmo te levar a desistir do seu objetivo, isso porque, comparamos apenas o sucesso do outro e bem, a grama do vizinho sempre parece mais verde que a nossa. E aí você começa a se questionar e duvidar de si mesmo , porque fulano conseguiu X e Y e eu ainda estou no mesmo lugar. NÃO FAÇA ISSO!

Vou te dar um exemplo prático:

Quando eu decidi migrar para área de produto, minha rotina basicamente era essa: Trabalhava o dia inteiro e a noite tinha aula de inglês, então eu aproveitava meu horário do almoço para estudar, todos os dias. Passei meses sem sair no final de semana, recusei muitos convites de amigos para estudar. Até hoje, na verdade, abdico de muitas coisas para estudar, porque tenho um objetivo muito claro.

Então se você olhar apenas para onde eu estou agora, sem saber dos bastidores, pode tirar conclusões erradas.

Dito isso, olhe para o lado apenas para se inspirar, nunca para comparar o seu progresso com o outro, porque você não sabe o quão difícil foi para ele deixar a grama verde!

Dica 2. Não faça ALTO investimento financeiro em cursos logo de PRIMEIRA

Trago verdades, você não vai conseguir uma vaga no mercado apenas porque fez um curso, por mais caro que seja (eu sei que tem escolas que prometem isso, não acredite) . Mas também não estou dizendo que você não deve nunca investir neles, porque alguns possuem um conhecimento absurdo e podem ser um diferencial na sua jornada.

Porém se você ainda está dando os primeiros passos para migrar de carreira, o que eu indico é que consuma o máximo de conteúdos gratuitos possíveis, faça cursos mais em conta, que possam fornecer uma base e para ratificar que é isso mesmo que você quer para sua carreira. Porque imagina só, fazer apostas financeiras altas e durante os cursos descobrir que não era o que você queria.

Dica 3. Não se apoie APENAS na motivação financeira como justificativa para migrar de carreira

Claro que o fator financeiro é importante, mas a longo prazo não sei se ele é sustentável, visto que, trazendo para a prática, se todos os dias você faz algo que não gosta, apenas pensando no retorno financeiro, se ele não for uma constante, é bem provável que essa relação não dure muito tempo.

Trazendo mais uma vez um pouco mais da minha experiência, eu sempre trabalhei em empresas de tecnologia, mas nunca na área em si. O meu irmão tentava há anos me convencer a migrar, ele sempre foi desenvolvedor e hoje atua como Tech lead e o principal argumento dele era o financeiro. Eu sempre dizia que não, eu não conseguia me enxergar nesse universo, só por dinheiro. Então ele me apresentou o papel de Product Owner e na mesma época conheci no MBA, aí o jogo virou, porque ele destacou que eu me sairia bem nesse papel, por conta da comunicação.

Mergulhei então nesse universo de produto, pesquisei muito e me encontrei, hoje estou como Product Manager. Inclusive, em um certo momento, o meu irmão pediu para eu falar com o PO da empresa que ele atuava para passar algumas dicas, como o mundo gira né?

Então, além do fator financeiro, é importante que você tenha um outro ponto de apoio que motive essa transição, seja se identificar com as atividades dessa nova função ou outra coisa mais específica.

Concluindo, essas dicas foram baseadas na minha jornada durante essa fase e segui-las me ajudou bastante, espero que possa ajudar você também.