[ The Developer's Conference ] O que eu aprendi no TDC 2016 sobre… Gestão de Negócios

Jacqueline Yumi Asano
Mulheres de Produto
7 min readJun 13, 2016

Quarta feira, 11 de maio. Estava super animada, empolgadíssima pra participar do The Developer's Conference, ou TDC para os mais íntimos. Estava tão animada que anotei tudo que vi durante a minha trilha de Análise de Negócios e vou relatar brevemente com muito do meu ponto de vista. (se concorda, discorda, odeia, ama, eu vou adorar saber nos comments ❤)

Eu, Lorenzo e Arthur no TDC

Meus principais aprendizados

  1. Aprenda a Negociar
  2. Simule quando necessário
  3. Negócios e Produto podem ser um caso de amor (ou ódio)
  4. Open Stack é massa pra caramba!
  5. O Roadmap é um plano e não um compromisso by Alexandre Spengler
  6. Se você está em A e quer chegar em B e esse caminho é claro, isso se chama processo. Se você não sabe como chegar ate B você pode usar Game Storming
  7. Pense em Adoption, Retention e Customer Success nas métricas do seu produto!

Mas só isso que você aprendeu?

Calme lá! Vamos destrinchar melhor isso aí!

Lição #1- Aprenda a Negociar — Guilherme Mota (Agile Coach)

Você pode ter 2 tipos de negociação: Competitiva ou Cooperativa. Na Competitiva o foco é a maximização de resultados e um case clássico é a disputa entre Pepsi x Coca-Cola. Nesse tipo de negociação um dos lados acaba tendo o máximo de vantagem e o outro, não.

Negociação Competitiva: um dos lados ganha e o outro perde

Na negociação Cooperativa o mindset é

Me importo em resolver o impasse e meu objetivo é fazer um bom negócio

e os dois lados tendem a ceder para alcançar um resultado que faça sentido para ambas as partes.

Antes de entrar em qualquer negociação aqui vão algumas dicas:

1- Pergunte para si:

Quais são os meus objetivos? Quais são os limites minimos? Quanto estou disposto a perder? Quais são os possíveis conflitos que podem surgir?

2- Alinhe as expectativas: o que ambos devem esperar dessa negociação?

3- Entenda o problema: faça quantas perguntas for necessário para daí sim fazer uma apresentação de proposta

4- Tire as eventuais dúvidas que surgirem sobre as condições da negociação. Dica: faça seu ouvinte repetir o que ele entendeu da negociação para certificar-se de que vocês dois entenderam a mesma coisa

5- Aceite ou não as condições

6- Avalie os aprendizados

Key Learning: Pergunte muito e muitas vezes ceder é o melhor caminho.

2. Simule quando necessário por Michel Cordeiro (Coordenador de Desenvolvimento e Projetos na Universidade Ceuma)

Simule quando quiser ter uma previsão de custos, tempo ou capacidade mediante aos impactos de mudanças do seu negócio. Exemplos:

E se eu dobrar a meta vou entregar? E se eu perder investimento, consigo atender a demanda com meu processo atual

Entendedores, entenderão

Sugestão de Software Grátis para Simulação: Bizagi Process Modeler

3. Negócios e Produto podem ser um caso de amor (ou ódio) — Bianca Luttenschlager (Coordenadora de Produtos, Uol Host)

Dessa palestra o que eu mais achei massa foi conhecer a organização das áreas de Negócio e Produto dentro do Uol Host, muito diferente da Resultados Digitais.

Bianca Luttenschlager falando sobre com é a Gestão de Produtos na Uol Host

Como é no UOL Host:

Negócios + P&D + Marketing+Venda + UX + Clientes/Parceiros

Negócios é quem define a oferta, preço, benefícios, coordena Roadmap, analisa margem e desconto, treina o time de atendimento e constrói o FAQ

P&D é o time que executa o Roadmap, ou seja, desenvolve o produto, resolve problemas técnicos do cliente e auxilia o time de negócios na criação de novos produtos.

Como é na Resultados Digistais?

Produto + Marketing + Vendas+ Clientes/Parceiros

A grande diferença é que na RD o time que define o produto e coordena o Roadmap é o mesmo time que desenvolve o Roadmap. Outra diferença que existe é que no Uol Host o UX-Designer é alguém fora do time de P&D e de Negócios. Aqui na RD, ele é parte integrante do time de Produto. Entra na fase de solução do Kanban de um produto e ajuda bastante o Product Manager com benchmarking de solução.

Atenção! Não estou dizendo que existe um melhor jeito de dividir e definir áreas!

Cada empresa tem seu contexto, sua realidade, seu tipo de cliente, seus OKRs (Objective and Key Results) para poder definir qual melhor maneira de se organizar para atingir seus resultados.

Uma coisa bem interessante que a Bianca pontuou é que os feedbacks podem chegar de diversas maneiras (tickets, teste de usabilidade, time de atendimento ao cliente) e um dos maiores desafios é saber negociar com cada um dos times (Negócios e P&D) para decidir o que priorizar.

Dá-le Teste de Usabilidade!

