Inteligência Emocional: 10 conselhos para você desenvolver a sua

Muvuca
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5 min readApr 6, 2021

Segundo Daniel Goleman, considerando o principal estudioso do tema “Inteligência Emocional”, esta habilidade pode ser definida como “a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós e em nossos relacionamentos”.

Segundo pesquisa da própria Muvuca, Inteligência Emocional aparece como a soft skill mais importante a ser acrescentada na grade curricular das escolas e/ou do ensino superior. Ela também aparece como o segundo conteúdo mais consumido pelos brasileiros.

Além disso, ela aparece como a décima primeira habilidade mais importante a partir do mapeamento realizado pelo Relatório “The future of jobs” (o futuro do trabalho) de 2020.

Nesse contexto, se torna óbvia a sua importância. Aprender, então, como desenvolvê-la é fundamental para todos os aspectos de uma vida saudável no mundo atual.

Por isso, abaixo serão apresentados 10 conselhos para você desenvolver a sua Inteligência Emocional!

1. Conheça suas emoções e seus sentimentos

É bem comum que as pessoas prefiram “engavetar” suas emoções e sentimentos. Mas é muito importante conhecê-los e saber nomeá-los, para, assim, aprender a geri-los.

Emoções são, em resumo, reações biológicas e elas podem ser resumidas em cinco: alegria, tristeza, raiva, medo e nojo (assim como no filme “Divertida Mente”). Essas emoções variam em intensidade e em combinações e, daí, evocam os sentimentos complexos que apresentamos no nosso dia a dia.

Os sentimentos, por sua vez, são processos mentais mais duradouros e que demandam algum nível de raciocínio para se desenvolverem dentro de nós.

O medo que você sente ao ir em uma montanha russa não se compara ao medo que você sentiria se de fato estivesse caindo de um lugar alto. Isso porque, embora nos dois casos a emoção seja a mesma, os sentimentos gerados são diferentes. No primeiro caso, talvez você sinta um nervosismo ou uma ansiedade. Já no segundo, você provavelmente vai sentir pânico.

Para entender melhor como alguns sentimentos derivam das nossas emoções, recomendamos que consultem o Atlas das Emoções.

2. Se autoconheça

Autoconhecimento é algo fundamental para diferentes aspectos da nossa vida e não poderia ser diferente para o fortalecimento da nossa Inteligência Emocional.

Graças ao autoconhecimento podemos nos tornar capazes de entender as razões por trás dos nossos sentimentos, além das suas principais características.

3. Reconheça seus episódios emocionais

Por incrível que possa parecer, é possível racionalizar um episódio emocional ao ponto de destrinchá-lo em três etapas:

  • Gatilho emocional: é algum evento que desperta um gatilho dentro de nós e, consequentemente, resgata memórias emocionais. Conhecer nossos gatilhos nos permite desenvolver a habilidade de geri-los de uma forma positiva e, até, de eliminá-los.
  • Experiência: são as emoções e os sentimentos que essas emoções evocam. Nesta etapa, observamos alterações físicas e mentais no nosso corpo; e tais alterações variam de como está nosso nível de estresse e de como lidamos com os nossos gatilhos.
  • Resposta: é o que você faz após isso tudo. Você grita com quem está conversando? Você pede licença para ir ao banheiro respirar? Você chora? Nossas respostas podem ser tanto construtivas quanto destrutivas; e mais uma vez o nível de estresse e a forma como estamos lidando com nossos gatilhos influenciam.

4. Regule seu estresse

Parece óbvio, mas o óbvio precisa ser dito! O nível do nosso estresse influencia diretamente a nossa performance!

E, ao contrário do que muitos pensam, baixo nível de estresse pode ser tão prejudicial quanto altos níveis. Isso porque estresse nada mais é do que uma resposta biológica controlada pelo nível de cortisol (e outros hormônios) no nosso corpo. Sendo bem simplista (e as(os) Bioquímicas(os) que me perdoem), mas alto nível de cortisol implica em um estado ansioso e baixo nível leva a um estado depressivo.

5. Seja empático

Empatia é a sensibilidade emocional em relação ao outro, a capacidade de sintonizar-se aos sentimentos dos outros e ler suas mensagens não verbalizadas.

Ser empático garante benefícios óbvios para o outro. Mas também trás uma sensação de bem estar gigantesca para quem está sendo empático.

6. Tenha responsabilidade emocional

Ser emocionalmente responsável é entender que, mesmo sem saber, você tem papel de influência emocional nos grupos que você está inserido. Ter o cuidado de refletir se seus comentários podem gerar algum malefício para alguém é um enorme ato de empatia.

Vamos pensar em uma situação onde um professor fala para seus alunos que reaplica prova sob hipótese alguma, nem se “a vó falecer”, porque essa é a desculpa mais velha que tem. Agora imaginem se nessa turma um dos alunos tenha a infelicidade de ver sua vó falecendo numa semana com prova?

7. Aprenda a ter conversas difíceis

Passar um feedback negativo, dar uma notícia ruim, despedir alguém. Esses são exemplos de algumas situações que despertam muito medo em algumas pessoas. Mas isso acontece pela falta de habilidade em ter conversas difíceis.

O primeiro passo é entender seus objetivos com aquela conversa, para evitar desviar muito do assunto na tentativa de adiar o assunto principal. Após isso, é fundamental entender as emoções e sentimentos que estão te envolvendo e que podem te envolver no momento da conversa; assim você consegue se preparar melhor para lidar com elas. E, por último, foque nos fatos! É como dizem, “contra fatos, não há argumentos”; mas não se esqueça de ouvir a outra pessoa também.

8. Escolha suas batalhas

Se você é daquele tipo de pessoa que quer abraçar todos os problemas do mundo e coloca todas as responsabilidades nas suas costas (eu mesma), tenho uma péssima notícia para você: você não é uma super heroína ou um super herói!

Saber escolher quais batalhas você realmente consegue enfrentar é fundamental! E, para isso, vou deixar três perguntas que podem te ajudar nesse processo:

  • Qual batalha eu PRECISO enfrentar agora?
  • Essa batalha está sob o meu controle? Ou eu consigo influenciá-la?
  • Se não está no meu campo de influência, eu consigo trazê-la para dentro dele?

9. Pratique comunicação não violenta (CNV)

Somos apenas iniciantes em CNV e ainda temos a ousadia de me aprofundar nesse conselho, mas recomendamos fortemente que vocês acompanhem o Instituto CNV Brasil.

Mas se liguem nessa pequena reflexão: “por trás de todo comportamento existe uma necessidade”

Respeitar essa necessidade é uma das maiores premissas da CNV.

10. Invista no seu bem estar!

Aqui, vou deixar cinco dicas para vocês aplicarem esse décimo conselho:

  • Cuide da sua saúde física, tome consciência das suas sensações físicas e faça exercícios;
  • Cuide da sua saúde mental e, se possível, faça terapia;
  • Pratique mindfulness;
  • Trabalhe pelo menos um pouco para o outro;
  • Pratique a gratidão diária.

E depois de todos esses conselhos, vale ressaltar que Inteligência Emocional, assim como Autoconhecimento, é um caminho que não tem prazo para acabar. Trabalhem diariamente para desenvolvê-la!

Se precisar de ajuda, a Muvuca pode te auxiliar através da nossa Consultoria em Inteligência Emocional.

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