Ela mesma
Um ruído familiar e borbulhante explodia ao seu redor
Com cada movimento estranho de dança e cada relato.
O som das risadas alimentava sua alma
E a alegria desatenta enchia a sala.
Sua luz podia iluminar qualquer escurecer,
Enquanto sua escuridão seguia escondida.
Ela nunca deixava seu sorriso de lado,
Com medo de perder as risadas e se encontrar.
Seu verdadeiro eu, ela sabia, não iria se encaixar.
Seus olhos leriam nas entrelinhas.
Seus ouvidos ouviriam tons entre tons.
Sua boca iria, finalmente, falar o que queria.
Ela devia continuar a se conformar,
Enquanto deixava escapar sua verdadeira felicidade?
Ou ela iria se costurar fora das linhas e, compreender
Que não há nada real em que se encaixar?
Tradução por Nice Araujo
©Mayra Gomes. Todos os direitos reservados.