Que tipo de data-driven você é?
Métricas!Dados! Analycts! Bussiness Inteligence! Essas são algumas das palavras de ordem no mercado de trabalho; e por onde for, ouvirá que um profissional com perfil analítico, que se importa e compreende métricas, que trabalha embasados nos dados do produto e de mercado é relevante.
Os benefícios de ter um pensamento e comportamento focado em métricas são bem claros, e não devem ser usados exclusivamente por apenas um tipo de profissional, mas por todos. E você pode pensar: Ahhhhh, eu nunca fui boa aluna de matemática!….Ok, isso não lhe faz menos capacitada, o importante é ter na mente sempre um “por quê?”.
Quando você direciona seu pensamento para entender e querer saber o porquê e para quê, isso faz toda diferença. Quando chegar um novo produto/feature para ser desenvolvida ou resolvida, questione:
- Quanto o cliente vai ganhar com esta nova funcionalidade?
- Quantos clientes foram ou serão impactados?
- Existe algo que trará mais valor?
- Como vou saber que meus clientes estão satisfeitos?
- Como vou medir que estou saindo do patamar X para o patamar Y?
E por aí vai…
Mas cuidado!!! (Pausa dramática) Ter informações e dados para trabalhar, fazer as priorizações com embasamento são fundamentais, contudo, elas precisam ser coerentes e bem fundamentadas. Por que digo isto?
Caso real, tive um produto que ia bem, os clientes gostavam; mas por estar bem no início, os valores recebidos eram baixos, sabíamos do seu potencial, contudo era frustrante mostrar para diretoria que recebemos R$ 10.000,00 mês. O valor era baixo comparado com os demais produtos da companhia.
Ah, mas quando colocamos em percentual…que coisa linda!!!! O crescimento era de 150%, mês a após mês, os gráficos ficaram lindos nas ppt’s e em comparação com os demais produtos, o nosso era o melhor!
E já tive o pior produto seguindo essa mesma lógica de dados. Recebi a informação que as vendas pelo canal xpto digital estavam afetando 50% dos clientes..Socorro, metade dos meus clientes não conseguem usar meu produto!!! Quando parei para analisar, vi que este dado correspondeu ao período da madruga, e apenas dois clientes tentaram comprar e um não conseguiu. Faltou apenas um ajuste no monitoramento, não era nenhum bug em produção.Ufa !
Outro caso:
Já avisamos que o número de reclamações subiram mais de 50%, fala o cliente. Você respira fundo e diz:
- OK! (e pergunta com toda calma do mundo) Poderia, por favor, me informar o período e a quantidade de usuários impactados?
- Sim, foram 3 dias, e subiu de 3 usuários reclamando para 7.
- Da base de 200.000 clientes, certo, obrigada pela informação.
Consegue perceber o drama?
Trabalhar com dados é mais do mostrar números: é pensar, é fazer análises coerentes, não gerar ambiguidade, não gerar interpretações duvidosas, é ser crítico. É trazer informações que realmente te levem a refletir e possam ser utilizadas para afirmar, ajustar ou refazer a estratégia do seu negócio e produto.
Então, eu te pergunto: “Que tipo de profissional data-driven você tem sido?”
Busque trazer dados e informações que melhorem seu produto, o entendimento dos stakeholders , facilite o dia a dia dos seus pares, que lhe ajude a validar ou invalidar algum hipótese, que sejam dados não apenas reais, mas coerentes.