Liderar uma equipe é como jogar futebol
Fernanda Lemes, gestora da loja-laboratório Sapati, conta sua experiência
Por Kalew Nicholas
Chegando à Sapati e vendo Fernanda Lemes em ação, comunicando-se com suas colaboradoras com eloquência exemplar, eu dificilmente diria que ela precisaria de aperfeiçoamento. No entanto, com poucos minutos de conversa, descobri que o que ela é hoje foi resultado de uma longa — e sempre tão desafiadora— jornada de autodesenvolvimento.
A Sapati é uma sapataria inteligente. É a primeira loja-laboratório do Brasil, que foi criada pela empresa SetaDigital após dois anos de pesquisas e desenvolvimentos para o varejo do setor. Nela, Fernanda e suas colaboradoras estudam soluções para as lojas de calçados e formas de melhorar a experiência de compra.
Richarla, nossa assessora de mídias sociais, fez uma breve entrevista para que Fernanda contasse sua relação com a Kasulo Group® e com a liderança.
Quem era a Fernanda Lemes antes da Kasulo?
“A Fernanda Lemes, antes da Kasulo aparecer, era uma pessoa super agitada”, Fernanda responde, sempre com um sorrisão no rosto. “Mas eu sentia que faltava alguma coisa pra eu me desenvolver mais ainda. Eu queria mudar o mundo. Mas eu não sabia como fazer isso.”
E sabemos que esse é um pensamento muito recorrente.
E qual foi o ponto da virada? Quando percebeu que precisava mudar?
“Aí um certo dia eu participei de um treinamento no SESC sobre liderança e conheci o Diego [Nicolau] e a Kasulo. Aí eu pensei: ‘meu Deus! Esses caras são malucos! Olha o jeito que eles falam, que eles passam conhecimento pra gente!’”, ela conta aos risos. “Aí eu acabei me apaixonando… Marquei uma sessão [de coaching] pra conhecer de perto esse #MundoKasulo. E aí… tô aqui até hoje.”
Esse foi o gatilho? Querer mudar o mundo e, pra isso, precisar se desenvolver?
“Eu sempre pensava assim: eu posso fazer o que eu quiser da minha vida. Só que eu precisava saber como. O porquê eu já sabia.”
Mesmo já tendo bem definido seu propósito pessoal de vida, Fernanda não sabia como alcançar esse propósito. A sessão de coaching marcada por ela com o Diego Nicolau era o processo necessário para que ela descobrisse o como: se desenvolvendo.
“Eu acredito que todas as pessoas da face da terra precisam se autodesenvolver. Antes de tudo a gente precisa se conhecer. Daí a gente sabe quais os botões que a gente pode apertar em cada decisão que a gente precisa tomar.”
Você consegue apontar a influência de cada formação na sua vida e na sua carreira?
“Fazer esse vídeo com vocês, por exemplo, foi algo que eu me aperfeiçoei no Curso de Oratória.”
Esse curso mencionado por ela foi um dos primeiros treinamentos oferecidos pela Kasulo Desenvolvimento Humano. A formação, de carga horária de 16 horas, visa desenvolver as competências do aluno e aprimorar as características de oratória.
Era disso que a Fernanda precisava.
“Aqui na empresa a gente precisa muito disso, de falar com pessoas, falar com empresas. Alguns dos treinamentos que eu fiz, e principalmente o de oratória, me ajudaram a ter mais calma, saber exatamente como me colocar, a postura que eu tenho que ter, pra gerar conteúdo pra empresa.”
Em seguida, Fernanda conta sua experiência ao fazer o treinamento ILCC — International Leader Coach Certification, uma formação canadense ministrada pela Kasulo Group® que ensina competências de liderança aos alunos.
“Me ajudou muito”, ela conta. “Me ensinou uma ferramenta que eu acho incrível, que é a do feedback. Porque às vezes você vai conversar com os colaboradores e não sabe nem como começar.”
A ferramenta da qual a Fernanda fala é o Feedback Cadeau®, que tem a premissa de entregar um “presente” (cadeau) ao liderado para que ele cresça.