Segundo a Bianca, um Teste de Usabilidade é interessante a partir do momento que a empresa quer investir no produto/feature. Na Resultados Digitais, todas as pessoas de um dos times participou dos testes de usabilidade de uma feature nova. Foi extremamente rico ter a participação de desenvolvedores e tech leaders pelos diferentes problemas e pontos de vistas que cada um traz.

4. Open Stack é massa pra caramba!

Open Stack é IAAS, ou seja, infra-estrutura como serviço. Isso significa que você paga pelo serviço de infra-estrutura. Um exemplo clássico de IAAS é a Amazon e a Digital Ocean.

Mas o que é o Open Stack?

Software open source usado para construir nuvens públicas e privadas. Basicamente, Open Stack é um conjunto de projetos de software de código aberto usados para configurar e operar infraestrutura de computação e armazenamento em nuvem.

E o mais legal é a origem do Open Stack!

A NASA tinha necessidade de orquestrar workloads no data center dela. Ela chegou num número enorme com o Eucalyptus e conversando com a comunidade viram que tinham uma necessidade especial de número absurdo de workloads. Foi assim que decidiram desenvolver um orquestrador interno. E assim surgiu o Open Stack!

5. Roadmap é um plano e não um compromisso by Alexandre Spengler, Product Manager na Resultados Digitais

Spengler é tão foda que é possível ter acesso a todo conteúdo da palestra dele neste artigo do blog dele.

Alexandre Spengler da Resultados Digitais falando sobre a construção de um Roadmap
  1. Qual a visão do produto? Quais são os objetivos do negócio da empresa? Internacionalizar, ser produto self service?

2. Conheça os seus problemas!

  • Fale com os clientes: cliente é a melhor fonte de informação e é ele que usa
  • Entreviste, analise o suporte, ouça as sugestões internas de pessoas que lidam com clientes

3. Faça Análises Exploratórias (para obter análises quantitativas). Quais os dados dessa base? O que eles estão usando e o que não estão usando?

4. Olhe pra fora e estude seus concorrentes O que eles estão fazendo? Quais os gaps? Estou perdendo mercado ou deixando de ganhar porque?

Quais são as oportunidades que você enxerga? O que seus concorrentes estão usando lá fora?

5) Se pergunte: Como meus concorrentes resolvem os meus problemas?

6) Defina as prioridades! Quais são os problemas que você pode atacar que vão atingir sua métrica? O que vai dar mais impacto no final das contas?

7) Agora é só montar o Roadmap!

Roadmap não é focado em funcionalidades mas em problemas

8) Intere sobre os problemas!

Roadmaps são construídos para funcionalidades core e passam pelo processo de Estudo e Bench, seguido de MVP e finalmente Solução. Se você deseja atacar adoção e retenção, você pode considerar a elaboração de experimentos de Growth Hacking.

9) Metrifique seus resultados O que você tira de decisão? Quais os riscos?

As dicas da finaleira!

Histórias devem estar a nível de negócio
Defina um horizonte para o seu Roadmap
Diga 5 não a cada 1 sim: errar custa muito caro
O Roadmap é um plano e não é um compromisso: as prioridades mudam!

http://spengler.io/blog/7-dicas-de-como-construir-e-manter-um-roadmap/

6. Se você está em A e quer chegar em B e esse caminho é claro, isso se chama processo. Se você não sabe como chegar ate B você pode usar Game Storming

Primeiro, jogos são diferentes de brincadeiras. Jogos possuem restrições, regras e principalmente, um objetivo. A proposta do Game Storming é justamente usar a dinâmica de um jogo para atingir um objetivo. Não vou me alongar muito pois a apresentação está toda aqui :)

Dois pontos importantes no Game Storming
Job to be done deve ser claro
Deve existir um tempo limitado

Algumas Ferramentas de Jogos
Mapa da Empatia
Mapa de Afinidade — Jiro Kawakita
Dot Voting

7. Pense em Adoption, Retention e Customer Success nas métricas do seu produto! Mateus Bosa, Product manager na Resultados Digitais

O Mateus explicou sobre as métricas que realmente importam na hora de construir um produto que entrega cada vez mais sucesso para o cliente. No nosso contexto analisamos 3 tipos de métricas:

  • Adoção: os clientes que tem acesso a funcionalidade estão usando ela
  • Retenção: os clientes continuam utilizando a funcionalidade?
  • Customer Success: os clientes estão tendo sucesso com essa funcionalidade?

Meu sentimento final

Participar no TDC foi incrível porque foi o primeiro evento de Produto que participo, tive um imenso aprendizado com diversos palestrantes e pude conferir de perto o nosso time de Produto dando um show de ensinamentos! ❤️ ❤️ ❤️

Raphael Farinazzo, Jônatas Paganini, Lucas Krämer e Ana Rodrigues representando a Resultados Digitais no TDC

Give me Slides!

Todos os Slides das apresentações do TDC estão neste link :)

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Jacqueline Yumi Asano
Mulheres de Produto

Founder & President of Mulheres de Produto, the largest product community in Brazil that aims to reduce gender inequality by empowering women in tech careers.