Gislaine Rossi
mulheresnocomex
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4 min readJul 29, 2020

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Como construí minha carreira, de Recepcionista a Gerente Regional, na área de Comércio Exterior

Para começar é importante deixar claro que essa conquista não aconteceu da noite para o dia, mas na verdade contou com muito esforço, dedicação e, com 30 anos de atuação profissional.

Comecei na área por acaso. Na verdade, estava buscando um novo emprego aos 15 anos de idade (sim, já tinha trabalhado anteriormente por 7 meses em uma agência de emprego), então passei por um processo seletivo e fui contratada como recepcionista para atuar em um agente de cargas.

O que eu não sabia àquela altura é que aquele simples emprego de recepcionista iria me levar a uma sólida carreira na área de Comércio Exterior.

Se você também passou por essa experiência de começar na área de Comex por acaso e depois seguir carreira nela, me conte, vou gostar de conhecer a sua história.

Continuando a minha, trabalhei por quase 8 anos em prestadores de serviços e, depois já formada na Faculdade fui trabalhar do lado “cliente” como se diz, ou, na indústria (importador / exportador).

Trabalhei nos ramos petroquímico, químico, agronegócio e até Telecom, o que somou mais de 20 anos de atuação profissional.

Mas comecei como Analista e, só depois fui galgando outros degraus e experiências, incluindo a de liderar equipes. Ocupei posições de coordenação, chefia até chegar a uma Gerência Regional em uma empresa de grande porte.

Puxa, nos dá muito orgulho e satisfação quando conseguimos alcançar nossos objetivos e subir na carreira com nosso esforço e dedicação, você não acha?

O processo todo foi bem desafiador, mas quer saber, procurei não só aprender e evoluir, mas também curtir a jornada.

E se for resumir um pouco meu perfil e, ressaltar pontos que considero importantes nessa construção, eu citaria o fato de eu ser uma pessoa interessada em aprender continuamente, agregar conhecimento e contribuir com o progresso. Não me acomodava e enxergava sempre oportunidades de melhoria.

O que me motiva é me sentir útil. Poder ajudar e servir. Trabalhar em Equipe. Conseguir resolver “aquele caso” que parecia impossível. Quanta satisfação!

Mas nem tudo é somente perfil ou vida prática. Somado a isso, também tem muito estudo. Apesar de ter feito uma faculdade de Administração com Ênfase em Comércio Exterior, não parei por aí. Fiz diversos cursos na área, estudei outros idiomas e me pós graduei, ou seja, nunca parei de estudar, aprender, me aperfeiçoar e evoluir. E você, também considera que seguir com os estudos é um passo importante para a carreira?

Na prática, apesar de exercer posições operacionais em boa parte do tempo, eu procurava também sair em campo. Visitava clientes e prestadores de serviços. Acompanhava processos em portos, aeroportos e fronteiras do país.

Participei de abertura de filiais, na construção de novas plantas, lidando com importações de cargas de projeto e pleito de Ex-Tarifário. Participei até de projeto para construção de uma ferramenta de Importação para se comunicar com o SAP. Ufa, muita coisa né?

Mas a área de Comércio Exterior é assim mesmo.

Quando estava no começo da carreira, uma conhecida me disse:

“Para trabalhar na área de Comércio Exterior você precisa saber desde Ballet Clássico até Energia Nuclear”.

Fiquei assustada confesso, mas achei um pouco exagerado.

Bom, quando tive que cuidar de um processo de importação de um Balão para participação em um campeonato de Balonismo, soube de fato que aquela minha conhecida tinha razão.

Por isso, o que sempre me encantou no Comércio Exterior, área pela qual tenho grande paixão, é justamente isso, o dinamismo e a globalização. Basicamente somos do mundo e não há marasmo. Pode-se dizer que cada dia é uma nova aventura. Você concorda?

Mas uma grande transformação ocorreu em mim quando comecei a liderar equipes.

Sempre tive uma preocupação genuína em contribuir para o progresso das pessoas, ensinando mesmo o pouco que sabia (já dei aulas, inclusive) e, também do impacto que minhas atitudes e ações exerciam sobre elas.

Quando você lidera um time, não se trata mais só de “você” fazer e realizar as atividades.

Você passa a ser um instrumento, um guia, um norte, uma bússola, enfim, você passa a ser um elo importante onde os outros irão se apoiar para que os objetivos sejam alcançados.

E o que eu descobri?

Que o mais desafiador não é transmitir e ensinar a parte técnica (#hardskills), mas sim compreender e lidar com as habilidades comportamentais (#softskills).

Se você é um líder me diga: O que você considera o maior desafio na arte de liderar pessoas?

O que me ajudou muito nesse processo foi exercer a Compaixão. Mas hoje, após ter me tornado Coach e Analista Comportamental e, ter me aprofundado no Autoconhecimento e, outras técnicas e ferramentas eu vejo que teria sido muito mais leve e feliz se eu tivesse tido contato com tudo isso antes, mas aí começa um outro capítulo da minha história, o qual contarei a vocês em meu próximo artigo.

Acompanhe!

Gislaine Rossi

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Gislaine Rossi
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Mãe, Esposa e Amante da Vida Me descobri Escritora Gosto de dar Palestras, Workshops e Treinamentos