Daniel Oliveira — Dançarino e Professor de Six Step

Lenara Uchôa
Mundo da arte
Published in
2 min readJun 20, 2017

Como surgiu seu interesse pela dança? O que a dança representa na sua vida?

“Quando avistei um amigo dançando sozinho na minha rua. Ele estava treinando um movimento chamado Six Step e a rua não era asfaltada, havia muita poeira, e foi realmente isso que me chamou muita atenção. Depois que descobri esse universo, nunca mais parei de dançar, e até hoje me orgulho de ter iniciado em um local simples e, ao mesmo tempo, rico de aprendizado e marcada por histórias especiais.”

Qual foi a maior dificuldade encontrada no início da sua trajetória como dançarino?

“No início minha dificuldade era começar a praticar, eu gostava de dançar e frequentava as aulas, mas não treinava porque tinha muita vergonha. Isso durou uma eternidade. Fiquei praticamente quatro meses indo ao curso, sem treinar.”

Quais as experiências mais marcantes que sua profissão lhe proporcionou?

“Minha profissão me proporcionou muitos bons momentos, mas a experiência que eu nunca vou esquecer foi morar na Europa por dois anos. Durante um tempo fiquei na Bélgica e lá aprendi a falar francês. Conheci através do trabalho Bruxelas na Bélgica, Ouagadougou no Burkina Faso, Almada no Portugal, Munique na Alemanha, etc. Atuar como dançarino é muito difícil, porém quando a gente gosta de verdade, a exercemos com amor.”

Você acredita que o mercado Brasileiro na dança é menos valorizado que o mercado Americano?

“O mercado brasileiro na dança está crescendo a cada dia, mas ainda é inferior comparado ao mercado americano ou europeu, precisamos de mais valorização para que haja reconhecimento nessa área que realiza muitas vidas e sonhos.”

Quais os seus sonhos e metas para o futuro?

“No futuro pretendo levar meu projeto de um espaço artístico que capacita crianças, jovens e adultos para o mercado de trabalho — envolvido com arte de um modo geral. Gosto muito dessa ideia de trocar experiências e compartilhar conhecimento, e quando estava morando em Burkina Faso, na África, cogitei a possibilidade de um dia voltar com esse projeto para ajudar de alguma forma, pois essa é minha maior alegria cooperar com a arte.”

Por Izabele Oliveira

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Lenara Uchôa
Mundo da arte

Estudante de Jornalismo, que gosta de falar e pensar em cultura.