O meu primeiro contato com métodos ágeis

“- Como eu não pensei nisso antes?!?!”

Priscila Leite R. Garbo
Mulheres de Produto
3 min readSep 5, 2018

--

Sim isto é um spoiler e sim o texto poderia acabar aqui :P
Mas estou sendo muito sincera ao compartilhar com vocês a sensação que eu tive ao descobrir pela primeira vez o que era no caso o Scrum.

Vejam, estava eu trabalhando loucamente e tentando fazer milagres para o time de desenvolvimento entregar todos os requisitos propostos no escopo do projeto, requisitos que eles nem sabia para que serviriam (me perdoe time), sempre de olho no prazo, no custo, preenchendo o cronograma com todas as datas previstas (e reajustando todas quase que diariamente) quando do nada, juro do nada, contrataram um ser humaninho para implementar o Scrum no então escritório de projetos da empresa e ele me perguntou:

“- Você já ouviu falar de Scrum?”

Link do livro na Amazon

Achei inicialmente que ele havia me xingado mas depois de eu dizer que não fazia ideia do que era o tal Scrum ele me convidou para uma palestra e me recomendou algumas leituras dentre elas, e a primeira que li — Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo por Jeff Sutherland, quase chorei ao ler:

“Tradicionalmente, a gerencia quer duas coisas em qualquer projeto: controle e previsibilidade. Isso resulta em um vasto número de documentos, gráficos e diagramas…Meses de esforço para o planejamento de todos os detalhes, para que o orçamento não estoure, e para que tudo seja entregue no prazo.

O problema é que o cenário cor-de-rosa nunca vira realidade. Todo o esforço investido no planejamento, tentando restringir mudanças e adivinhar o imponderável, não serve para absolutamente nada. Todo projeto envolve problemas e surtos de inspiração. Qualquer tentativa de restringir o empreendimento humano de qualquer natureza a diagramas coloridos é bobagem e está fadada ao fracasso.”

Não sei dizer ao certo quantos projetos já tinha visto fracassar até aquele dia, mas foi neste momento que tomei consciência de que eu fazia parte de cada um destes fracassos.

Depois desta leitura, devorei o :

Participei de meetups e alguns eventos de agilidade, era amor!

E em pouco tempo quanto mais eu descobria este novo universo mais eu me questionava: “- POR QUE não pensei nisso antes?”

Sempre que relembro dessa fase da minha vida, da virada 360° que dei em minha carreira tenho vontade de dar um abraço em cada autor que compartilha suas experiências, cada palestra, cada experiência dividida, hoje atuo como Product Owner, estou em constante aprendizado e a minha maior meta é poder fazer a diferença para o meu time, meu produto, para pessoas conhecidas e desconhecidas, compartilhar conhecimento.

Se eu tive medo? Sim, muito! Pensei por diversas vezes: “- Seres humanos auto gerenciáveis, não pode dar certo!" Mas a cada passo, a cada pequena entrega de valor, a cada insight novo do time, aquela loucura ia se tornando realidade, tomando forma e mostrando que tinha chegado para ficar na minha vida.

E os fracassos? Bem eles continuam existindo, que bom!

Com o ágil aprendi que o fracasso não é o fim da linha, aprendemos com os erros e evoluímos como produto, como pessoas!

Como foi seu primeiro contato com o fantástico mundo agile? Foi amor a primeira vista, demorou mas rolou ou ainda não deu match?

#agile #agilidade #muitoamorenvolvido

--

--

Priscila Leite R. Garbo
Mulheres de Produto

Mulher, esposa, mãe, filha, irmã, amiga, produteira, agilista, uma humana sempre em evolução por opção e com paixão!