Rails Girls Floripa: o que eu aprendi sobre programação (e outras coisas) em 2 dias
Dia 2 e 3 de Dezembro foi realizado o primeiro Rails Girls em Florianópolis na Resultados Digitais! Durante dois dias conceitos básicos de programação em Ruby foram ensinados a mulheres de todas as idades :)
1. Programação não tem gênero, nem cor, nem idade…
Aprendi um bocado sobre isso com a Jeliel Mendes que contou sobre como a diversidade é um valor cultural na ThoughtWorks. Ouvir sua história de vida e seu trabalho lindo regado de bom humor fez meu dia!
Olha só o que ela escreveu sobre o Rails Girls Floripa no Linkedin.
2. Programar não é importante só pra quem quer ser DEV
Hoje nosso time de produto tem 91 pessoas. Dessas, 10 são mulheres :
2 Product Managers
1 Quality Assurance
1 Quality Assurance Leader
3 Full-Stack Developers
2 Designers
1 Front-end
Somos 10,98% do time de produto e estamos contratando, tá?! ❤
Para todas nós é muito importante o conhecimento sobre programação mesmo que a gente não lide com código ou com a tela preta todos os dias (console/terminal). Vide abaixo:
Porque?
Porque conhecimento é poder.
Falo por mim. Me sentia muito burra e com medo de fazer perguntas para meu time. E não to dizendo que você precisa aprender a programar para parar de sentir burra. Nada disso!
Mas aprender alguns conceitos de programação facilita muito meu trabalho como Gerente de Produto pelo simples fato de eu conseguir ser mais empática no meu dia-a-dia. Entendendo mais da rotina dos desenvolvedores do meu time eu consigo ver se uma tarefa é mais complexa que outra, rir das piadas que só devs entendem e criar memes! (muito importante)
Além disso. É muito muito muito divertido programar. Parece pouca coisa, mas significou o mundo conseguir (com ajuda) fazer esses dois commits e abrir meu primeiro Pull Request no projeto Mulheres Palestrantes do Inside Out Project:
É um empoderamento incrível que todo mundo pode ter acesso.
3. Teach Girls Bravery, not Perfection!
A noite começou com uma palestra emocionante, arrepiante e "empoderante" sobre mulheres na tecnologia da mjcoffeeholick (Alda Rocha). Recomendo muito assistirem:
Todo mundo tem muito o que aprender e errar faz parte, é humano. Em sua palestra a Alda compartilhou suas dificuldades ao mudar sua carreira de Designer para Front-end, sobre o machismo que mora nos detalhes e sobre o medo de errarmos.
Gosto muito do TED Talk da Reshma Saujani, Fundadora do Girls Who Code que retrata o modo como nós mulheres fomos criadas para sermos Barbies perfeitas, "princesas que se dão o respeito".
“We have to begin to undo the socialization of perfection — and we have to combine it with a sisterhood that lets girls know that they are not alone, because trying harder is not gonna fix a broken system.”
4. Vá em evento para criar movimento!
Eu participei como Staff no Rails Girls, ou seja, ajudei com a organização do evento: traz puff, leva puff, faz café, checa tomada, enche bexiga. Como não fui mentora (ainda!) eu tive bastante tempo para observar o evento e conversar.
Em poucas horas de evento:
- Conheci a Ayslan (nossa Tech Recruiter) e a Jeliel. Junto com a Mariani Cavalini nós passamos horas discutindo sobre diversidade, sobre códigos de conduta, sobre como tornar o nosso ambiente menos hostil e criamos até um Trello com diversas ações que queremos implementar dentro da Resultados Digitais
- Fiz um curso do Github que a Ana Paula Vale me recomendou: o Try Git. Trata-se de um tutorial de 15 minutos com os principais comandos usados no Git Hub.
O Github é um serviço web que oferece diversas funcionalidades extras aplicadas ao git. Resumindo, você poderá usar gratuitamente o github para hospedar seus projetos pessoais.
- Me inspirei demais…
… ao ler os feedbacks das gurias que participaram do Rails Girls:
"Adoro quando mulheres se ajudam" [ ❤ ]
… ao ver a Ana Rodrigues, Lívia Amorim, Ana Paula Vale, Karla Garcia, Amanda Rover, Caroline Guilherme, Bárbara Cabral dando um show de mentoria ao lado do Nando Sousa e do ricardocaldeira!
- Aprendi a reunir esforços
Durante o Rails Girls percebemos que tem coisas simples que nos privamos de fazer. Exemplo: jogar video-game. (Na RD só tem FIFA e eu odeio jogar futebol na grama e na tela).
Logo após o evento a Mariani Cavalini puxou uma votação no canal da RDivas (mulheres RDoers) para escolher um jogo para gente jogar:
5. MINDSET: "O que você faria se você não tivesse medo de falhar?"
- Eu escreveria esse artigo (sem medo de não ser alguém foda pra escrever)
- Eu aprenderia a programar (sem medo de alguém falar que tá tudo errado)
- Eu daria feedback direto após uma situação chata acontecer (sem medo de a pessoa se magoar ou desprezar meu feedback)
Depois de ler o livro Lean In (ou Faça Acontecer) da Sheryl Sandberg Diva eu tenho me perguntado várias vezes “O que você faria se não tivesse medo de falhar”. E o resultado?
Todos os dias eu luto para não me colocar pra baixo. Eu tento aproveitar mais a vida valorizando as pequenas conquistas e encarar as dificuldades com mais humor. O medo continua ali, mas ele não pode nem vai impedir de eu chegar onde eu quero.
E você.
O que você faria hoje se não tivesse medo de falhar?
Vai lá e faz.