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Meu primeiro ano como Product Manager… Deu tudo errado!

Produto e Prosa
Mulheres de Produto
5 min readNov 19, 2020

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Calma lá, o título apelativo foi só para trazer você até aqui; agora é só
continuar a leitura…

Bom, no meu texto anterior, relatei um pouco sobre como foi acontecendo o meu processo de transição para a área de produto. E hoje, após um ano como PM, venho contar mais a respeito desta jornada, aprendizados e desafios…

Entrei em produto e agora, por onde começo?

Essa foi a pergunta “bandida” que me fiz, assim que mudei para a área e, possivelmente, ela só passou a ser respondida uns dois ou três meses depois que comecei a pôr a mão na massa, até porque, aquele curso caro, que a gente faz, até que nos traz muita bagagem teórica mas, no dia-dia, o operacional, a relação com o time, com as outras áreas e as novas ferramentas, isso a gente meio que vai construindo e aprendendo na raça, rsrsrs.

Mas então por onde começar de fato?

Acho que é bem relativo e, talvez, você comece ou tenha começado de um jeito que no final, deu tudo certo. Então, sem neura, a dica inicial que dou é: comece tentando entender, mais e mais, sobre o seu produto, sobre o negócio em si e sobre os seus usuários. Isso é fundamental para que você se possa colocar no lugar do seu cliente e entender os principais problemas que vai precisar resolver.

Eu também fui entender o papel do meu produto nas metas das empresas, como haviam sido definidos os objetivos da squad, o que estava sendo priorizado e para quê. Nesse primeiro ponto, as reuniões semanais de OKR foram fundamentais para compreender, um pouco mais sobre esses temas, bem como trocar ideias com quem já estava há mais tempo lidando com clientes, foi essencial para conhecer mais sobre os nossos usuários.

O outro ponto crucial, e não menos importante, foi aprender como o time está estruturado (porque isso é importante ?). Começar em um produto sempre é uma tarefa desafiadora. Entretanto, torna-se mais desafiador ainda quando já existe um time trabalhando há um bom tempo juntos, e você não se familiariza com os fluxos e a sinergia de como as pessoas se relacionam.

Daí, a importância de entender como funciona a dinâmica do time, como estão estruturados os processos de demanda e desenvolvimento e o papel de cada pessoa, na construção do produto. Isso te ajudará, de diversas maneiras; você consegue compreender melhor o ritmo das entregas, evita desgastes e mal entendidos com todos e maximiza sua eficiência em ajudar a galera.

Refine e higienize seu backlog

O backlog vai ser seu companheiro de jornada. Então, não esqueça de reservar um primeiro momento para revisar o que já está nele, o que ainda faz sentido, o que precisa ser reescrito e o que deve ser removido. Lembre-se, ele será sua base e “chão sujo, casa suja”, um backlog bagunçado pode gerar problemas para a sua gestão.

No meu caso, como o meu produto já estava há um tempo, sem esse refinamento, foram mais de 200 itens para analisar; então, fui fazendo aos poucos e pedindo ajuda para o time, sempre buscando entender, cada atividade, antes de realizar qualquer mudança. E assim foram mais de 20 épicos finalizados, um tanto mais de histórias e tasks encerradas e mais outro bocado de atividades reescritas, pois datavam de mais de 4 anos atrás.

À medida que esses refinamentos eram feitos, as priorizações também eram discutidas para que pudessem assumir a posição ideal na lista de demandas. Com isso, nosso time passou a atuar no que realmente fazia sentido, deixando-se um pouco de lado o imediatismo das entregas “aleatórias”, que chegavam de todos os cantos da empresa e eram priorizadas sem qualquer análise de produto prévia.

Essas etapas no backlog foram importantes para colocar um pouco mais de assertividade nas entregas de valor, e também para que eu pudesse começar a filtrar a grande quantidade de pedidos que, até então, chegavam para o time, até pelo WhatsApp, dificultando até metrificar nossos processos. E como já diz aquele ditado, “não se gerencia o que não se mede”.

Construa Relacionamentos

Por fim, e não menos importante, conheça as pessoas, interesse-se pelo trabalho delas, faça boas alianças e não tenha medo de pedir ajuda. Eu contei muito com outros PMs, com mais experiência para irem me aconselhando, semanalmente. Contei com uma agile coach que foi super presente na minha transição, ensinando-me a usar o jira , a entender sobre as principais métricas ágeis e sobre as dinâmicas do time.

Construa também relacionamentos fora da sua empresa; vá ver o que os produteiros estão fazendo de diferente e o que você pode trazer para dentro da sua organização. Faça cursos, leia artigos, troque ideias com profissionais de outras áreas, participe de grupos de gestão de produto e faça entrevistas (sim, fale com outras empresas) e veja o que o mercado está exigindo para a sua posição.

No fim, a gente vai acreditando que vai dar tudo certo!!

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