Os Principais Desafios do Comércio Exterior e o que é necessário para superá-los!

Gislaine Rossi
mulheresnocomex
4 min readMar 10, 2020

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Uma frase de impacto

Quando eu fui trabalhar com comércio exterior na indústria, ou seja, atuando do lado cliente, pois eu só tinha trabalhado até então em empresas prestadoras de serviços, eu tive contato com uma colega de trabalho que me disse:

“Para trabalhar em Comércio Exterior você precisa saber desde Engenharia Nuclear até Balé Clássico”.

Nunca mais eu esqueci essa frase e, ao longo dos anos que se seguiram ela foi só se confirmando sempre e, cada vez mais.

Afinal, trabalhar com Comércio Exterior é bem isso, não é verdade?

Os Desafios

Mas voltando desde os primórdios de quando ingressei na área, destaco os principais desafios pelos quais passei e, minhas dicas e ações do que fiz para superá-los:

1. Comunicação: Puxa, nos auge dos meus 15 anos quando ingressei na área e, com um inglês menos do que básico de escola de periferia, eu percebi mais do que rápido de que se quisesse seguir nessa carreira eu teria que aprender outros idiomas, sendo o inglês fundamental. Dessa forma, sempre investi e estudei outros idiomas. E aqui vai minha consideração pessoal. Você não precisa falar bonito, você precisa se comunicar. Quebrar a barreira que te separa do mundo exterior.

2. Resiliência: Nossa, quanta demanda, quanta cobrança, quanta burocracia. Isso é um pouco do que vive um profissional de comércio exterior, portanto ter um perfil resistente não irá ajudar em nada. Estar disposto a aprender e se colocar à disposição e, a serviço do outro é fundamental para conquistar espaço, confiança e credibilidade. Não seja engessado. Faça o que é certo, sem dúvida, mas demonstre interesse em ajudar e descomplique sempre que possível.

3. Organização: Sempre disse a todos que trabalharam comigo ao longo da minha jornada: “Para trabalhar nessa área, organização é fundamental”. É uma área burocrática e, que ainda requere muito papel. Possui muitas etapas, follow up e armazenagem de informação e documentos. Se você não tiver uma boa organização, irá se perder. Como sempre fui uma pessoa organizada na vida, isso para mim não foi um problema e, no decorrer do caminho percebi que na verdade ela era minha aliada. Sempre me sai bem nas atividades, pois eu tinha organização e controle das operações que eu coordenava.

4. Aprendizagem Constante: Assim como deve ocorrer em outras áreas, no comércio exterior não é diferente. Estar atualizado é requisito obrigatório para prestar um bom serviço e estar à frente de quem ficou para trás em atualização e conhecimento. O Comércio Exterior Brasileiro ficou por muito tempo na inércia, mas nos últimos tempos vem se modernizando e muita coisa nova tem surgido. Eu na minha carreira, sempre investi em fazer cursos, treinamentos, participar de seminários, fóruns, enfim tudo o que pudesse contribuir para minha evolução. Portanto, minha dica de ouro é: não fique parado.

5. Networking: Estabelecer uma rede de conexão fora da empresa que você atua é importante para troca de ideias e experiências. O Comércio Exterior é uma área ampla e complexa e ninguém terá tempo em sua carreira para viver todas as experiências de forma a aprender tudo, por isso aprender com quem já viveu ou passou por determinada experiência irá contribuir e muito para você superar os seus desafios. Se possível participe presencialmente de algum grupo de trabalho em associações de classe ou entidades com foco na área. Hoje temos a facilidade das redes sociais, portanto aproveite.

6. Valorização: Infelizmente devo admitir que do meu ponto de vista, o Comércio Exterior é uma área importantíssima para o país, mas que possuí uma baixa valorização e reconhecimento. O profissional é extremamente exigido, mas pouco valorizado e, o pior, pouco compreendido. Só quem trabalha na área conhece e compreende realmente pelo que passa um profissional que nela atua, mas independente do reconhecimento, o papel do bom profissional é fazer um bom trabalho e, elucidar sempre que possível o que foi desempenhado e as implicações e penalidades que podem ocorrer contra a empresa caso o seu papel não seja bem desempenhado. Essa é uma forma de mostrar a sua importância e de pouco a pouco as empresas terem mais consciência da relevância que essa área possui para quem opera além das fronteiras.

E para concluir…

Não sou dona da verdade nem da razão, portanto se você não concorda ou tem um ponto de vista diferente, ou mesmo algum outro ponto relevante e interessante para compartilhar, por favor fique à vontade.

Vou gostar muito de ouvir sua opinião.

Gislaine Rossi, Mãe, Esposa e Amante da Vida, Me descobri Escritora

Gosto de dar Palestras, Workshops e Treinamentos

Formada em Administração com Ênfase em Comércio Exterior pela USJT

Pós-Graduada em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela FGV

Formação em Life & Professional Coaching pelo IPC

Formação em Executive & Business Coaching pelo IPC

Formação em Analista Comportamental DISC pelo IPC

Fundadora da GR Consultoria e Desenvolvimento Humano Ltda

www.gislainerossi.com.br

www.linkedin.com/in/gislainerossi

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Gislaine Rossi
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