“Igualdade é chamar para o baile e equidade é tirar para dançar.”

Monnike Garcia
mulheresnocomex
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4 min readMar 25, 2019

No Brasil apenas 7,8% dos cargos de alta gestão são ocupados por mulheres no Brasil. Segundo projeções, somente em 2213 conseguiremos igualar este esse número.

Como um presente mais que maravilhoso da Sheila Makeda, da Makeda Cosméticos, participei do Fórum Cláudia #Eutenhodireito, na última quarta feira, reunindo 22 das mulheres mais poderosas do Brasil, dentre elas Ceo’s de grandes corporações como L’oreal, Lacoste,UPS, Uber, SAP, Vult, Tiffany, Microsoft, Paypal, Microsoft e mulheres de destaque no país, como Ana Fonte e outras.

O que pude perceber é que são mulheres que já enfrentaram muitos desafios e enfrentam até hoje, seja dentro e fora das organizações mas todas são de carne e osso, tem desafios com filhos pequenos,tempo, inúmeros afazeres, atenção com marido, divisão de tarefas, inúmeras barreiras para serem quebradas mas que estão lá, fazendo e participando da diferença. E no meu ponto de vista essas “fragilidades” do dia a dia nos colocam mais próximas delas e nos encorajam a estar em posições de destaques assim também.

Dentre as poderosas que passaram pelo Fórum, gostaria de destacar as participações de : Ana Claudia Plihal CEO do Linkedin, Nadir Moreno CEO da UPS, Cirstina Palmaka SAP e Ana Fontes da Rede Mulher Empreendedora e eleita uma das 20 mulheres mais poderosas pela Revista Forbes nas quais faço um recorte sobre cada uma.

Foi divulgado pela Ana Cláudia, recente estudo do Linkedin entitulado : “Estudo Global sobre Diversidade de Gênero” com importantes dados sobre o mercado de trabalho e comportamentos detectados. Mulheres são mais seletivas na candidatura de uma vaga, exigem-se mais, candidatam-se menos que os homens às vagas ou após lerem a vaga nem se candidatam segundo os números. Entretanto quando decidem concorrer a uma vaga, tem 16% mais chances que os homens na candidatura a um emprego e 18% a cargos sênior (no Brasil 16,3%). São dados que nos desafiam a pensarmos em sermos mais ousadas e arriscarmos mais, acreditarmos mais em nós, assumirmos mais riscos, e se cobrar menos nessa busca profissional. Pensei comigo: nosso crivo chega a ser mais cruel e eliminatório que o do próprio recrutador, sem nem ao menos tentarmos, estamos já nos reprovando, em busca de uma perfeição que não existe.

Fonte : Linkedin

Nadir Moreno abordou uma tendência que já vem sendo estabelecida principalmente pelas multinacionais que são políticas de gênero em seus quadros de gestão, na UPS 30% das gestoras são mulheres. Sobre este tópico faço um paralelo sobre o que vem acompanhado destas políticas, a capacitação, desenvolvimento e a preparação para que as mulheres estejam aptas à estarem nestes cargos, porque não adianta criarmos números se estes não tem como ser preenchidos.

Cristina Palmaka da SAP falou sobre uma dica super valiosa, as competências femininas nesse mundo das transformações. É inevitável a inserção das tecnologias no nosso meio, fato! E ganha mais espaço em entender o outro lado, ter um olhar diferente, voltado para a experiência se colocar no lugar do outro, ganha diferenciais. Me lembrei das soft skills e habilidades desejadas para 2020 nos profissionais as quais também falam sobre isso.

Ana Fontes como sempre brilhante em suas palavras e grandeza na sua simplicidade, de forma didática, cita uma frase na qual define igualdade e equidade : “Igualdade é chamar para o baile e equidade é tirar para dançar”. Ou seja ninguém disse que seria fácil, mas estamos tendo uma oportunidade de mudarmos este cenário para que outras pessoas e gerações possam desfrutar de condições melhores e maiores para o nosso ambiente ou melhor o nosso baile.

Ah, para as colegas que goaram de dicas de livros, seguem alguns citados no evento pelas participantes.

“In the company of women” de Grace Bonney

“Garra” de Angela Duckworth.

Grande abraço.

Monnike

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