5 dicas práticas de inovação para turbinar seu Produto
Como trazer mais inovação para o dia a dia do meu time? Quer coisa mais desafiadora que essa?
“Preciso inovar no meu produto, mas tenho um prazo muito apertado. E como preciso correr com isso, fazer algo que desconheço pode ser muito arriscado. Por isso inovação fica só no coração.”
E se eu te contar que você pode ter as duas coisas? Lidar com os prazos curtos e entregar além do arroz com feijão.
Para isso, trouxe aqui 5 dicas que vão te ajudar a inovar no dia a dia:
1. Pensar fora da caixa
Pode ser até clichê falar sobre pensar fora da caixa, mas com esse pensamento óbvio eu quero provocar você a uma possível quebra de crenças sobre criatividade caso você se identifique: se você não se acha criativa, é porque está enferrujada. Todas as pessoas nascem com essa habilidade e a utilizam mais ou menos ao longo do tempo dada a necessidade.
Dica prática: você pode criar uma rotina com o seu time para fazer exercícios de criatividade e pensar fora da caixa. É quase como exercitar o músculo da criatividade. A ideia aqui é realizar dinâmicas práticas semanais que integram o time e ao mesmo tempo desafiam a criatividade. O time que eu liderava testou essa dica e apelidou carinhosamente de “creative burst”. A cada semana uma pessoa propunha uma dinâmica diferente. Tinha de tudo, desde associação de músicas, descobrir o emoji de cada um, contar uma história e o que mais a criatividade mandasse. Ao longo do tempo fui percebendo as pessoas mais abertas, criativas e pensando mais fora da caixa.
Gosto muito das dinâmicas do Fun retrospectives: https://www.funretrospectives.com/pt/
Também utilizo os templates do Miro: https://miro.com/pt/modelos/brincadeiras-quebra-gelo/
2. Resolver problemas
Você só cria algo novo se o que existe não está funcionando. A ideia é sempre aperfeiçoar ou evoluir o que já existe. Criar algo novo por criar caracteriza uma novidade e não uma inovação. A inovação está sempre atrelada a solução de problemas. Para resolver problemas, você precisa sempre do básico, que é entender quais problemas você está resolvendo. E isso toda boa pessoa produteira entende bem. Mas a inovação se torna realmente necessária quando estamos lidando com problemas complexos e desconhecidos. No qual soluções conhecidas não vão resolver.
Dica prática: aqui a metodologia do Design Thinking contribui bastante, pois você inicialmente mapeia e entende as principais dores, necessidades, públicos, problemas e oportunidades. E depois prototipa e testa soluções. Gosto muito do framework de criação de personas e mapa de empatia, mas tudo isso precisa ter o cliente no centro. Se você tiver a sorte de ter uma pessoa Designer no time, cola nela. Isso fará toda a diferença na sua vida.
Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/
Fonte: https://blog.somostera.com/marketing-digital/buyer-persona-template
3. Na inovação você não erra, você aprende:
Esse é um dos meus pensamentos favoritos, pois ele traz uma leveza de que mesmo um caminho que aparentemente invalidou sua hipótese traz um valioso aprendizado. Quando estamos testando hipóteses e diferentes protótipos de soluções, precisamos entender que não existe solução certa ou errada, somente aquela que funciona ou não. E quando vamos testar um protótipo que não funciona, ele nos dá pistas do que não está funcionando, do que é a expectativa de nossos clientes e que nos darão mais certezas do caminho a percorrer. Por isso, para inovar é necessário manter um pensamento flexível, entendendo que a solução deve seguir o caminho com menor resistência.
Algumas famosas inovações foram provenientes de erros, como a penicilina, que foi descoberta por um esquecimento de Alexander Fleming. O médico estava pesquisando a cura de graves ferimentos na população causados por bactérias e deixou seu material de estudo em cima de sua mesa e saiu de férias. Quando retornou tempos depois, percebeu que as culturas de bactérias tinham sido contaminadas com mofo, mas em volta do mofo estava transparente, indicando que o mofo estava soltando substâncias que matavam as bactérias. Essa substância foi chamada de penicilina e salva vidas até hoje.
Dica prática: estimular um ambiente seguro para que as pessoas se sintam confortáveis para errar e aprender com o erro. Indico muito assistir o TED da Amy Edmonson que foi gravado há 10 anos mas é incrível e vale muito os onze minutos de atenção.
4. Pense grande, comece pequeno:
Para fugir das mesmas soluções e resolver efetivamente problemas complexos, você vai precisar de uma pitada de ousadia para pensar grande. Vai ter que sair da cadeira e ir onde seu cliente está. Vai dar trabalho, mas se inovar fosse fácil todas as empresas estariam inovando.
O segredo para inovar: dar o primeiro passo. É preciso começar pequeno, senão você vai travar. É assustador pensar na quantidade de trabalho que você terá para solucionar um grande problema. A agilidade neste momento é uma abordagem muito útil. O ato de quebrar iniciativas em épicos, épicos em histórias, histórias em tarefas. E começar uma tarefa é bem mais fácil do que começar uma iniciativa gigante, não é mesmo?
Dica prática: A metodologia do Lean Startup é muito simples e ajuda na cadência deste ciclo de pequenos passos. Você começa eliminando incertezas, construindo, testando e aprendendo a cada ciclo. Você avalia e aprende se a solução que está construindo é viável tecnicamente e economicamente, além de ser desejável pelo cliente. Assim, evita gastar tempo de desenvolvimento em algo que não deveria efetivamente ir para a rua.
Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/lean-startup/
5. Quanto mais colaborativo e diverso, maior o valor da inovação
Ninguém sabe tudo mas todos sabem alguma coisa, não é mesmo? É com esse pensamento que a inteligência coletiva se torna um impulsionador da inovação. E quanto mais diversa for essa inteligência, maior a chance de sucesso da inovação.
Por que isso? Pois temos vieses e não conseguimos sozinhos cobrir o grande espectro de soluções tão bem quanto diferentes visões constroem. Um exemplo disso é o viés na Inteligência Artificial. De acordo com o artigo da IBM, “No setor de saúde, a sub-representação de dados de mulheres ou grupos minoritários pode distorcer os algoritmos preditivos de IA.2 Por exemplo, descobriu-se que os sistemas de diagnóstico auxiliado por computador (CAD) retornam resultados de precisão mais baixos para pacientes afro-americanos do que para pacientes brancos.”
Fonte: IBM, O que é viés de IA.
E não é isso que queremos ao desenvolver nossos produtos.
Dica prática: você não precisa ter uma squad de produtos com 50 pessoas cada uma com uma característica que contribui com essa visão do todo. É claro que quanto mais diverso for seu time, melhor. Mas esse conhecimento pode e deve ser obtido olhando para diferentes perfis de clientes do seu produto, procure identificar as pessoas outliers, aquelas que possuem características únicas e que vão diversificar a visão do produto. Invista bastante na composição da amostra para representar melhor o todo. Use entrevista qualitativa, quantitativa, o que fizer mais sentido para seu contexto, mas traga diversidade para seu dia a dia e para seu produto.
E você, como faz para inovar no seu produto? Conta pra gente!