Meu amigo dev. Como fortalecer o relacionamento PM e Tech

Estava fuçando pelo Medium esses dias com o objetivo de começar a escrever e encontrei este post que estava quase pronto há bastante tempo. Acredito que o tema relação PM e Dev não tenha envelhecido e que seja sempre bom reforçar.

Durante uma reunião de um freela que estava tocando, um desenvolvedor fez o seguinte comentário: “Gostaria de te trazer para ser PM na empresa em que trabalho. Você foi uma das melhores PMs que já trabalhei.” É óbvio que ganhei o meu dia com esse comentário ❤, mas depois me fez refletir sobre a relação entre PM e a equipe de tecnologia.

Tive a sorte de trabalhar com squads incríveis, pessoas que agregaram muito na minha jornada e que me ajudaram a ser a profissional que sou hoje. Lembro que quando entrei na área caindo de paraquedas em um squad, no mundo novo chamado produto, trabalhando com o tal do Scrum e sendo a primeira mulher do time no Brasil, tive muitos receios, medos e anseios, mas também tive um time incrível. Aprendi o que era produto, Agile, Scrum, escrever tasks, fatiar, conduzir cerimônias e etc. Tudo isso aprendi com os desenvolvedores, mas isso é assunto para outro post. O ponto aqui é: “Como podemos construir uma boa relação entre o PM e o squad? Como quebramos o pré-conceito de que o PM está ali só para cobrar, achar defeitos e passar demandas?”

A ideia aqui não é passar um manual de regras, até porque quem sou eu na fila do pão rs, mas sim compartilhar o que tem funcionado na minha jornada e que talvez possa funcionar na sua. Como sempre falo, se isso ajudar uma pessoa, então para mim já é sucesso.

Feedback

Sei que, em muitas estruturas, o feedback para a equipe de tecnologia não faz parte da rotina do PM e, para ser sincera, em algumas estruturas em que trabalhei também não fazia. Mas isso não te impede de receber e dar feedback. Não estou falando aqui de ninguém bancar o chefe do time de tecnologia, até porque em muitos casos existem os TLs, Heads, CTOs que têm esse papel. A ideia do feedback é abrir espaço para cada pessoa da equipe ter voz. Normalmente, agendo reuniões rápidas de 1:1 com cada pessoa e faço algumas perguntas:

• Como você avalia o nosso time?
• Quais são os pontos positivos e pontos a melhorar do time?
• Como você avalia as tasks? Na última sprint algumas delas gerou dúvidas?
• Como poderia ajudar a tornar seu trabalho mais fluido?
• Tem clareza nos objetivos da sprint e da empresa?
• Como foi a última sprint para você?
• Como avalia a relação entre o PM e a equipe de tecnologia?

A ideia, basicamente, é coletar feedbacks para melhorar o time como um todo. Gosto que os desenvolvedores sintam que o time foi construído por todos e que nossas rotinas e processos têm um toque de cada um. Assim, todos realmente se sentem parte do time.

Momento zero trabalho

Posso está chovendo no molhado aqui, já que com o home office acredito fortemente que isso já deve fazer parte da rotina dos times, mas não custa reforçar. Reforce as relações com o time. Reserve uma hora por semana ou quinzena para o time se entrosar, conversar sobre assuntos diversos, como o clima, música, jogos aleatórios, sem falar de trabalho. O ponto aqui é estreitar o relacionamento entre as pessoas do time, promover um ambiente mais descontraído e conhecer um pouco do coleguinha.

Uma vez ou outra um presencial faz bem

Uma coisa que sempre funcionou e continuará funcionando é uma conversa cara a cara. Desde o meu primeiro time, tentamos fazer algo juntos, o famoso Team building. Obviamente, no meu primeiro time, isso era muito fácil, já que era presencial, em plena Vila Madalena (bons tempos, rs ❤). Mas, se possível, mesmo sendo remoto, é interessante marcar algum encontro presencial. Lembro que, em um dos squads em que atuei, mesmo sendo remoto, pelo menos um refinamento no mês era presencial, seguido de um happy hour. Obviamente, sabemos que existem limitações, mas se possível, é super válido.

Reconhecimento

Reconheça e valorize a sua equipe. Eles precisam entender que você faz parte do time e está ali para o que der e vier. Uma coisa que aprendi com a Danielle Hayama, uma das melhores gestoras que tive a oportunidade de trabalhar, é o uso da palavrinha curta, mas que tem um grande poder: “nós”.

• Nós entregamos
• Nós falhamos neste ponto
• Nós impactamos positivamente o negócio
• Nós derrubamos a plataforma.

Seja para coisas boas ou não tão boas, somos uma equipe e vamos juntos :)