“Quando você tem um roteiro que te ajuda o passo a passo de como você vai fazer isso, facilita. Daí depois o que acontece? Vira um hábito.” O feedback não precisa ser um processo formal de levar a pessoa pra uma sala e conversar com ela. Ele precisa ser constante.
A verdade é que todos nós precisamos ter a consciência do que estamos fazendo corretamente e onde estamos deixando a desejar. Algumas lideranças pecam nisso: em não dar ao colaborador um retorno sobre o que ele anda desempenhando; ou em alimentar o mito de que o feedback é necessariamente uma bronca.
“As pessoas em todos os departamentos precisam disso”, Fernanda pontua. “Eu preciso de um feedback pra saber onde eu tô errando e onde eu tô acertando.”
E por que é tão importante que os colaboradores se desenvolvam também?
“Eu preciso fazer aparecer o talento dos liderados”, ela diz. “O meu objetivo é fazer com que as pessoas cresçam.”
Como?
“Uma das coisas mais importantes é a gente focar sempre no positivo”, ela conta. Diz que uma liderança deve trabalhar os pontos positivos do colaborador justamente para que ele se desenvolva. O que acontece se você fizer o contrário? “Daqui a pouco ele tá deixando de ter as coisas boas pela parte tão negativa que você fica ali, pontuando.”
Ela deixa claro que isso é fundamental para o crescimento profissional e para que um negócio seja bem sucedido.
“Como funciona? Eu tenho uma empresa. O que eu quero da minha empresa? Que ela tenha sucesso. Mas ela só vai ter sucesso se as pessoas que estiverem comigo tiverem sucesso.”
Os colaboradores só chegarão à alta performance tendo esse tipo de suporte às qualidades de cada um. Caso contrário, pode ser que eles fiquem chateados ou ressentidos com líderes que só percebem as características ruins.
“O colaborador é seu primeiro cliente.”
Como foi o dia seguinte ao ILCC?
Fernanda conta que, logo após o ILCC, testou o que aprendeu com a própria mãe. “A gente tem uma mina de ouro na mão e precisa explorar isso de forma positiva”, ela conclui. “O que eu acho muito legal dentro da Kasulo, de todos os treinamentos que eu participei, é realmente isso: você tem toda a parte da teoria, mas você consegue no outro dia já colocar em prática.”
Quem é a Fernanda 2.0?
“A Fernanda de 2018 é uma Fernanda que aprendeu a se conhecer”, diz.
Nós acabamos, às vezes, deixando de lado nossa parte positiva e nos autossabotando ao focar no que temos de ruim. Isso não acontece apenas entre líder e liderado.
Sobre isso, Fernanda vai direto ao ponto: “A gente é bom sim!”
“A gente tem que olhar pra aquilo que é bom e explorar em nós mesmos as partes boas”, continua. Em seguida, diz que, com os treinamentos, percebeu sua aptidão para os relacionamentos. “Eu pego essa parte que eu acredito que é incrível em mim, que é a parte do relacionamento, e exploro da melhor forma possível.”
“Eu acredito que vou conquistar muitas coisas a partir do momento que eu me desenvolver.”
“Eu sempre relaciono a equipe onde eu estou a um jogo de futebol”, ela diz. Um jogador de futebol aprende a jogar e, na partida, se sai muito bem. Mas será que isso significa que, por já entender as regras e ter competências técnicas para se sair bem no jogo, ele pode abandonar os treinos?
“Não importa o seguimento. O que a gente tem que fazer? Treinar todos os dias. O que eu posso entregar hoje de melhor?”, ela diz.
Mesmo sabendo jogar, para a próxima partida ele ainda precisa de muito treino, e permanecerá treinando e jogando sempre.
“Eu achava que eu poderia mudar o mundo mudando as pessoas lá fora. Não, não adianta. Eu tenho que, primeiro mudar a mim mesma, fazer as coisas da melhor forma possível, pra daí ajudar as pessoas.”
Em seguida, dá uma dica de ouro: conferir o material da Kasulo Group®. “Foi isso que eu fiz e foi isso que fez a diferença na minha vida”, conclui dizendo.
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