Mulheres no Comex, em cena : Célia Regina do Sindicato Despachantes RJ

Mulheres no Comex
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3 min readJul 26, 2019

“Mulheres no Comex, em cena”, é uma série de mulheres inspiradoras, que compartilharão conosco um pouco de seus desafios, suas histórias e oportunidades que tiveram ao longo de suas carreiras. Que você possa se inspirar nesta e em tantas outras mulheres brilhantes atuantes no comércio exterior.

1) Conte nos pouco sobre sua história profissional. (formação, como começou, etc).

Eu morava na Ilha do Governador , onde fica o Aeroporto Internacional do Galeão. Eu trabalhava no centro da cidade na recepção de uma imobiliária e fazia faculdade de Comunicação no subúrbio do Rio. Minha vida era um caos entre ônibus cheio, trens sem porta, isso em 1982 .

Um dia um locatário que estava sem secretária me pediu ajuda para preencher à máquina de escrever o documento de entrega da sala. Quando esse senhor me passou o número de telefone de contato dele, vi na hora que ele era da Ilha, onde eu morava, e logo me ofereci para ser a secretária dele.

Deu certo, ele virou meu patrão, e fui trabalhar no Terminal de Carga do Galeão, em uma empresa de Courier.

Naquela época não existia DHL no Brasil, e os transportes de documentos eram feitos como carga e liberados por SDA (Solicitação de Despacho Aduaneiro) em papel, lembrando que Aeroporto de Guarulhos em 1982 nem existia.

Assim fui apresentada a essa cachaça que é o Comércio Exterior.

Dessa empresa, fui para um grande agente de carga, onde comecei a lidar com a guia de importação, que usava para solicitar ao BACEN o pagamento do frete e também muita DTA , pois como não tinha Guarulhos, o Galeão era o HUB do país todo.

Dali fui para outros agentes de carga e num deles eu vi nascer o NVOCC. A empresa que eu trabalhava ganhou o número 001 de cadastro na extinta SUNAMAN, e eu que tive que convencer os fiscais do Porto do RJ, que era possível fazer consolidada marítima, que não era ilegal suspender o BL Marítimo e liberar a carga pelo HBL do agente .

Não tardou muito e acabei sendo convidada por um cliente a ter minha empresa de agente de carga, e assim nasceu a Worldgate .

Mais uma vez um cliente me falou que se eu resolvesse trabalhar com o desembaraço ele me daria a conta dele. Eu, lógico, fui atrás então de ser Despachante Aduaneiro .

Ah! Eu me formei em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e no ano 2000 enviei me CV para a pós graduação da UFRJ e fui aceita no curso de Pós Graduação em Comércio Exterior, o qual conclui em 2002.

Hoje continuo com minha empesa e acumulo a Presidência do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do RJ. Sou também a delegada da Feaduaneiros na RENALEGIS da CNC em Brasília, e para completar, sou voluntaria da Make-a-Wish no RJ, cuidando de captação e realização dos sonhos.

2) Quais foram seus maiores desafios

Os meus maiores desafios foi todo dia acordar e ter que provar que mulher pode ir ao porto, que pode abrir caixa, que é competente sim em qualquer área que sonhe.

3) E oportunidades ou conquistas durante sua carreira.

Tive chefes que confiaram muito no meu potencial, a grande maioria deles estrangeiros. Não tenho uma conquista específica, pois tudo que tenho hoje foi o Comércio Exterior que patrocinou.

4) Uma liderança, ou uma pessoa que a inspire.

Ayrton Senna. Podia chegar ás 6 da manhã da balada que já dormia na sala para não perder uma só corrida. Um grande vencedor!

6) Um livro, um filme ou uma frase inspiradora.

Filme de 94 — Em nome do Pai

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