10 conceitos sobre a transformação digital que seu negócio deveria saber
Não há tema mais em discussão do que a “transformação digital”. Nós mesmos, por aqui, temos feito muitas palestras sobre este tema. Contudo, temos tentando abordar o tema sob os aspectos humanos e do negócio, explico.
No aspecto humano, importante notar como mudamos nossa forma de nos relacionarmos com a tecnologia. Sou do tempo, por exemplo, que a informática era considerada um “ mal necessário”.
Minha mãe, que passou parte importante da minha vida adulta sem entender com clareza o que eu fazia no trabalho, hoje, por exemplo, poderá ser uma usuária dos aplicativos que nossa empresa pode vir a desenvolver.
Infelizmente muitas empresas ainda não acordaram para esta realidade, e parecem tratar o tsunami como uma marolinha passageira, como uma modinha. Orgulhosos, parecem dizer: “ viram, eu falei que o Orkut erá só uma moda passageira”.
Enquanto esperam a “moda” da transformação digital passar, morrerão (corporativamente falando) sendo atropelados por esta revolução industrial, como outros tantos o foram no início do século passado.
Mas, o que fazer, por onde começar?
Segue aqui, 10 conceitos para ter em mente antes de começar:
- A transformação digital é para todos: Tanto você quanto os seus concorrentes estão lidando com os mesmos dilemas. Quem sair na frente leva vantagem, quem não sair, morre;
- A transformação digital está focada nas pessoas: Não, nós os tecnólogos não estamos no centro, o cliente está. Estamos apenas com as ferramentas certas nas mãos;
- Ser excelente no seu ramo, não basta: Se você é o melhor do seu setor, parabéns. Acabada esta pequena comemoração, volte para o trabalho.
- Clientes estão comparando experiências, e não ofertas: Seu cliente não está mais comparando você com seu concorrente, ele está comparando suas próprias experiências. Procure explicar para ele porque ele aciona o botão do Uber e tem um carro em 5 minutos, e precisa ligar para o seu televendas e esperar 30 minutos para abrir um chamado;
- Não importa o que você pode oferecer, mas o que o cliente espera: Esta nem é nova, mas não dá para ignorar. Escute o seu cliente, pode ser que ele precise de algo muito mais simples do que você acha, amplie os canais de comunicação com ele.
- Pense sem seu cliente como uma pessoa, e não como um segmento: Fácil dividir uma base de dados em grupos por geografia ou perfil. É necessário definir qual a “persona” (ou personas) que é o seu cliente. Quem ele é, do que gosta, quais aplicativos tem em seu celular, o que ele pode esperar de você.
- Não procure soluções prontas: Mude sua expectativa com relação à tecnologia, não se trata mas de encontrar soluções prontas, mas de encontrar a combinação certa de tecnologias que vão fazer seu negócio voar. Como um médico para um diagnóstico, procure ajuda especializada.
- Não espere que casos de mercado lhe deem as respostas: Outro dia um cliente me pediu na mesma reunião duas coisas. A primeira: “precisamos ser inovadores como o Uber”, e a segunda: “poderia me enviar dois casos de sucesso no exterior compatíveis com o nosso caso?” Ou uma coisa, ou outra. Experiências dos outros podem nos dizer muito mais a respeito do processo em que foram concebidos, do que da aplicação em si. Olhe para isso sempre com foco em “como fazer” e não “o que foi feito”
- Disrupção é apenas uma teoria: Posso causar algum furor aqui, mas não é natural do ser humano a disrupção (Darwin que o diga). Há sim saltos evolutivos mais ou menos expressivos e só. Não procure encontrar “a solução” que irá dizimar a concorrência. Pode ser que, neste momento, seu cliente queira apenas saber o status de um pedido.
- Você não precisa andar depressa, precisa apenas começar depressa: Qualquer mudança importante pode gerar grandes incômodos nos processos corporativos. Contudo, não adianta nada passar por longos processos e planos distantes quando seus concorrentes já estão apresentando resultados. Ande nos seu ritmo, mas comece depressa. Pequenas evoluções continuadas a partir de hoje, para o cliente, são mais importantes do que uma solução robustas daqui há dois anos.
Ainda assim, considere o apoio de empresas de tecnologias que já tenham entendido esse movimento. Apoie-se nelas para gerar ideias de soluções, antes mesmo de empregá-las.
Nós aqui, por exemplo, temos realizado projetos que chamamos de “product design” que é o desenho de uma solução de tecnologia baseada em necessidades do negócio de nossos clientes, utilizando uma metodologia própria baseada baseada em design thinking. Com isso o cliente pode, rapidamente, vislumbrar a resposta que vai dar ao seu mercado para depois ver o ritmo que pretende empregar naquela solução.
Importante mesmo é começar, e começar já!