Transição de CX para área de produtos, qual caminho eu percorri?
Transição para a carreira de produto. Algumas dicas de quem já esteve lá.
Hoje, o assunto do momento tem sido como o mercado de TI tem estado extremamente aquecido nesses últimos anos. Algumas posições estratégicas como Product Manager e Product Owner têm ganhado destaque nos principais fóruns de tech no Brasil, por consequência, tem sido cada vez mais frequente o aumento no interesse por alguns assuntos relacionados:”Como fazer a transição para a carreira de produto?” “Qual o melhor caminho para ser um bom Product Manager?” entre outros.
Tenho visto que essas perguntas têm sido super frequentes no Linkedin, Medium, podcasts e também nos meetups da área, o que faz muito sentido, afinal ainda não existe um curso superior focado na área de produto (PM, PO entre outros).
Porém existem alguns caminhos que podem ser feitos independente dessa formação acadêmica existir, alguns bem vendidos pelos mercados de educação, mas outros caminhos não ficam tão claros para os transeuntes de carreira.
Por este caminho não ser tão óbvio como as demais carreiras de tecnologia, eu resolvi trazer detalhes sobre como percorri o meu caminho de transição, afinal eu saí de uma área de atendimento (CX) para tecnologia. Para alguns seria impossível, mas eu consegui fazer isso acontecer, então você também pode!
A primeira coisa que me perguntam quando eu falo que fiz transição de áreas é: Por que você escolheu TI para essa migração, não acha que isso foi radical demais?
Eu não tenho uma resposta muito complexa para essa pergunta, o que eu entendo é que o meu caminho profissional me levou para esse destino. Recapitulando um pouco sobre a minha carreira, houve um momento que eu parei de pensar somente operacionalmente, focando nas métricas e em resultados, comecei a priorizar a experiência do usuário e através de algumas leituras eu entendi que para entregar o melhor para ele precisaríamos pensar em melhorias contínuas no setor em que eu atuava, não só apagar incêndios e manter as métricas estáveis.
Foi essa a virada de chave na minha carreira, eu comecei a pensar o que poderíamos melhorar para oferecer um melhor atendimento e vi que não tínhamos tecnologias e nem iniciativas de CX dentro do setor, iniciei estudos sobre ura inteligente, chatbot, FAQ inteligente e comecei a lançar as primeiras sementes para a futura gestora de produto nascer.
Meu primeiro projeto que envolveu tecnologia foi a implantação de um software de atendimento, unificando todas as informações do cliente, seus chamados e os seus pedidos em um só lugar e posteriormente implantei o nosso serviço de atendimento em uma empresa terceirizada.
Eu nunca esquecerei como me senti no dia que viajei exclusivamente para conhecer o escritório dessa plataforma para desenhar o tão projeto focado em CX. Depois disso eu comecei a sonhar com outras melhorias que me dariam experiência futuramente para tocar uma equipe de projetos.
Vocês acham que parei por aí? Não mesmo, a cada necessidade que surgia eu tentei melhorar os sistemas de atendimento de alguma forma trazendo tecnologia, UX/UI, writing e outras vertentes que contribuíram bastante para o crescimento do setor que eu gerenciava, até que em 2020 eu fui apresentada ao mundo de produtos por uma amiga que já era Head da área (obrigada Mari, você mudou minha vida), ela me levou num meetup da comunidade Mulheres de Produto e eu me apaixonei pelo evento, pelo propósito, enfim, por TUDO.
Eu, como a maioria, sempre achei que TI era uma área para pessoas adeptas às ciências exatas e a questionei se de fato eu tinha feat com aquele universo e ela me mostrou que sim e foi ali que decidi mudar o meu rumo de CX para Produtos.
Mas então por onde eu comecei? Essa é a segunda pergunta que eu mais ouço quando falo sobre transição e é por isso que estamos neste diálogo, não é mesmo?
Calma queridos leitores, ainda teremos muito para falar sobre essa caminhada.
E aí, quer saber onde essa história vai parar? Na quinta- feira desta semana sairá a parte 02 deste relato.
